Capítulo 10

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J I M I N

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J I M I N

Considerando hoje, já faz 17 dias desde que vi Jungkook pela última vez na Coffee Home. Faz 17 dias que nos beijamos e 17 dias que não consigo parar de pensar em si. Penso em suas mãos ainda me apertando, em sua boca me beijando, em seu perfume me abraçando e em seus cabelos ondulados entre os meus dedos. Penso em como sua performance isenta de timidez me pegou de surpresa.

Sinto-me péssimo por imaginar coisas demais sobre esse sumiço e por achar que nosso beijo foi o motivo primordial para ele acontecer. Todas as vezes que rego a pequena violeta que me deu, fico mal por pensar que pode ter sido tão bom para mim e tão ruim para si.

“Amigo, seja racional. Se o cara falou que queria até transar com você, como ele poderia ter achado seu beijo ruim?”, foi o que Taehyung me disse dias atrás enquanto falávamos por ligação.

“Talvez tenha sido só um blefe da parte dele”, respondi.

“Jimin, docinho, não seja tão rude consigo mesmo. Ele pode simplesmente estar doente.”

“Há quase 3 semanas?”

“Talvez ele esteja muito doente.”

“Isso era para me animar?”

É frustrante não ter seu número nem para mandar uma mensagem e saber se está tudo bem. Tenho total consciência de que as expectativas são minhas, bem como de que Jungkook nunca me prometeu coisa alguma. No entanto… eu estou apaixonado, e pessoas apaixonadas se iludem e projetam situações.

De fato, se antes eu ainda tinha dúvidas, a nossa aproximação no dia do aniversário de morte do papai e o nosso beijo no dia seguinte sanaram todas: eu genuinamente gosto de Jeon Jungkook. Gosto de seu mistério, de seu sorriso raro, mas lindo, de seu estilo, de sua voz e do jeito que mexe em seu cabelo. Gosto como nossos corpos e bocas se encaixam. E é justamente por gostar que temo que ele suma mais do que sumiu após o acidente que levou o tio de Hoseok e Ravioli. Temo, desta vez, não o encontrar por acaso em uma praça aleatória.

Já Jackson — o empata foda —, continuou indo ao café quase diariamente e, consequentemente, ganhou a amizade e o carinho de todo mundo. Os meus, inclusive, embora sinta raiva de si todas as vezes em que me lembro que atrapalhou minha intimidade com Jungkook. Ele é um rapaz legal e engraçado, de coração enorme. Para nos conquistar não foi difícil, por mais que seja um tanto sem noção às vezes. Considerei até perguntar para si sobre Jungkook, mas me segurei por puro medo e apenas segui os dias com saudade e preocupação. E hoje, mesmo vindo à festa de aniversário de Taehyung, sinto que falta algo ou alguém.

Meu telefone começa a tocar e eu atendo.

— Onde você está? — Namjoon hyung pergunta. A barulheira de música, conversas e risadas ao fundo quase não me permite escutar sua voz.

Do Preto Ao Roxo ▪︎ JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora