Cap. 33 - Lorota

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Any Gabrielly
Josh e eu nos divertimos o resto da noite roubando a comida que os funcionários prepararam para o café da manhã do dia seguinte. Seguíamos como anjos incapazes de tal proeza, apesar de Heyoon já desconfiar que o desfalque de comida não foi a pequena Sofya ou ratos.

Rimos enquanto comíamos de mais uma das tortas de amoras.

Josh: Está suja. - Josh constata aproximando-se de meu rosto. – Bem aqui. 

Sorri enquanto o mesmo limpou o canto dos meus lábios e me beijou carinhosamente depois do ato. Seu beijo tem gosto de torta e seus lábios são tão convidativos que não tenho vontade de parar o beijo.

Josh: Vocé é tão... - Ele arfa após parar o beijo. Ah Any se soubesse o que eu gostaria de fazer com você agora. - O mesmo prensa os lábios.

– Então me mostre. - O desafio.

[...]

Hoje é o dia do aniversário de Belinha e Josh me ajudou a organizar uma festinha para ela. Vou buscá-la com a Sofya enquanto Josh termina de ajeitar tudo. Meu corpo parece cansado, talvez seja uma gripe, mas não deixarei de comemorar o aniversário da minha irmã por isso.

Já no caminho para o vilarejo em uma rua próxima a minha, me assusto ao ver minha égua, presa com uma corda apertada no pescoço, com um semblante triste, ela também está magra e muito suja. Imediatamente informo ao motorista e desço do carro.

Sofya: O que aconteceu? - A loira questiona.

– Eu preciso verificar uma coisa. - Suspiro. – É melhor ficar aqui pequena. - Digo a ela que apesar de curiosa concorda.

– Só um instante. - Falo para o motorista real.

Me aproximo do pônei com receio de que realmente seja a Mel, mas não poderia ser outra, eu a reconheceria de longe.

Mel fica animada ao me ver e eu imediatamente solto a corda que estava a prendendo. Ela está mal cuidada, suja e desnutrida.

– O que pensa que está fazendo com a minha égua? - Um senhor de meia idade pergunta grosseiramente.

– Essa égua não é sua. - O respondo no mesmo tom.

– Ora, não está a ver? Ela está no meu jardim, com a minha marca. - Assim que ouço o que ele diz meu coração para por um instante, passos meus olhos no  corpo galgaz de minha pônei e vejo a marca recente de uma queimadura com um grande "H".

– Mas essa égua é minha senhor. - Digo com o coração travado. – Quem a vendeu para o senhor?

– A senhorita lá de cima. - Ele responde rapidamente.– Foi por um bom preço, não pude recusar. - Ele sorri de canto. Sinto muito, mas nesse momento essa égua não é mais de sua responsabilidade.

– É claro que é de minha responsabilidade. - O encaro. Te dou 40 mil reis por ela.

– 50 mil reis - Ele pede.

– Certo. - Suspiro e assobio para Mel que caminha ao meu lado. – Eu posso pagar uma parte agora e a outra pago no dia de amanhã senhor? Eu não trago tanto dinheiro sem motivos.

O rancor em seu rosto é visível, mas ele parece ansioso pelo dinheiro e aceita, ainda que contra gosto.

Falo para o motorista continuar o caminho normalmente com a princesa que irei chegar logo depois.

Minha respiração está desregulada a alguns minutos, minha tia não tinha o direito de vender a minha pônei sem a minha autorização, eu nunca iria permitir. Pelo estado que Melissa está, afirmo que está sendo mal cuidada desde antes de ser vendida. Eu deveria ter a observado bem, verificado se estavam cuidando dela direito. Foi um erro meu, que não voltará a se repetir.

A Princesa que não tinha reino| Beauany fanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora