Capitulo 13: Miyazaki.

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Um homem corria com passos largos e violentos, a roupa batendo ao vento junto a sua respiração ofegante como se seu coração estivesse saindo pela boca.

"Como pude deixar isso acontecer?! Droga..." Disse ele parecendo estar nervoso.

O jovem rapaz de cabelos vermelhos corria pelas longas ruas movimentadas da sua cidade, desviando das pessoas a sua volta e dos enormes edifícios antigos feitos de madeira e tijolos. Todos estavam espantados por verem alguém como ele correr de modo tão desesperado assim, afinal, ver um homem reconhecido por sua graduação e ainda usando a farda amarela do seu exército seria, de certo modo, um tanto espantoso. Ele correu até chegar a um enorme prédio, este que era um grande centro de saúde, mas a frente estava bloqueada por uma multidão, então nosso jovem não teve escolha a não ser entrar por outro caminho, ele procurou por todos os cantos, desesperado e suando, ele podia escalar, mas o muro era alto demais para isso, iria precisar de algo para pegar impulso, foi então que um mercante estacionou sua carroça de mercadorias próximo ao muro e largou as rédeas de seu Kreezer de carga. O Jovem nem pensou duas vezes antes de disparar em direção a carroça e com um enorme pulo pegou impulso o suficiente para saltar da carroça e se apoiar no muro, então caindo para o lado de dentro do terreno do centro de saúde, logo, ele precisaria achar outro jeito de entrar dentro do edifício.

"Tsc... sei que é proibido fazer isso fora de combate, mas não tenho escolha, é uma emergência!" O rapaz retirou suas luvas do bolso e vestiu elas em seus punhos, então correu com toda sua força em direção a parede de fora do prédio.

O mesmo eletrizou suas luvas e saltou na parede, então ele magnetizou a palma de suas mãos e escalou a parede até entrar na janela. Haviam várias pessoas no corredor, incluindo médicos e enfermeiras, ele continuou correndo e subiu as escadas indo para o próximo andar.

"Espero que não seja tarde demais..." Ele estava quase perto da porta.

A porta era uma daquelas de correr, era possível enxergar a silhueta de algumas pessoas e uma delas estava deitada em uma cama alta e reclinada, o jovem rapaz agarrou a porta e abriu ela com muita força, ele queria gritar, mas estava sem ar no pulmão para falar, o jovem rapaz abaixou a cabeça sem fôlego e apoiou uma de suas mãos no joelho e a outra segurava a porta, então, após todos olharem para ele o choro de um bebê ecoou pela sala, era tão puro e calmo, como uma melodia. O jovem rapaz respirou aliviado e levantou a cabeça com um enorme sorriso.

"Ela é tão linda... tem o rosto da mãe." Disse o rapaz passando a mão delicadamente sobre o rosto da bebê.

"Haha, e os olhos azuis do pai." Disse a mãe.

"E qual será o nome da criança?" A enfermeira então se posicionou sobre os dois.

Os pais se olharam por um minuto e gesticularam suas cabeças em concordância.

"Será... Aiko, Aiko Miyazaki, uma criança e filha amada." Disse o jovem.

A enfermeira fez algumas anotações sobre os dados pessoais do bebê, logo em seguida, a criança foi levada para que os medicos pudessem cuidar da sua saúde, não demorou muito até que outra pessoa entrasse correndo pela sala.

"Onde está?!" Disse ele eufórico.

O jovem se virou e os dois se encaram por alguns minutos, seus olhos estavam fixados, um era Masato Miyazaki, o outro, Takuya Ishikawa, ambos com 22 anos de idade e sargentos do exército. Parecia um momento de tensão, mas logo Masato correu para abraçar seu companheiro de guerra e soltou um enorme sorriso enquanto batia em suas costas.

"A enfermeira acabou de levar ela, é tão linda." Disse Masato.

"Então é uma menina?! Qual o nome?" Disse Takuya empolgado.

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