Capítulo XXXlll

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Ver a expressão espantada de Sunny, estava acabando Tristan. Ele não havia contato a verdade a ela, porque não queria vê-la olhando-o diferente.

- Está brincando comigo não é? - ela sussurrou.

- Não, não estou.

- Tristan convivemos diariamente, e vejo você andando por todos os lados normalmente.

- Sim, eu consigo andar por aí sem precisar de auxílio. Por enquanto, pelo menos.

- Como isso é possível?

- Irei lhe contar toda a verdade.

- Por favor.

Os dois se sentaram, cada um em sua poltrona.

- Se lembra quando lhe contei sobre o fim do meu relacionamento com Annabelle?

- Sim, eu lembro.

- Eu a amava muito e, quando ela me contou querer terminar nosso romance, fiquei devastado.
Era um dia frio, estávamos em frente a lareira. Eu me ajoelhei aos seus pés, pedindo para ela ficar comigo. Foi meu erro.
Annabelle se ajoelhou também, pediu que eu a olhasse, ela aproveitou que eu estava vulnerável e jogou brasas quentes sobre meus olhos.

- Oh! Como ela pode ter sido cruel! - Sunny começou a chorar.

- Minha mãe chamou o doutor, ele examinou meus olhos. Disse que eu precisava ficar em repouso por um tempo, de preferência no escuro. Fiz o que ele pediu, mas percebi que meu olho esquerdo estava um pouco embaçado.
O doutor me examinou novamente e disse ser normal, mas eu sabia ter algo errado. O tempo foi passando, meu olho não voltou ao normal.
Meu pai não queria um filho que não enxergasse com clareza, por isso, peguei minhas coisas e vim para Londres. Aqui comecei a participar de lutas clandestinas, conheci Evan e Lucius assim.

- Você não procurou outro especialista? - Sunny perguntou fungando.

- Sim, alguns. E todos diziam o mesmo, que não sabiam porque eu estava perdendo a visão gradualmente.
As pancadas que eu recebia com as lutas, desencadearam as minhas enxaquecas. E com as dores fortes, meus olhos vão ficando mais embaçados.

- Você deveria ter parado com as lutas.

- Sim, eu deveria, mas não fiz.

- Porque não?

- Eu simplesmente aceitei minha condição. Não irá demorar muito para ver somente borrado, sei disso.

- Oh, Tristan. Eu sinto muito.

- Não quero sua pena.

- Deixe-me cuidar de você. - pediu baixinho. - Eu posso cuidar de você se permitir.

Sunny levantou, se ajoelhou na frente de Tristan. Apertou as mãos dele junto das suas.

- Eu não quero que cuide mim.

- E eu não quero vê-lo sozinho.

- Desde que fui embora de casa estive só.

- Nunca mais teve contato com sua família?

- Não.

- Porque não foi atrás deles?

- Por que eu iria?

- São sua família.

- Que praticamente me rejeitaram quando perceberam que eu iria ficar cego.

- Sua mãe não lhe protegeu?

- Ela fazia os caprichos do meu pai, nunca ficaria contra ele.

- Ela deveria ter ficado ao seu lado.

- Isso é passado, não importa mais.

- Se machuca é porque importa sim.

- Esqueça isso.

- Vamos esquecer então, eu estou aqui por você.

- Sunny... - Tristan tocou o rosto dela, num carinho suave.

Sentiria falta de ver aqueles olhos e o sorriso dela. Eles iluminavam seu dia.

- Aceite meu amor, por favor. - ela murmurou.

Tristan se levantou a puxando junto dele. A beijou com fervor, suas mãos agarram seus cabelos.

- Me ame como você gosta. - ela pediu.
Sem se conter, acabou rasgando o vestido dela. Retirou o espartilho e, o resto de suas roupas, deixando-a completamente nua.
Tristan a pegou no colo, seguiu para o quarto. Jogou Sunny com tudo na cama, se afastou o suficiente para retirar suas próprias roupas.
Voltou para a cama nu, beijou todo o corpo de Sunny com devoção. A penetrou sem pressa, os gemidos dela enchiam o quarto.

- Tristan... - ela sussurrava seu nome loucamente.

- Olhe para mim. - ele exigiu.

- Agora entendo porque pede sempre  para mim olha-lo.

Tristan aumentou a velocidade de seus movimentos. O prazer os atingiu juntos.

- Foi perfeito. - Sunny murmurou deitada ao corpo dele.

- Você é perfeita.

- Eu te amo. - sussurrou. - Não precisa dizer nada, somente aceite o meu amor.

Ao invés de lhe responder, Tristan a puxou para seu colo lhe beijou com todo o amor que sentia. Ele a amava, mas não podia lhe dizer.
Fizeram amor o dia todo, saíram da cama somente para fazer uma refeição. Já era tarde, Sunny dormia tranquilamente, mas Tristan não conseguia apagar.

Toda a conversa que teve com Sunny voltava em sua mente, ela aceitou sua condição, mas não era justo condená-la a viver ao seu lado.
Decidido, Tristan saiu da cama vestiu suas roupas arrumou.

Escreveu um pequeno bilhete para Sunny antes de sair do quarto.
Estava na hora de partir e deixá-la, Sunny ficaria bem, pois, ele havia deixado todos os seus bens para ela.
Desde o início, Tristan se decidiu que assim que mal conseguisse enxergar ele daria um fim no seu tormento, preferia a morte do que depender de alguém.

O Devasso e a Louca - Clube dos Ordinários 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora