Reunião de família //SEGUNDA PARTE

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Querida, amor da minha vida, a sensação é mesmo maravilhosa, te segurar nos braços, sentir seu cheirinho, poder olhar em seus olhos e dizer que você é linda demais, nem se compara com o que eu imaginava. É como ter toda a paz em mim, a leveza, a tranquilidade, nem me lembro a última vez que não acordei feliz desde que você chegou, óbvio que não é apenas um mar de rosas e ter que chorar de dor as vezes quando meus seios estão machucados, mas você precisa mamar, me dói. E dói também o esgotamento de passar a noite acordada com você em meus braços chorando sem saber muito a que recorrer, o medo quando você tinha febre ou quando seu primeiro dentinho caiu e eu não sabia se chorava ou se ria junto com você, suas primeiras palavras que me fizeram chorar como eu nunca havia chorado, mas isso se torna tão supérfluo quando eu vejo sua tranquilidade ao dormir. Me dói não te ter o tempo inteiro debaixo das minhas asas te protegendo de tudo e de todos. Mas a sensação de te ver sorrir nada pode pagar ou estragar. A sua primeira queda, o seu primeiro desenho, sua primeira bronca, a primeira amizade. O dia em que você decidiu que não queria mais peito foi tão agoniante e tão feliz ao mesmo tempo, o seu primeiro corte de cabelo ou a sua primeira ida ao salão com a mamãe, esses momentos eu guardo pra sempre minha princesinha.

Com amor, mamãe.

...

-Isso filha! -gritei vendo a menininha com a camisa dez correr no campo.

O time de Hannah ganhava de 1x0 e as meninas estavam elétricas nos últimos minutos do jogo, as adversárias tentavam virar, mas elas estavam perdendo as esperanças.

As mãos ao meu lado gritavam e vibravam a cada passe que elas davam.

Hannah corria e meu coração apertava com o medo dela cair e se machucar, mesmo Hannah fazendo isso a quase dois anos meu coração ainda aperta nesses amistosos.

O sol estava quente e meus óculos escuros facilitam enxergar os cabelos loiros correndo no campo.

E fim de jogo.

Os dragões rosas tinham ganhado de 1x0 das Misteks.

Hannah vinha correndo até mim junto com as outras meninas, que abraçavam suas mães, algumas choravam por que haviam perdido e outras riam e comemoravam.. é a vida.

Abracei seu corpinho suado.

-A gente ganhou mamãe!

-Eu vi meu amor, mamãe tá muito orgulhosa de você -tirei os fios soltos de sua testa.

-É isso aí Hannah banana, você é a melhor, toca aqui -Zoe estendeu sua mão para a menina que bateu na palma dela.

-A gente pode tomar sorvete mamãe?

-Claro que pode meu amor, a gente tem que comemorar que minha princesinha ganhou -falei olhando seu rostinho vermelho e soado.

-E a gente pode chamar o Sam? -ela perguntou animada -E a vovó também?

-Podemos sim, mas a vovó tá na Itália esqueceu? Por isso ela não veio.

Depois da morte do meu pai, que não foi algo que chocou a família, que em sua grande maioria desejava a morte dele todos os dias, minha mãe assumiu os negócios e tomou a frente da empresa o que fez a coroa estar sempre ocupada.

–Então podemos chamar a vovó Maggie e o vovô Patrick?

–Claro que sim meu amor.

O treinador veio se aproximando de onde nós estávamos e sorriu para Hannah.

Mikael, um homem alto, ruivo, de mais ou menos uns trinta anos, óbvio que a grande barba dava um ar mais velho para ele.

-Parabens Hannah, você jogou muito bem -ele fez um toquinho com ela.

We are going to have a babyOnde histórias criam vida. Descubra agora