Saturday

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— O que... O que eu fiz? — Murmurou Chuuya olhando para o teto claro sendo sufocado por um rapaz dormindo tranquilamente por cima de seu corpo.

Ele lembra do que aconteceu ontem, muito bem. Mas não sabe o que deu em sua cabeça.

Ele perdeu a perfeita oportunidade de expulsar este alcoólatra de uma vez por todas de seu apartamento e passar seus últimos dias calmamente.

O ruivo tentou se livrar dele para que pudesse se levantar, mas Dazai pensava fielmente que ele era seu travesseiro humano.

Enfiou a mão no meio do rosto olioso do rapaz e se soltou daquelas ataduras enroscadas em seus braços.

Ele amanheceu cansado por simplesmente estar ao lado deste. Arrastando-se até o banheiro para tomar um banho e limpar as impurezas que o alcoólatra exalava.

O ruivo se trancou no banheiro com medo de correr o risco do rapaz estranho invadir sua privacidade, mais uma vez.

Aproveitou a oportunidade e água congelante, lavou seu cabelo. Deixar a água pingar por seu corpo era relaxante, ele prefere a banheira mas não vai arriscar.

— Ei... O que você tá fazendo? — Alguém perguntou do lado de fora.

Nakahara quase escorregou no box quando as batidas soaram. Nem ferrando...

Chuuya aumentou a frequência da água que caía do chuveiro e Dazai confirmou bocejando? O ruivo não entendeu, então permaneceu se limpando.

— Quando sair me avisa... Quero beber... —

— Que? —

[...]

Vestido confortavelmente com roupas simplesmente e uma toalha por cima de sua cabeça para enxugar os fios úmidos.

Dazai estava adormecido no sofá por esperar Chuuya sair do banheiro por muito tempo.

O ruivo simplesmente ignorou e esquentou o café que fez no meio da madrugada passada. Um pedaço de bolo que a senhorinha gentil o deu pela manhã, ela acabou o acordando sem intenção.

O chão estava sujo, Dazai provavelmente que sujou. Chuuya não sai do apartamento por medo de ser roubado ou ter suas coisas quebradas pelo rapaz.

Ele se alimentou e secou seu cabelo. Hoje era um dia tedioso. Finais de semana sempre são, então ele ficaria em casa e dormiria a tarde toda.

Uma notificação de celular.

Ele havia esquecido do próprio celular e do trabalho durante os dias em que passou neste apartamento.

Era uma mensagem de Koyou. Ele apertou na notificação, era somente uma mensagem falando sobre sua passagem de volta.

Ele confirmou enviando um emoji qualquer, e junto uma foto do bolo que comia no café da manhã.

A mulher simplesmente visualizou e o deixou no vácuo. O ruivo suspirou e bebeu mais um gole do café.

— Você é péssimo com mulheres. —

— VOCÊ NÃO ESTAVA DORMINDO NO SOFÁ? —

— Sim, estava, agora não estou mais! — Brincou o moreno.

— Quer ajuda? —

— Ajudar com o quê? —

— Com mulheres. —

— Ela é minha irmã. —

— Oh... Ela é solteira? —

— Por que eu te responderia? —

— Você dormiu agarrado comigo esta noite, você foi tão ousado... —

— Eu quero que você se foda. —

— Certo, e ela tá solteira? —

— Vai se fuder... —

— Eu já não disse que sim? Agora me responda! —

— Eu não vou responder! —

— Certo, vou procurar o Instagram dela depois. Obrigado. —

— E como você sabe o Instagram dela? —

— Vou olhar pelo seu. —

— E você por acaso sabe o meu? —

— A neta da vovó descobriu e me passou. Relaxa, vou fazer parte da sua família de qualquer jeito. —

— Vá embora, ou nem do condomínio você vai fazer parte. —

— Você é tão gentil! —

[...]

A tarde estava sendo a pior de todas em sua miserável vida. Dazai não o deixava em paz em nenhum segundo.

Chuuya já ligou mais de 3 vezes para o tio do rapaz, mas ele sempre diz que viria buscar e até agora nada desse senhor.

Dazai tentou destruir seus chapéis mais uma vez, mas Chuuya chutou sua bunda seca para fora do quarto.

Minutos depois, ele se infiltrou no escritório recém arrumado do ruivo somente para pegar um cigarro e imita-lo fumando.

Osamu somente está o atormentado em seu apartamento por conta da promessa que ele fez.

— Se você não quer que eu venha perturbar seu sono, me deixe ficar aqui pelo resto do dia! —

Chuuya acabou por concordar. Tudo pelo bem de seu sono.

Ele já tinha certeza que Dazai encontrou seus vinhos que levaria de viajem, até porque ele conseguiu pegar Dazai levando um dos frascos que estava na mala até a geladeira e agiu como se nada tivesse acontecido.

— Por que esse dia não passa mais rápido? — Questionou Chuuya a si mesmo.

— É porque estou aqui, entende? Será o melhor dia da sua vida! — Disse Dazai em um tom divertido e alegre.

— Acho que esse vai ser meu último dia de vida... —

"verônica, open the door!"Onde histórias criam vida. Descubra agora