•Vadia egoísta•

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Dois meses depois...

Dois meses, dois meses que..meu Deus o tempo passou voando. Nada é como antes e eu sei que nem vai ser. Dois meses que eu não me reconheço mais, mas não de um jeito ruim, é de um jeito bom.

Posso dizer que esse maldito paradoxo de se apaixonar não vale a pena para muita gente, e pra mim também não valia. É como uma eterna roda gigante que você chega ao topo, e depois ao fundo do poço do fundo do poço.

Billie se tornou alguém tão necessário em minha vida, que fica difícil me imaginar vivendo sem ela. Todos os dias, literalmente todos os dias nós nos vemos, seja saindo para algum lugar, ou indo em consultas e até mesmo indo comprar coisas de bebê, ou transando.

Eu nunca me imaginei assim, nunca me imaginei aqui. Nem em sonhos, esse nunca foi um sonho a família feliz, mas por que eu gosto tanto?

–Você acha que eu vou ser uma boa mãe? –Billie perguntou enquanto olhava para frente tentando acompanhar a velocidade das gotas de chuva.

–Não sei, não existe um manual né "como ser uma boa mãe, primeiro passo" –falei ironicamente –Talvez você só tenha que ser mãe, mãe você pode ter várias, mas elas sempre serão únicas.

–Eu tô com medo, de não ser um bom exemplo pra ela.

–Talvez nenhuma de nos sejamos, duas doidas que transaram sem nem se conhecerem criaram uma vida –dei de ombros –Talvez nossa filha pire quando souber disso.

–Como assim?

–Assim que, casais normais, casados ou namorando lutam para ter um filho e nos nem isso somos e recebemos esse presente –falei olhando para ela –O que eu quero dizer é que, talvez não estejamos prontas ainda e tem tanta coisa acontecendo que é provável que seja impossível dar uma infância saudável para ela tendo essa vida incerta.

–S/n, isso foi indiretamente um pedido de casamento?

Empurrei seu ombro rindo.

–Quem sabe eu não te peça em casamento mais tarde.. –ela deitou sua cabeça em meu ombro deixando aquela frase no ar.

Eilish e eu não precisávamos de muito para engatar uma conversa, e nem uma briga, qualquer coisa virava briga entre a gente.

–Cê já pensou em algum nome?

–Já –respondi –Hannah.

–Hannah? Hannah –billie repetia o nome de um jeito engraçado –Hannah vem comer! Hannah, obedeça sua mãe! Parabéns Hannah! Eu gostei de Hannah.

–Serio?

–Sim, Hannah é lindo e tem um som ótimo.

Acabei rindo dela.

–É sério cara! O presta atenção Hannah Pausini O'Connell –ela fez um gesto engraçado com as mãos –Vai ficar incrível!

–Também acho –falei rindo mais.

–Ah cê só sabe rir de mim, eu vou fazer xixi –ela se levantou indo até o banheiro da própria casa.

Acompanhei ela com o olhar até ela sumir do meu campo de visão, shark estava dormindo no tapete fofinho da sala de Billie, ele era um cão encantador. Billie dizia que ele era meio burro por que vivia caindo e escorregando, mas que ela o ama mais que tudo, mas não mais que Hannah.

Ouvi o celular de Billie tocando na mesinha e fui até ele, peguei o celular em minha mão e quando iria gritar para ela li as mensagens que estavam na tela de bloqueio.

"Amor, mais tarde passa aqui em casa"
"Precisamos discutir os últimos detalhes do casamento"

Casamento? Amor?

We are going to have a babyOnde histórias criam vida. Descubra agora