A Princesa que não tinha reino| Beauany fanfiction

Cap. 26 - Amor

Josh Beauchamp
O nervosismo me consome assim que começo a andar a caminho do quarto de Any. Sinto vontade de vomitar tudo aquilo que eu havia digerido minutos atrás. Além de uma gota fria escorrer pela minha testa deixando o meu nervosismo mais aparente.

Já havia dado mais do que apenas vinte minutos para as meninas, Any já deve estar pronta, além do mais, estamos atrasados.

Ao me aproximar da porta de seu quarto já consigo ouvir as risadas exageradas de Joalin. Ela aparentemente está se esforçando para que hoje seja tudo perfeito. Minha irmã ajudou-me a escolher qual restaurante ir, e foi ela quem resolveu toda a burocracia que é alugar um carro sem a permissão do maioral, Rei Beauchamp. Não tenho do que reclamar.

Bato na porta algumas vezes e posso escutar o barulho do salto cada vez mais perto da mesma. Ao ser aberta, tento ao máximo não revelar minha expressão surpresa. A porta foi aberta revelando uma Any completamente diferente para mim. Nunca a vi tão arrumada, Any é linda, mas hoje particularmente está digna de um prêmio. Já fico enciumado apenas ao pensar em quantos rapazes vão se interessar nela em apenas uma única saída. E então Any sorri. Agora é apenas eu e ela, esqueci minhas especulações, esqueci o nervosismo, agora é somente eu e ela.

Elly está com o vestido que eu dei a ela de presente, ele cai perfeitamente bem em seu corpo, parece mais que foi feito por medidas para ela, é perfeito. Um sorriso surge em meus lábios assim que a vejo usar o cordão que eu dei a ela de presente de aniversário.

- Pois bem senhorita Any Gabrielly. - Ofereço minha mão a ela me curvando um pouco o que a faz rir e segurar minha mão em seguida. Me concede essa dança madame? - Questiono com um sorriso brincalhão nos lábios.

Antes de uma resposta a puxo pela cintura, colando nossos corpos. Quase desisto de minha idéia besta assim que meus olhos focam os de Any, agora mesmo podia beijá-la, até o ar de nossos pulmões faltar e eu precise cessar. Any olha para mim com um sorriso contido no rosto, não entendendo bem aonde pretendo chegar, beijo sua testa. E em minha cabeça dito alguma melodia calma, logo em seguida balanço nossos corpos a medida de minha música imaginária o que a faz gargalhar alto. Eu amo a sua risada, me pego rindo apenas em ver o seu sorriso.

Sua felicidade transparece em seu rosto hoje mais do que qualquer outro dia, sinto que eu também estou muito mais feliz, agradecido por ter ela comigo, desde que ela despertou de seu coma, vivo como se todos os dias de minha vida fossem um milagre. O que muito provavelmente pode ser verdade, já que estou vivendo ao lado de Any Gabrielly.

No carro sinto minhas mãos suarem, temendo ela não gostar do local ou então que não se sinta preparada com o que irei lhe pedir hoje. Apesar da ansiedade, estou muito feliz, feliz por estar tomando o rumo certo, por sentir que esse é o que deveria ser feito.

Eu não acreditava no amor, não antes de conhecê-la. Nunca entendi bem a loucura insana que é alguém amar tanto uma pessoa, ao ponto de decidir passar todo o resto de suas vidas com tal. Agora eu entendo a intensidade que o amor carrega, a necessidade que é traçar uma vida de verdade, com um amor sincero, que vai estar lá quando for necessário, um apoio, um amigo.

Any mudou-me drasticamente e eu a agradeço por isso. Ela mudou o meu legado, ou eu seria mais um príncipe qual futuro seria escolhido pelo pai protetor. Agora finalmente eu tenho a voz, qual busquei por vinte e três anos, finalmente eu tenho a chance de ter minha própria escolha, e não há nada mais justo do que compartilhar a minha vida com o meu amor, finalmente semear aquilo que eu nunca acreditaria se questionado a um ano atrás. O amor.

Any parece aflita, não muito diferente de mim. Seguro em sua mão livre no banco do carro e a mesma me fita com carinho, colocando sua mão por cima da minha em um carinho gentil.