Dazai tentava esconder os litros caros de Chuuya em suas calças, nenhum pouco escondidos.
Chuuya tentou meditar, mas nem isso expulsava o demônio Dazai de sua vida.
Era como um piolho inquieto, ele não parava um segundo sequer. Vê-lo arrudiando sua casa diversas e diversas vezes era extremamente irritante.
O Nakahara tentou voltar a ler seu livro de poemas, mas Dazai já havia passado a mão nele muito antes de se recordar dele.
O ruivo estava sentado na janela prestes a se jogar caso Dazai venha pertuba-lo mais uma vez.
Pensando no diabo, lá vinha ele correndo igual uma criança alegre com o litro de vinho em mãos.
Com certeza estava bêbado, ele cambaleava e tropeçava em lugares impossíveis. Era agora, Chuuya se jogaria.
Mas na verdade não fez, ele simplesmente acendeu um cigarro e evitou olhar para o moreno alcoolizado.
— Verônica... —
— Lá vem. — Murmurou Chuuya assoprando a fumaça para fora, para ser exato, no rosto de Dazai que se contorceu.
— Chuuya, você conhece a Verônica? — O moreno perguntou.
— Não. —
— Você... quer saber sobre ela? —
— Não. — Chuuya deu outra tragada no cigarro.
— Muito bem, vou dizer da mesma maneira. —
— Sinceramente... —
— Fique quieto e escute a historinha de ninar! — Alegremente, disse Dazai logo após se sentando na mesma janela de frente a rua.
[...]
— Eu e Verônica nos conhecemos quando eu comecei a trabalhar em uma máfia. Não posso dizer que lá foram as minha melhores memórias, até porque não tinha nenhuma até conhecer ela.
Eu e ela acabamos no mesmo setor. Eu era o chefe, e ela servente. Era divertido trabalhar com ela, até mesmo me concentrei em meu dever por um bom tempo. Tudo somente para que ela me notasse.
Um dia eu estava saindo de uma reunião importante, ela me esperava no jardim. Ela me levou para mais fundo e, duramente, se confessou para mim.
Achei que aquilo era uma brincadeira, até porque brincávamos de rivais no tempo livre. Eu magoei ela com minhas palavras ignorantes.
Eu fiquei mal depois, mas não consigo imaginar o quão quebrada ela ficou. Ela nem chorou ou demonstrou tristeza, ela bateu no meu ombro e disse que me esperava no setor com os outros depois do almoço.
Quando entrei no escritório foi quando percebi o que fiz. Para corrigir meu erro, no mesmo dia eu a convidei para um restaurante caro. Ela gostava de comida boa, comida cara. Eu nem me importo com o tipo de alimento, quase não sinto fome.
Eu também comprei um anel extremamente caro. No meio de todos, eu a pedi em namoro adequadamente. E ela aceitou com o sorriso mais verdadeiro possível.
Com o tempo, eu acabei me sentindo confortável para dizer a ela algo que sempre quis fazer. Mesmo que eu cantarolasse sobre isso todos os dias no meio do expediente, eu contei a ela com um tom sério.
Ela sorriu e nunca protestou contra.
Ela também era uma mulher de iniciativas, em quase dois anos juntos, ela me pediu em casamento. Eu não cometi o mesmo erro da primeira vez, e aceitei.
Eu não conseguia entender como uma pessoa tão pequena poderia ser tão corajosa e cheia de iniciativa.
Mas para antes de casar, precisava da autorização de seus pais. Os meus já se foram a muito tempo, mas os dela continuavam e torciam por ela.
Verônica me levou até seus pais, que moravam nesse condomínio, nesse apartamento. Meu tio também trabalha a muito tempo, foi ele quem me disse mais sobre ela e sua vida.
Seu pai era alguém rígido, e nunca permitiu minha entrada em sua casa. Pedi a autorização do lado de fora, atrás do portal da porta.
Ele quase me espancou, mas sua mãe era alguém gentil e nos deu a benção com muita alegria. Ele também acabou aceitando pela felicidade da filha, mesmo sentindo uma energia negativa entre eles.
Rapidamente todos ficaram sabendo e foram convidados. Todos estavam alegres, não há muitos jovens além de senhores e senhoras encalhados ou com o pé na cova.
Nós marcamos a data, os convites foram entregues.
Uma semana antes do casamento, Verônica havia ido provar seu vestido de noiva. Ao chegar correu em direção a mim e me abraçou chorando. Eu pensei que eram lágrimas de alegria até ela sussurrar em meu ouvido.
— Osamu, eu quero realizar seu desejo. — Ela disse calmamente. Eu me fiz de burro, mas ela bateu em meu rosto e apertou minha mão.
Eu era uma pessoa viva até escutar aquelas palavras. Fiquei tão iludido com tudo o que acontecia, com a relação que acabei me esquecendo.
Ela sorriu genuinamente e me puxou para o último andar, era de noite. Dando exatas 3:00 da manhã.
Já tive diversas tentativas de suicídio em minha mísera vida, mas essa foi a primeira em que senti que não queria morrer. Eu me sentia vivo pela primeir vez, e esse desejo já havia se dispersado.
Eu chorei, e ela também.
Meus olhos se apagaram ao ver seu rosto sem expressão, seus cabelos voavam. Nós tiramos nossos sapatos. A multidão abaixo de nós estava tão ocupada que nem prestaram atenção em nossas mãos suando.
— Osamu, Amor. Eu, Verônica, aceito ser sua esposa. Na alegria, na tristeza; Na vida, e na morte. E sempre estarei com você, não me importa o quê! — Ela disse enquanto engolia lágrimas que desciam sem parar.
— Verônica... Eu- —
Quando eu ia recitar minhas palavras de amor, ela puxou minha mão e se jogou do andar. Sua mão ficava fria a cada centímetro perto do chão.
Estávamos realmente caindo. Eu estava finalmente caindo, estava finalmente morrendo com a mulher da minha vida. Eu finalmente poderia abandonar meu emprego, minha vida. Eu finalmente poderia ver meus pais.
Mas não foi o que aconteceu.
Eu a abracei durante o tempo que caímos. De acordo com os cálculos, ao pular dali, iríamos cair no meio da pista para todos verem nossos corpos sangrando agarrados um no outro.
Mas ela me empurrou e caí em um lugar confortável que suportou minha queda. Meu corpo voou longe do dela, ela caiu na pista para todos verem seu corpo sangrento manchando tudo ao seu redor.
A ambulância veio rapidamente. Minha cabeça estava doendo, meu corpo também. Meus ossos devem ter quebrado.
Rolando até mim, minha aliança cara que comprei a mulher que amava. Minha última memória dela foi de seu corpo repartido no chão, o seu cabelo tampava seu rosto belo.
Depois disso, simplesmente apaguei.
Meses depois eu acordei com os pais dela vindo me visitar, eles também choravam. Meu tio estava calmo e aliviado por seu único sobrinho ter se livrado.
Mas eu permaneci inexpressivo durante muito tempo, o que me levou ser depende da bebida para esquecer do que meu desejo fez.
Eu me rendi a isso, e nunca mais superei.
Os pais dela ficaram tão abalados que foram embora, todo o contato que tinham com os outros moradores, e com certeza de Dazai, foram apagados e bloqueados.
Qualquer coisa que lembrava a filha que perderam, era forçadamente esquecida.
E foi assim até os últimos anos e um ruivo anão fissurado em chapéus aparecer.
Ao interagir com alguém diferente que não seja seus colegas de trabalho ou senhores de idade, foi uma experiência libertadora.
Todo aquele peso daquelas últimas palavras havia ido embora, seu corpo, sua mente, tudo estava calmo e uma harmonia que ela trazia a mim.
Te conhecer foi ótimo, Nakahara Chuuya.
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"verônica, open the door!"
FanficNakahara Chuuya passou uma semana turbulenta sendo atormentado por um homem que todas as madrugadas gritava o nome de uma mulher. soukoku.