Capítulo XXl

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- Então? O que acha da situação de Logan? - questionou Evan

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- Então? O que acha da situação de Logan? - questionou Evan.

Tristan e ele estavam em sua sala particular no clube. A conversa deles era a respeito do amigo, e do interesse o homem pela, a esposa do pai.

- Ele está se metendo num problema dos grandes.

- Concordo.

- Logan saberá o que fazer.

- Claro que ele sabe, vai levar a moça para a cama. - respondeu ele rindo.

- Que leve. Mas não é uma boa ideia.

- Não é. 

- O que você faria, se estivesse em seu lugar? - perguntou, já imaginando a resposta.

- Caro amigo, se a moça for bela não veria problema algum em degusta-la.

- Degusta-la? Parece que esta falando sobre um pedaço de presunto.

- Perdoe-me. Eu iria, aprecia-la. - corrigiu-se.

Tristan gargalhou. 

- Agora diga-me, qual o motivo por estar tão animado? - indagou Eva.

- Não aconteceu nada.

- Não pense que não reparei que já tem dias que está assim.

- Está imaginando coisas.

- E não vamos esquecer que tem um belo passarinho cantando em sua cozinha toda feliz também. - disse Evan, com um sorrisinho irritante.

Já havia dias que o casal estavam se dando bem. Tristan deixara de lado toda sua preocupação para viver o momento com Sunny. 

Por mais receio que ainda tivesse, Tristan ha queria com ele. Sabia que não era certo, mas precisava tê-la em seus braços pelo menos, por enquanto.

- Não direi uma palavra a respeito disso. - informou ele.

- Não é necessário. - respondeu o outro. - Devo dizer que estou contente por ter se acertado com o raio de sol.

- E eu devo lhe dizer para parar de chamá-la assim.

- Ciúmes?

- Não me provoque.

- Parei. - ergueu as mãos, como se tivesse se rendido. - Mesmo que seja bom provocá-lo.

- Não tem nada para fazer? - resmungou.

- Na verdade, não.

- Vá para o salão do clube, ande por lá. Converse, beba ou jogue, mas deixe-me quieto.

- Devo chamar Sunny, para acalmá-lo? 

- Evan...

- Está bem, parei. 

- Saía.

- Já vou. - respondeu se levantando.

- Vá de uma vez. 

- Não vai para o salão hoje? 

- Somente depois.

- Certo.

Tristan queria um momento de paz antes de encarar todos no salão. Estava com problemas, em relação às raparigas no clube.
Sunny as queria fora dali, e ele havia lhe dito que não poderia simplesmente colocá-las na rua. Como ele imaginara, Sunny não gostou nenhum pouco.
...
- Tristan? - ouviu uma voz chamá-lo baixinho.

Mais uma vez a maldita enxaqueca, estava matando-o. Como mal conseguia se mover sem sentir dor, Tristan fechou um pouco as cortinas, e se deitou no sofá de sua sala.

- O que posso fazer por você? - sussurrou Sunny.

- Saia! 

- Mas...

- Pedi para sair. - pediu mantendo os olhos fechados.

- Sente dor? - perguntou tocando seu rosto.

- Não sou uma boa companhia agora.

- Deixe-me ajudá-lo. - pediu.

- Não sou acostumado a ter ajuda nessas horas.

- Então, vamos mudar isso.

- Como? 

- Sente-se só por um momento. - pediu ela. 

- Sunny...

- Só me obedeça.

Contra sua vontade, Tristan se sentou por um momento. Sunny acomodou-se onde ele estava.

- Agora, deite-se novamente. - ordenou.
Tristan não compreendeu o que ela pretendia fazer.

- Como vou me deitar, está sentada no sofá.

Sunny revirou os olhos.

- Deite-se no meu colo. 

- Que fará?

- Por favor, só faça o que eu peço. - disse ela.

Ele repousou sua cabeça sob as pernas de Sunny. - Satisfeita? - resmungou.

- Agora cale-se. 

Seu corpo travou, após sentir os dedos dela massageando sua testa. Percebeu que jamais haviam feito tal coisa assim com ele.
Sunny estava cuidando dele. E estava apreciava muito o gesto.
Tristan começara a relaxar com a massagem, as mãos da jovem eram mágicas.

- Isto é bom. - murmurou ele.

- Então, aproveite.

O silêncio era muito bem-vindo.

- Tristan, posso lhe fazer uma pergunta?

E o silêncio havia se dissipado, pensara ele.

- O que deseja saber?

- Quando começaram as crises de enxaquecas?

Desde que começara com as lutas clandestinas, teve vontade de dizer. 

- Não me recordo. - respondeu ele. 

Tristan não iria contar a verdade, pois, ela faria ainda mais perguntas.

- Sabe, uma hora terá de ser verdadeiro comigo. - suspirou. - Terá de confiar em mim.

- Elas começaram na época das lutas. - disse ele por fim.

- Lutas?

- Quando cheguei a Londres, eu participava de lutas clandestinas. 

- Parou com elas, porque lhe prejudicaram?

- Não. Eu parei por que já ganhara o suficiente para abrir meu clube.

- Então, as dores começaram?

- Sim.

- Já pensou em visitar um doutor?

- Já visitei, mas não ha o que fazer.

- Sinto muito.

Tristan já acostumara com a dor, mas esse não era nem o pior. E ele não contaria nada a Sunny, guardaria este segredo dela.

O Devasso e a Louca - Clube dos Ordinários 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora