Capítulo XXX

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O tempo fora passando bem lentamente, Sunny não aguentava mais a indiferença de Tristan. Ele não a tocava, nem ao menos falava com ela.
A solidão era sua maior companheira, até mesmo Sabine não ficava mais ao seu lado. A traidora estava sempre com Tristan.
Evan estava distante, mal vinha ao clube e quando fazia. Não conversava com Sunny.
Estava farta de se sentir solitária.
Ela andou pelo clube a procura de Tristan, presumiu que ele estivesse em sua sala. Sunny se quer bateu na porta, foi entrando.
Travou no lugar após ver algo que a surpreendeu.Estava tudo destruído. O local inteiro, era um grande caos.

- O que aconteceu aqui. - sussurrou para si mesma.

- O chefe não está de bom humor hoje. - foi pega de surpresa.

Não esperava ver Thomas ali na porta um pouco atrás dela.

- Ele fez isso?

- Sim. Como eu disse, ele não está de bom humor. - resmungou em resposta. - Na verdade, já tem um bom tempo que ele está assim. Vocês brigaram não é?

- A culpa é dele. Tristan quem insistiu em me manter longe.

- O que você fez?

- Porque julga que eu fiz algo?

- O senhor Bowmen sempre foi um homem controlado, mas desde que você apareceu ele não é mesmo. Tudo o tira do sério.

- Por isso, está supondo que eu seja a culpada por ele destruir a sala?

- E não foi?

- Thomas está me acusando de algo que não fiz! - rebateu irritada.

- Será mesmo?

- Estou começando a perder minha paciência com você.

- Viu só. Seu estresse está passando paro o chefe. Sugiro que mude esse comportamento.

- Meu comportamento? - perguntou sentindo o sangue esquentar.

- Sunny ninguém será seu amigo se continuar assim. Notou que o senhor Paxton também não fala com você. Até mesmo aquele bicho que chama de Sabine não a suporta, por isso, não fica ao seu lado.

Às palavras dele doeram mais que uma bofetada.

- Porque está sendo tão mal comigo? - perguntou baixinho.

- Por que cansei de ver todos se afastando daqui por sua causa.

- Todos quem?

- As mulheres que trabalham aqui.

- Está sendo rude comigo, devido a umas raparigas. Não tenho culpa se elas estão indo embora, eu não sabia.

- Está se fingindo de tola, mas eu não cairei nessa conversa sua. É obvio que está mentindo.

- Não faço.

- Cale-se Sunny, sua voz está me dando nos nervos.

A jovem nunca havia visto Thomas tão nervoso com ela, nem com ninguém. Parecia até outra pessoa.

- Se acalme. - pediu.

- Agora que não dorme mais com o chefe, faça algo útil e limpe a sala toda. E lembre-se de manter essa boca fechada.

- Tem medo que eu vá contar para alguém?

- Conte e veja o que ira lhe acontecer.

Thomas saiu deixando-a sozinha e com medo.
Controlando as lágrimas que começavam a cair, Sunny limpou a sala inteira.

...

Já era madrugada, Sunny estava na cozinha tomando uma xícara de chá. Não conseguia dormir, sua mente ainda tentava processar tudo que Thomas lhe disse.
Talvez, ele estivesse certo, talvez ela fosse culpada mesmo de afastar todos. O que não conseguia acreditar era a forma que Thomas falou com ela. Foi agressivo.
Sunny levou um susto com o som no corredor. Não demorou muito para ver Sabine vindo em sua direção.

- Quando entrou aqui sua traidora? - perguntou como se a cadela fosse respondê-la.

Sabine continuou parada perto do candelabro que estava todo iluminado com velas.

- Venha aqui. - chamou.

Sabine se aproximou, deitou sua cabeça no colo de Sunny.

- Porque não quer mais ficar comigo? - murmurou. - Me considera insuportável, por isso, não fica mais comigo.

Sunny começou a chorar, sentou-se no chão e chorou abraçada a Sabine.

Assim que conteve às lágrimas, bebeu o resto do chá.
Cansada de chorar atoa, Sunny se levantou do chão, pegou uma vela.

- Venha. - chamou a cadela.

Desceu até o clube, tudo estava silencioso. Todos deviam estar dormindo. Determinada, marchou ao seu propósito.
Ao chegar onde queria, respirou fundo. Abriu e fechou a porta, caminhou sem fazer muito barulho até o homem que dormia tranquilamente.

Observou o copo de água sob a mesinha, pegou e virou todo o conteúdo do rosto dele.

- O que faz aqui? - perguntou assustado já que acordou com a água no rosto. - Te fiz uma pergunta, o que faz aqui?

- Sabine. - a cadela reconheceu sua voz de comando. Então, começou a rosnar para Thomas.

- Sunny, tire ela de cima d-de mim-m. - pediu com gaguejando.

- Não parece tão confiante agora não é? - Sunny perguntou, adorando ver o medo no rosto dele.

- Você é louca.

- Talvez.

- Por favor, tire sua cachorra.
Sabine rosnava sem parar.

- Escute bem o que eu irei lhe dizer, nunca mais fale comigo daquela forma. Nunca mais, me distrate daquele jeito.

- T-Tudo bem.

- Peça desculpas.

- Isso é mesmo necessário?

- Peça! - exigiu.

- Tá bom, m-me d-desculpe.

- Bom garoto. - deu um tapinha no rosto dele.

- Só vai embora daqui.

- Eu irei, lembre-se do que falamos aqui. E me faça outro favor, não fique no mesmo ambiente que o meu de agora em diante.

Sunny tirou Sabine de cima de Thomas e saiu do quarto.

- O que aconteceu hoje para você ameaçá-lo? - Sunny levou um susto.

Ela não havia visto Tristan ali perto dela.

- Nada que eu já não tenha resolvido. - respondeu depois de um momento.

- Conte-me.

- Agora deseja falar comigo? Está um longo período fugindo de mim, mas agora resolveu que quer conversar.

- É do meu interesse saber se alguém esta te maltratando.

- Não se preocupe, sei cuidar de mim mesma.

- Sunny...

- Boa noite, Tristan.

- Exijo saber!

- Você pode exigir o que quiser, mas não quer dizer que eu vá acatar.

Sunny continuou andando o mais rápido que conseguia. Não diria nada a Tristan, se ele quisesse saber que perguntasse a Thomas.
Pois, se ele não queria falar com ela antes, agora era Sunny quem não o queria por perto.

O Devasso e a Louca - Clube dos Ordinários 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora