8. epílogo.

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Estava quente naquela noite, o Texas definitivamente era o seu lugar menos favorito até agora. 

E eles estiveram em vários lugares: foram à praia, em cidades grandes e em pequenas casas no interior. Era difícil ficar se mudando, mas depois de um tempo Lexi se acostumou. 

Estavam procurando algum lugar para se fixar, já que a poeira tinha abaixado para todos, mas nunca seria a mesma coisa e de certa forma ela era grata a isso.

Pegou duas cerveijas e uma coca-cola de dentro do balde cheio de gelo e caminhos em direção à toalha estendida no chão. Nenhum dos três estava feliz com a ideia de ficar dentro da casa abafada naquela noite, e concordaram que o ar estava bem mais agradável e o céu bem estrelado.   

Se sentou no espaço livre entre Ash e Fez, entregando-lhes a bebida. 

- Você fica com o refrigerante.  - Disse para Ashtray, que lhe respondeu com uma careta. 

- Tô cansado de você agindo como minha mãe. 

- Mas é coca-cola diet, seu preferido. 

Ele suavizou a expressão por um segundo. 

- Tá bom. 

Beber uma cerveja bem gelada embaixo de um céu bonito num dia quente havia se tornado a coisa favorita dela no último mês. Naquele momento, o rádio tocava bem baixinho Stand By Me de Ben King, e ela se deitou no peito de Fez, que cantava baixinho olhando fixamente para o céu. 

- Falou com a sua mãe? - Ele perguntou. 

- Sim. Elas estão bem, ela e Cassie. Disseram que Rue está bem, também. Parece que está limpa. Desta vez, de verdade.

- Fico feliz demais. - Dava para perceber, pois ele sorria. - Sua mãe deve me odiar. 

- Um pouco, mas pelo menos você não é o Nate Jacobs. 

- É... Você tem um ponto. Olha, Lexi. - Fezco disse apontando pro céu e suas constelações. - É um cachorro. 

- Não parece um cachorro. - Ashtray rebateu. 

- Parece sim, olha só. - Ela disse, apontando e se sentando novamente. - As patinhas, a orelha ali... Tá vendo? 

O menino  tinha uma expressão duvidosa no rosto. 

- É, agora parece. 

Um vento forte bateu contra seu rosto enquanto ela gargalhava, refrescante. As cigarras cantavam ao redor da casa velha que eles estavam abrigados, com nenhum vizinho por perto no meio do Texas. 

Foi naquele momento que Lexi Howard não se sentiu nem um pouco mediana. Se sentiu explosiva, gigante e encantadora. 

Se sentiu brilhante, verdadeira e forte. 

Se sentiu extraordinária. 

Extraordinary - Fez&LexiOnde histórias criam vida. Descubra agora