Segunda-feira a noite não saiu como programado. Afinal, um bêbado agonizava em sua porta por uma mulher chamada Verônica. Não o deixou quieto até abrir sua porta e ameaçar agredi-la.
Depois que o bêbado se calou por uns minutos, os quais Chuuya pensou que estava a salvo. Mas, não.
O bêbado começou a gritar novamente, só que mais alto por essa mulher que Chuuya supôs estaria o traindo.
O cheiro do álcool era tão forte que chegava a ser enjoativo, sentindo de longe.
Ele suspirou e perfumou todo o quarto com sua fragrância de madeira, assim o mal cheiro do álcool poderia desaparecer – ele pensou.
Ao se deitar, o bêbado havia se calado e provavelmente ido embora. Chuuya ainda fingia ignorância e pensou que aquele não faria mais nada. Completamente errado.
Prestes a cair no sono, o som da porta sendo aberta e batida contra a parede com força assustou a vizinhança que também se lamentava em segredo pelo bebum.
Chuuya se levantou as pressas pulando de sua cama, bagunçando seus lençóis. Ele correu até a sala, e lá estava o bêbado jogado de cara no chão.
Ele adormeceu. De uma forma esquisita. Chuuya o encarou perplexo. Em suas mãos havia um bocado de chaves, e em segundos toda a vizinha surgiu com cabos de vassoura e pijamas em direção ao apartamento de Chuuya.
Todos observavam o jovem barulhento desmaiado no chão. Os olhares eram divididos entre o bebum e o Nakahara.
Ele suspirou. — Antes que pensem algo errado, ele invadiu minha casa e simplesmente caiu no chão. — Diz o ruivo cruzando seus braços. As outras pessoas cochicharam entre si.
— Acreditamos em você. Não é a primeira vez que isso acontece... — Uma mulher jovem que cutucava o rapaz desmaiado no chão falou.
— Ele sempre anda gritando o nome dela por ai... Deve doer muito ainda... — Ela murmurou e os outros concordavam.
Chuuya ficou confuso, mas não se atreveu a perguntar nada. Ele deixou que os outros começassem a conversar e deixarem escapar algo sobre o homem desmaiado.
— Verônica... Que ela esteja em algum bom lugar... Mesmo com este imundo a agorando todos os dias! — Um senhor alfinetou, sua mulher o controlou e ele se calou.
— Sim... Mesmo depois de tudo, ela foi uma boa mulher. — Outra mulher iniciou.
— Concordo. Pessoa certa, na hora errada... — Um adulto murmurou e de cada vez todos ficavam mais emocionados e melancólicos.
Chuuya já estava cheio e estressado. Ele tentou expulsa-los dali, então o barulho das chaves alertou a todos. O bêbado antes caído, se levanta devagar estranhando o cômodo onde se encontrava.
— ... Onde estou? — Ele questionou massageando a cabeça com a mão que mantia as chaves alheias.
— Hum? Eu não estava no bar com Odasaku e Ango? — Ele questionou mais uma vez.
— Parece que você ficou bêbado demais e veio invadir meu apartamento. Se é fraco com álcool, não deveria ingerir. — Chuuya começou.
Os olhos deste eram apagados. Um homem alto envolvido em bandagens sujas de sangue e terra. Fios castanhos e escuros como aquela sala sem a luz ligada. Ele parecia assustador, mas Nakahara não se incomodava e sim permanecia esperando que ele vá embora junto com toda aquela gente.
— Entendo. Desculpa por isso. — Ele falou se alongando. As pessoas atrás dele apontavam seus cabos de vassoura em direção a ele, como se estivessem o ameaçando a não se aproximar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
"verônica, open the door!"
FanfictionNakahara Chuuya passou uma semana turbulenta sendo atormentado por um homem que todas as madrugadas gritava o nome de uma mulher. soukoku.