Capítulo 07

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A palavra desse capítulo é ''Flores''

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Keitarou era um garoto matutino.

Por isso, mesmo com tão pouca idade, ele ganhou um quarto só seu, pois sempre acordava a irmã, a quem era extremamente estressável pela manhã.

Muitas vezes, ele acordava antes mesmo do sol nascer. Ele adorava esses dias, quando olhava pela janela e a neblina fria ainda estava pairando sobre o quintal. O garoto não perdia tempo, calçando seus chinelos e correndo para o lado de fora. Com um destino certo.

Ficava na parte de trás no quintal, um pouco afastado dos balanços e brinquedos agora de Tatsuki; um pequeno jardim particular só seu, onde ele cultivava e cuidava dos mais variados tipos de flores.

Pegando o regador no banco sob a árvore e enchendo-o na torneira junto ao cerradinho de seu jardim, Keitarou foi até suas flores, conversando com elas enquanto as regava.

''Você está tão bonita quanto ontem, Senhora Margarida. Ah, você também está radiante, Amarílis.''

Keitarou aguava as pétalas com delicadeza, agachando-se para molhar suas raízes. Quando chegou junto ao seu cacto, ele deixou o regador de lado, pegando seu vaso com cuidado.

''Bom dia, Iwa-chan,'' ele riu, não conseguindo segurar a risada sempre que olhava para a planta.

Ele ganhou de Tooru há algumas semanas. Sabendo que o garoto adorava jardinagem, ele sempre o presenteava com sementes sempre que possível. Assim que ele viu o pequeno cacto, o pensamento surgiu mais foi da boca de Mahino e Mayumi que ele se manifestou:

''Ele parece com o tio Haji!''

A gargalhada de Tooru durou quinze minutos diretos, ele recebeu alguns tapas de um Hajime muito envergonhado por ser o motivo da piada, mas havia valido a pena.

Keitarou colocou o pequeno cacto de volta no canteiro e levantou-se. Ele colocou a mão sobre o queixo, analisando suas flores.

Ele precisava tomar uma decisão importante: qual daquelas flores ele levaria para seu mama naquela manhã?

Todos os dias, Keitarou escolhia uma flor e deixava no vaso sobre a mesa. Sempre que as via, Keiji sorria para o filho e beijava sua testa, falando sobre o quanto o amava.

No dia anterior, Keitarou entregou a ele um pequeno buquê de Tulipas. Hoje ele estava na dúvida entre as Orquídeas e as Onze horas coloridas, quando decidiu que pegaria um pouco de cada uma.

Com um buquê novo em mãos, Keitarou voltou para dentro de casa, onde todos estavam acordando aos poucos. Koutarou estava se preparando para sua corrida matinal e Tetsurou estava pendurado nas costas de Keiji enquanto esperava a máquina de café terminar seu trabalho.

Quando eles o notaram, foi uma chuva de bom dias e abraços calorosos. Enquanto era esmagado pelos braços de Koutarou, o garoto estendeu as flores da direção de Keiji.

''Hoje é um buquê completo?'' Tetsurou riu.

''Elas são lindas. Obrigado, querido.'' Keiji beijou suas bochechas, andando até o meio da cozinha para deixá-las no vaso.

Ele se voltou para o filho, ''O que quer de café da manhã, meu amor?"

Keitarou fingiu pensar.

''Sobrou pizza de ontem à noite?''

Keiji arqueou uma sobrancelha, ''Boa tentativa, mas não.''

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