Capítulo 4

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KJ Pov

Cansado. Exausto. Louco para chutar o balde e me livrar de toda essa porra. Esmurrei o volante com força, as palavras de Camila massacrando minha mente, me deixando ainda mais louco que o normal.

Será possível que ninguém nessa merda de família tivesse juízo suficiente? Ninguém entendia a guerra que estávamos declarando? O que mais me irritava era saber que Camila estava apoiando aquela loucura.

E eu? Estava me tornando um filho da puta frouxo que cedia às chantagens e charme daquela maldita. Parei o carro em frente ao estabelecimento e coloquei minha cabeça sobre o volante, fechando meus olhos.

- Inferno.- Esbravejei e estiquei a mão, pegando minha arma e conferindo a munição.

Desci do carro e enquanto caminhava a passos largos, algumas imagens voltaram com força total à minha mente. A luta contra Don Matteo, O encontro com Dylan, a fuga, a captura. Tivemos muita sorte, isso era inegável.

E agora tudo parecia querer explodir novamente. Matt, Dylan, Demi...Camila. Eu tenho a certeza que eles seriam os primeiros da lista quando a guerra explodisse.

- Que se foda meu pai, que se foda a máfia, que se foda essa merda toda.

Não poderia compactuar com isso. Desde quando me entendia por gente, eu ouvia o pai dizer que prostituição era um ramo no qual não se atreveria mais.

Como eu poderia voltar atrás agora? Adentrando o bordel, eu analisei o ambiente, olhando com olhos semicerrados à minha volta. Parecia que as pessoas prenderam a respiração ao me verem.

Entendo que minha figura mete medo em muita gente, e como minha expressão não deveria ser das melhores, o medo triplicava.

Algumas putas ainda tinham o desplante de ajeitar o decote de maneira vulgar, mascando chicletes, como se aquilo fosse sexy e atraente.

Quase revirei meus olhos, mas ignorei e continuei à procura de quem eu queria. Agora as coisas pareceram clarear em minha mente. Após procurar por alguns instantes, eu avistei a mulher de seios fartos e cabelo castanho e ondulado.

(Foto da Serena)

Ela me olhou, como se não tivesse interesse algum, mas eu percebia a luxúria em seus olhos

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Ela me olhou, como se não tivesse interesse algum, mas eu percebia a luxúria em seus olhos. Fiz um gesto com a cabeça, indicando o segundo andar e subi as escadas sem olhar para trás. Pouco me importava se estava acompanhada ou não.

Aliás...aquela vadia não disse que só ficava com o meu pai? Isso só atiçou ainda mais meus pensamentos. Meu olhar não perdia absolutamente nada e tive a certeza de ver o velhote com a mão no meio de suas pernas.

Acendi meu charuto assim que adentrei o quarto, ignorando a garrafa de uísque barato sobre a pequena mesa. Dor de cabeça eu já tinha demais sem aquele álcool de quinta.

Estava de costas quando senti o cheiro enjoativo de perfume barato e soube que ela estava ali. A porta foi fechada no minuto em que me virei e a encarei.
Serena era sem dúvida uma mulher muito bonita. Mas eram engraçadas algumas coisas.

O Poderoso Apa - KjmilaOnde histórias criam vida. Descubra agora