Encontro (Parte 1)

855 64 111
                                    

(A partir deste capítulo irei seguir a história de One piece, só que com algumas alterações por causa da introdução da Emi e por acontecimentos que não quero que ocorram como na história original. Estarei seguindo o mangá por isso é provável que em algum momento apanhem spoiler! Ok, era esta a informação que queria dar, fiquem com o capítulo)

Meu "irmão"? Como isso pode ser possível? Eu não tinha sido abandonada? Se o que aquela voz misteriosa disse é verdade, isso quer dizer que... eu tenho uma família?

Algumas lágrimas começam a deslizar pelo meu rosto. Seria isso verdade? Poderia eu ter uma família?

- Ei, pequena, estás bem? - sou interrompida do meu moinho de pensamentos pela voz preocupada de Dorry.

- Sim - respondo sorrindo, limpando as lágrimas - Por acaso escutaste alguma voz feminina? - perguntei ansiosa, queria saber se o que aquela voz disse era verdade, se podia ter esperança.

- A única voz feminina que escuto é a tua - riu pela suposta pergunta idiota - Deves estar mesmo cansada, já é a segunda vez que mencionas essa tal voz misteriosa.

- Sim, tens razão, devo estar tão cansada que começo a alucinar - confirmo desanimada, fazendo com que a pouca esperança que se havia formado no meu corpo se dissipara, realmente estava feliz com a possibilidade de poder ter uma família.

Depois de alguns minutos, chegamos a uma "caverna" que parecia ser, pelo menos, dez vezes maior do que Dorry, o que me deixou de boca aberta.

- O céu está quase a escurecer, então vou caçar algo para a gente comer, queres vir comigo ou ficar aqui? - perguntou, voltando sua cabeça para olhar diretamente nos meus olhos.

- Vou ficar aqui - respondo, bocejando.

- Ok, então poderias recolher alguma lenha para fazermos uma fogueira? - pediu, estendendo sua mão para eu poder baixar do seu ombro e aterrizar em segurança no chão.

- Oki doki - respondo com o máximo de animação que ainda restava no meu corpo esgotado e desiludido.

Vejo o enorme ser se distanciar aos poucos, procurando pela janta, me deixando finalmente sozinha para processar o que tinha acontecido até agora. Distintas emoções me preencheram ao recordar os diferentes acontecimentos, como a raiva pela minha "família"; a animação pelo avistamento da ilha; o desespero quando foi perseguida pelo Tiranossauro Rex (pensando bem, ainda não perguntei a razão pela qual um ser que era suposto estar extinto, estar vivo, mas bom deixo isso para outra hora); o alívio por ver que não seria hoje que morreria; a fascinação e admiração pela batalha e pelos gigantes, respetivamente; o cansaço pelo dia; a esperança pela possibilidade de ter uma família e por último a desilusão por ver que o mais provável é que eu estivesse a alucinar pelo cansaço.

Permito que mais lágrimas corram por meu rosto, pois tinha prometido comigo mesma que essas seriam as últimas, que me tornaria uma pirata forte, que não demostrava fraqueza, por isso não poderia chorar mais.

Limpando as minhas últimas lágrimas, me propôs a efetuar a tarefa pedida por Dorry. Não me afastando muito da "caverna", recolhi alguns galhos que achava que seriam bons para fazer uma fogueira. Quando estava voltando com lenha até o pescoço, sinto o chão estremecer, sabendo, assim, que Dorry se aproximava com a nossa janta.

- Voltei! Conseguiste a lenha? - falou com sua potente voz, aproximando-se cada vez mais.

- Sim, consegui isto tudo - comentei orgulhosa do meu trabalho.

- Pequena, isso não dará para fazer uma fogueira decente - retrocou Dorry, raspando a parte traseira do pescoço.

- Como que não? - perguntei incrédula, dedicando o meu olhar pela primeira vez desde que o gigante chegou, entendendo finalmente o que ele queria dizer - Ok, acho que já entendi, que tal posares o dinossauro no chão e nós dois vamos recolher mais lenha? - propôs um pouco envergonhada pelo meu comportamento.

Emi - A Princesa Pirata (One piece) (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora