- Então? O que acha da situação de Logan? - questionou Evan.Tristan e ele estavam em sua sala particular no clube. A conversa deles era a respeito do amigo, e do interesse o homem pela, a esposa do pai.
- Ele está se metendo num problema dos grandes.
- Concordo.
- Logan saberá o que fazer.
- Claro que ele sabe, vai levar a moça para a cama. - respondeu ele rindo.
- Que leve. Mas não é uma boa ideia.
- Não é.
- O que você faria, se estivesse em seu lugar? - perguntou, já imaginando a resposta.
- Caro amigo, se a moça for bela não veria problema algum em degusta-la.
- Degusta-la? Parece que esta falando sobre um pedaço de presunto.
- Perdoe-me. Eu iria, aprecia-la. - corrigiu-se.
Tristan gargalhou.
- Agora diga-me, qual o motivo por estar tão animado? - indagou Eva.
- Não aconteceu nada.
- Não pense que não reparei que já tem dias que está assim.
- Está imaginando coisas.
- E não vamos esquecer que tem um belo passarinho cantando em sua cozinha toda feliz também. - disse Evan, com um sorrisinho irritante.
Já havia dias que o casal estavam se dando bem. Tristan deixara de lado toda sua preocupação para viver o momento com Sunny.
Por mais receio que ainda tivesse, Tristan ha queria com ele. Sabia que não era certo, mas precisava tê-la em seus braços pelo menos, por enquanto.
- Não direi uma palavra a respeito disso. - informou ele.
- Não é necessário. - respondeu o outro. - Devo dizer que estou contente por ter se acertado com o raio de sol.
- E eu devo lhe dizer para parar de chamá-la assim.
- Ciúmes?
- Não me provoque.
- Parei. - ergueu as mãos, como se tivesse se rendido. - Mesmo que seja bom provocá-lo.
- Não tem nada para fazer? - resmungou.
- Na verdade, não.
- Vá para o salão do clube, ande por lá. Converse, beba ou jogue, mas deixe-me quieto.
- Devo chamar Sunny, para acalmá-lo?
- Evan...
- Está bem, parei.
- Saía.
- Já vou. - respondeu se levantando.
- Vá de uma vez.
- Não vai para o salão hoje?
- Somente depois.
- Certo.
Tristan queria um momento de paz antes de encarar todos no salão. Estava com problemas, em relação às raparigas no clube.
Sunny as queria fora dali, e ele havia lhe dito que não poderia simplesmente colocá-las na rua. Como ele imaginara, Sunny não gostou nenhum pouco.
...
- Tristan? - ouviu uma voz chamá-lo baixinho.Mais uma vez a maldita enxaqueca, estava matando-o. Como mal conseguia se mover sem sentir dor, Tristan fechou um pouco as cortinas, e se deitou no sofá de sua sala.
- O que posso fazer por você? - sussurrou Sunny.
- Saia!
- Mas...
- Pedi para sair. - pediu mantendo os olhos fechados.
- Sente dor? - perguntou tocando seu rosto.
- Não sou uma boa companhia agora.
- Deixe-me ajudá-lo. - pediu.
- Não sou acostumado a ter ajuda nessas horas.
- Então, vamos mudar isso.
- Como?
- Sente-se só por um momento. - pediu ela.
- Sunny...
- Só me obedeça.
Contra sua vontade, Tristan se sentou por um momento. Sunny acomodou-se onde ele estava.
- Agora, deite-se novamente. - ordenou.
Tristan não compreendeu o que ela pretendia fazer.- Como vou me deitar, está sentada no sofá.
Sunny revirou os olhos.
- Deite-se no meu colo.
- Que fará?
- Por favor, só faça o que eu peço. - disse ela.
Ele repousou sua cabeça sob as pernas de Sunny. - Satisfeita? - resmungou.
- Agora cale-se.
Seu corpo travou, após sentir os dedos dela massageando sua testa. Percebeu que jamais haviam feito tal coisa assim com ele.
Sunny estava cuidando dele. E estava apreciava muito o gesto.
Tristan começara a relaxar com a massagem, as mãos da jovem eram mágicas.- Isto é bom. - murmurou ele.
- Então, aproveite.
O silêncio era muito bem-vindo.
- Tristan, posso lhe fazer uma pergunta?
E o silêncio havia se dissipado, pensara ele.
- O que deseja saber?
- Quando começaram as crises de enxaquecas?
Desde que começara com as lutas clandestinas, teve vontade de dizer.
- Não me recordo. - respondeu ele.
Tristan não iria contar a verdade, pois, ela faria ainda mais perguntas.
- Sabe, uma hora terá de ser verdadeiro comigo. - suspirou. - Terá de confiar em mim.
- Elas começaram na época das lutas. - disse ele por fim.
- Lutas?
- Quando cheguei a Londres, eu participava de lutas clandestinas.
- Parou com elas, porque lhe prejudicaram?
- Não. Eu parei por que já ganhara o suficiente para abrir meu clube.
- Então, as dores começaram?
- Sim.
- Já pensou em visitar um doutor?
- Já visitei, mas não ha o que fazer.
- Sinto muito.
Tristan já acostumara com a dor, mas esse não era nem o pior. E ele não contaria nada a Sunny, guardaria este segredo dela.
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O Devasso e a Louca - Clube dos Ordinários 3
RomanceTristan Bowman fechou-se para o amor após receber a maior traição da mulher que amava, o golpe o deixou com marcas para sempre. Decidido a recomeçar mudou-se para Londres, onde abriu seu clube para cavalheiros. Mulheres se tornaram somente para seu...