Capítulo 18: Retaliação.

34 4 23
                                    

Duas crianças soltavam risadas alegres enquanto brincavam em um parquinho, uma delas era uma garotinha de cabelos vermelhos amarrados em um rabo de cavalo com uma pequena faixa rosa e o outro era um garoto de cabelos castanhos bagunçado. Ambos corriam para lá e para cá se divertindo, de repente um rapaz alto se posicionou em frente a cerca do parquinho e a garotinha parou de perseguir a outra criança, ela olhou para fora e imediatamente começou a sorrir, correndo em direção ao homem.

"Papai! Papai! Você veio! Eu te amo!" Gritava ela se abraçando nas pernas do homem, a garotinha era tão pequena que mal alcançava a cintura do rapaz.

O homem era um rapaz de cabelos vermelhos tão radiantes quanto o da filha, assim como seus olhos azuis eram tão lindos quantos os de sua filha.

"Ei, minha bonequinha, como cê tá?" Disse o homem que a pegou e levantou no colo.

"Eu tô bem!" Disse a pequena sorrindo para ele. "Olha Umi! É o papai."

O pequeno Umihiko saiu correndo até onde estavam Aiko e seu pai.

"Tio Masato!! O que você veio fazer aqui?" Disse o pequeno Umi.

"Umihiko! Você tá crescendo rápido em rapazinho?" Masato agarrou o pequeno no outro braço e estava com as duas crianças no colo. "Ah, sua mãe pediu para buscar vocês, está quase na hora do almoço e vou levá-los até lá em casa antes de voltar ao trabalho."

Assim, Masato se virou e levou os dois até a porta de sua casa, ao chegar ele colocou as duas crianças no pé da escada.

"Você já tem que ir mesmo...?" Disse Aiko com a cabeça baixa e batendo as pontas dos dedos indicadores uma na outra.

"Eu sinto muito, minha florzinha." Masato passou a mão sobre o cabelo liso e macio da pequena e deu um beijo em sua bochecha. "Mas o papai tem serviço para fazer, estão me cobrando ainda mais que antes, mas... Eu tive uma idéia, quando eu voltar que tal a gente ir naquela sorveteria de sempre? Você pode levar o Umi se quiser."

Aiko e Umihiko se olharam e os dois pequenos abriram um enorme sorriso de felicidade, então se viraram para Masato e balançaram a cabeça confirmando, mas a imagem da pequena Aiko feliz e alegre logo se desfez e quando a garota acordou estava de volta na prisão, deitada em sua cama dura e observando o teto com concreto rachado e descascado. A garota apenas suspirou e fechou os olhos de novo.

Já era de manhã e todos no Centro de Treinamento estavam trabalhando como de costume, mas sem o Coronel Ayuta, o Regulamento havia mudado alguns fatores e agora outra pessoa estava sobre responsabilidade do local, o próprio Wataru Nakano, segundo Coronel no comando. Wataru observava o treino de Combate dos 4 integrantes do Esquadrão Flamejante, Shou e Emori trocavam golpes dentro da pequena arena e os olhos do Coronel acompanhavam direitinho cada movimento lendo e analisando tudo, enquanto Reiji e Chiaki estavam sentados no banco aguardando suas vezes.

"Você viu os olhos dele?" Disse Chiaki.

Reiji virou a cabeça para ver Wataru.

"Estão se movendo na mesma velocidade que os golpes dos dois, ele está lendo a luta e analisando tudo ao mesmo tempo, isso é surreal." Disse Reiji.

"Parem!" Gritou Wataru.

Shou e Emori pararam o punho e olharam para o Coronel.

"Estão deixando a guarda aberta, tem aberturas fáceis para o oponente atacar. Vocês dois são grandes e tem o tronco e os braços fortes, então utilizem disso, levantem os dois punhos próximos ao rosto e colem os dois cotovelos na frente do peitoral, isso vai garantir que vocês defendam qualquer ataque direto próximo a garganta ou o queixo, se acertarem embaixo do seu queixo, já era, você tá morto. Agora descansem 3 minutos, depois 10 minutos em volta da arena correndo." Instruiu Wataru.

Survive!Onde histórias criam vida. Descubra agora