Capítulo 30: Nulicans.

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Os estalos da madeira queimando na fogueira lentamente iam se desfazendo conforme as chamas ao redor dela iam se enfraquecendo, o enorme galpão aos poucos recebia a luz do Sol, penetrando pelo vidro cheio de musgo e esverdeado das janelas e pelas entradas da calha por cima do telhado. De dentro da sala de descanso, o barulho de alguém se levantando de um sofá velho e caído aos pedaços ecoa pela sala, era Ayuta, que ao se levantar espreguiça e alonga todo seu corpo, com suas juntas e articulações estalando conforme se movia.

"Urgh... Meus músculos estão completamente cansados..." Disse o mesmo, em seguida bocejando e massageando a região do ombro com a nuca.

Ayuta então começou a vasculhar os armários da sala, encontrando uma velha jarra de metal e um pote que parecia ter algo dentro, após abrir, o cheiro forte e agradável do café subiu pelo nariz do homem que soltou um leve sorriso de alívio ao sentir o odor familiar, como quase todo alimento, planta ou ser vivo que é originário do solo, suas raízes são alimentadas com energia mágica, acredita-se que todas elas são ligadas por uma via de raízes espalhadas pela terra, onde o ponto principal é algum celestial caído que se fundiu com a terra. A produção desses ingredientes terrestres é bastante útil e medicinal, pois a grande maioria pode alterar as condições físicas do corpo, um exemplo disso é o café que possue pequenos resquícios mágicos em seu pó que são capazes de dar energia e reconstroem a fibra muscular, por isso que muitas pessoas costumam tomar café quando acordam ou durante a tarde, porém o consumo excessivo pode acabar energizando seu corpo além do limite e por uma carga mágica maior do que um humano conseguiria aguentar sem uma luva mágica como receptor. Ayuta realmente gosta de café.

"Heh, todo mundo ainda está dormindo, parece que fui o único que acordei... Bom, não podemos perder tempo aqui, vou preparar um café da manhã revigorado para o pessoal comer e partir." Disse o homem pegando as coisas para passar café.

O mesmo então pegou um funil que havia próximo, retirou um pedaço de sua roupa e pegou água da chuva enchendo a jarra de metal, então com o pedaço de pano colocado no funil como filtro, o pó do café por cima do pano e a água fervida, Ayuta despejava a água sobre o pó, escorrendo pelo tecido e passando pelo funil, até encher a jarra, logo após isso, Ayuta começou a acordar um por um onde estavam dormindo, Umihiko então esticou seus braços e abriu os olhos então olhou para frente.

"..." Umihiko não disse nada, seu rosto apenas ficou vermelho enquanto se perguntava como Aiko estava deitada em seu peito. "Socorro."

Aiko se mexeu e lentamente abriu o olho, rapidamente ela olhou Umihiko sem raciocinar, então percebeu que estava em cima dele e seu rosto inteiro se tornou vermelho como um tomate, a garota desferiu um tapão no rosto do garoto e se levantou no pulo. Umihiko continuou sem entender nada.

"Vamos, vamos todo mundo levante! Acordem, precisamos ajeitar tudo e ir embora." Ayuta começou a falar enquanto cutucava alguns para levantar.

Após alguns minutos para acordarem, todos se sentaram e organizaram seus equipamentos e armamentos, enquanto apreciavam o café que Ayuta havia passado.

"Isso tá muito bom." Disse Mikayo. "Foi você quem fez, Ayuta?"

"Achei dentro de um armário, não parecia estragado, limpei tudo e tentei fazer com o que dava, espero que tenha ficado bom." Disse ele.

"Realmente ficou! Eu já me sinto revigorada e melhor." Disse Mikayo.

"Então, para onde vamos agora?" Disse Sakura.

"Vamos tentar voltar para a base, precisamos pensar num plano antes de querer avançar, vamos fazer contato com eles mais tarde." Disse Ayuta.

De repente, um barulho do lado de fora ecoou.

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