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"Missão de resgate"
Capítulo 220

Coloco dentro da mochila preta... Uma caixa de primeiros socorros, cordas. Olho para a minha cama.
Olho para a caminha do gato. Alí estava o gato e o cachorro deitados, juntos. Os dois gatinhos que estavam alí acariciavam o pelo no cachorro que estava respirando com a língua para fora. Olho para o gato preto, ele me olhava com aqueles seus olhinhos verdes.
Respiro fundo.
Me abaixo, olho debaixo da cama. Vejo a lata de alumínio que estava alí.
A pego, coloco sobre a cama. Ainda com os joelhos no chão a abro.

Alí estavam os dois walkie tolkies. O meu e o de Carl. Alí a caixinha que peguei lá na fazenda semanas atrás.
Observo, vejo a filmadora que Daryl achou perto da prisão. Nunca a olhei, não tive coragem, e ainda não tenho coragem. Ao lado meus tênis all star velhos. O canivete de Glenn e meu iPod velho que Glenn tinha escondido em seu quarto. Uma camiseta do Ron dobrada por baixo de tudo, os bilhetinhos que ganhava dos dois na escola.
Levanto as sobrancelhas observando melhor. Respiro fundo e pego a filmadora, a caixinha minha e do Carl. Pego o iPod com os fones e os coloco em volta de um casaco. Coloco dentro da mochila. Lá em baixo. Não era muita coisa, era pouco.

- Acho que vai ser útil nos momentos de tédio - Digo sabendo que ficaria com tédio

Olho para o gato e o cachorro. Faltava um gatinho alí, não estava comigo. Estava com o meu garotinho. Ele havia ficado com o gatinho número 04. Tudo que era meu, era dele, tudo que era dele, era meu.

- Falta alguma coisa - Penso

Olho para dentro da mochila. Casacos para mim e Daryl, maleta de pronto socorros. Cordas.

- Comida! - Olho para o cachorro.

- CACHORRO! CASSIE! - A voz de Daryl vinha lá de baixo

- Tá, tá, ok - Pego meu arco, envolvo em volta do meu corpo, coloco a aljava dentro da mochila com as traseiras da flecha para fora. Era grande demais, não ia caber dentro da mochila.
Pego meu condre o colocando na coxa.

Usava uma calça Jens preta, uma blusa de manga longa e a jaqueta de couro que ganhei a anos atrás. Ainda ficava larga para mim, mas era quentinha. Já desbotava mas a amava.

Coloco o condre na minha coxa. Vejo algo dentro do condre, bem em volta. Bem descrito. Frazi a testa, o pego, tiro do lugar e observo.
Uma foto, uma pequena foto. Olho e vejo eu e Hershel. Sorrio, viro a foto e vejo letras coreanas.

- 보고싶어요 사랑해요 언니 > Sinto sua falta, eu te amo mana - Noto que era a letra de Hershel Júnior, sorrio

- 나도보고 싶어요 > Também sinto sua falta - Falo em coreano.

Respiro fundo sentindo uma saudade do meu garotinho. Guardo a foto no condre novamente.
Coloco a minha arma e o canivete do meu pai no bolso.
Fecho a lata e coloco debaixo da cama novamente.
Coloco a mochila nas costas, sobre o arco.

- Vem - Chamo o cachorro que lambia o gato. O gato demonstrava nojo, rí fraco. Nego com a cabeça e saio do meu quarto.
O doguinho vinha atrás.

Desço as escadas e alí estava Tara com algumas latinhas de comida.

- Se cuidem, não quero ver vocês mortos - Diz Tara colocando as comidas emlatadas dentro da mochila.

- Pode deixar - Digo

Your eyes [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora