Capítulo 09

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A palavra do capítulo é ''Amarelo''

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Era mais uma daquelas tardes onde seus Alfas estavam trabalhando e seu filhote mais velho estava na escola e Keiji tinha um tempo à toa. Geralmente, ele gastava consigo mesmo, lendo um livro ou assistindo alguma série que ele enrolou meses para terminar.

Ele estava prestes a entrar no banheiro e passar longas horas na banheira, quando Tatsuki o parou, agarrando suas pernas enquanto exclamava:

"Vem brincar comigo, pa!"

Keiji nunca resistia ao seu chamado.

Os dois brincaram de casinha, e Keiji caiu na risada enquanto via sua filha imitar Koutarou falando que era o chefe da casa. Também brincaram de esconde-esconde (coisa que Tatsuki logo se entediou, falando que não era brincadeira de duas pessoas só) e agora estavam estirados no tapete da sala, desenhando.

Tatsuki parou de colorir o céu que desenhava, olhando para o pai.

"Pa."

"Oi, querida."

"Qual sua cor preferida?"

"Hm, não sei... Amarelo?"

Tatsuki riu, apontando para o desenho do pai, "Eu percebi."

Keiji olhou para o papel. Seu desenho era de uma fada sobrevoando um canteiro de rosas. Ele havia pintado não apenas as flores, mas o vestido da fada também de todos os tons de amarelo que Tatsuki possuía em seu estojo.

''Eu fiz sem perceber,'' resmungou, franzindo a testa ao analisar seu desenho. Keiji não lembrava quando, ou como, mas a cor amarela acabou se tornando algo muito marcante na sua vida.

Enquanto olhava aquela confusão de rosas amarelas, ele sorriu. Sabia bem como aquilo aconteceu.

Amarelo era uma cor atraente por si só; era calorosa, refrescante, como uma limonada gelada em uma tarde quente de verão. Uma cor alegre, a cor do otimismo e da alegria.

E o tom que brilhava nos olhos daqueles que ele mais amava.

Se amar assim for brega, pode chamá-lo de Marília Mendonça ou de Falcão, mas Keiji amava a cor amarela por causa de seus Alfas.

Então quando eles retornaram ao lar, Keiji os encheu de beijos e sussurrou ao pé dos seus ouvidos sobre como os amava. Nada era mais gratificante do que sentir que era o motivo daquele brilho no olhar de seus companheiros. 

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