Capítulo 25: Andarilhos.

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"Qual era seu nome mesmo?"

"É Emi Hideaki."

"Agora por favor diga sua idade e ocupação."

"Tenho 21 anos, sou uma soldado da s.o.u.l."

Em uma sala reservada com uma mesa e uma luz fraca, estavam Emi e um interrogador, logo atrás estavam Takao e Ryo observando a conversa.

"Já ouviu falar dessa empresa?" Disse Ryo.

"Nunca."

"É a guarda real do Rei, eles protegem o distrito real." Continuou Ryo.

"Pensei que o exército já existisse para isso." Novamente Takao retrucou.

"Pelo que eu entendi, o Rei quer preservar os exércitos e criou essa organização para cumprir as missões que deveríamos ir."

"E como você sabe de tudo isso?" Disse Takao.

"Porque essa missão foi organizada por eles, descobri tudo aqui. Como eles não estavam dando conta, acionaram o Exército e é aí que a gente entra." Continuou Takao. "Mas a realidade é que eu não entendo porque queriam fazer uma missão em um lugar inóspito como esse."

"Não. Eu estou aos poucos começando a entender, a gente não está sozinho e essa mulher sabe a resposta." Takao fixou os olhos em Emi.

O homem sentado frente a Emi pegou algumas anotações sobre a mesa e começou a ler.

"Você mencionou em seu relato que sua equipe foi assassinada e que apenas você sobreviveu, também mencionou que os assassinos na verdade foram outros seres humanos que estranhamente emanavam uma energia mágica de seu corpo?" Disse o homem.

"Sim, foi isso tudo que eu presenciei." Confirmou Emi.

"Vocês acreditam nisso? Parece meio exagerado para mim." Disse o interrogador.

Ryo olhou para Takao.

"Tá contigo, era você quem estava lá e viu em primeira mão, eai?" Disse ele.

Takao suspirou.

"Bom... É verdade o que ela disse, mas sendo bem sincero, aquelas coisas não tinham mais jeito de serem humanas. Acho que estamos lidando com algo sobrenatural aqui." Disse Takao. "Quando eu resgatei ela lá naquele prédio, alguma coisa mexeu com a minha mente e bagunçou meu raciocínio, não parecia ser o lugar onde eu estava. Eu quase matei ela."

Takao olhou para Emi conversando com o interrogador. Alguém bateu na porta e entrou, eufórico.

"Senhor! A equipe de Reconhecimento voltou!" Disse o homem.

"Excelente, deixe a mulher descansar, vamos lá ver eles." Disse Ryo saindo da sala, acompanhado de Takao.

Os dois seguiram em direção ao saguão principal, onde na entrada, estavam Ayuta, Sakura e Aiko sacudindo suas roupas e tirando o excesso de água de seus materiais.

"Ei, que bom que voltaram." Disse Ryo sorrindo.

"Não... Conseguimos achar nada lá." Disse Ayuta sem fôlego.

"Na verdade a missão já foi concluída, Takao veio aqui horas antes e trouxe um dos membros da antiga equipe." Disse Ryo.

"O que?! Como assim ele já estava aqui?" Disse Ayuta frustrado. "Você nos abandonou lá e quase morremos e ainda tem coragem de aparecer aqui?"

Takao olhou para Ayuta sem demonstrar importância, o Coronel avançou no Tenente e segurou a gola de seu casaco.

"Perdemos o Umihiko no meio dessa confusão e juramos que você tinha morrido também." Gritou Ayuta.

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