Nos dias seguintes, eles se falaram todos os dias. Na semana seguinte, também, e assim foi na semana depois dessa.
Á aquela altura, Lexi não conseguia fazer mais nada sem que quisesse automaticamente contar para Fezco. Não conseguia assistir à um filme legal, ver algo engraçado na rua ou ficar sabendo de alguma coisa surpreendente sem que pensasse no próximo segundo: "Nossa, Fez iria adorar saber disso".
Agora, ela já sabia utilizar um milhão de palavras para defini-lo: Não era apenas 'complexo', era engraçado, cuidadoso, ansioso demais e gostava de séries de TV extremamente ruins e de uns filmes de cowboys do início dos anos 70.
Também ficou sabendo sobre sua parte escura. Haviam dias que ele parecia estressado, culpado, e haviam dias em que ela o observava de longe entregando pequenos ziplocks cheios de pó para jovens burros da escola dela. Ele nunca a cumprimentava nestes dias.
Uma coisa que aprendeu sobre Fezco era que ele faria o que precisava ser feito, não importava o que acontecesse. Não importava se custasse um pedaço de quem ele era.
Em uma daquela semanas, eles combinaram de se encontrar. Fez ainda tinha um olho roxo e um corte pequeno no lábio graças a surra que tomou, mas estava bem melhor.
A noite estava especialmente estrelada, e os dois dividiam um baseado deitados sobre o capô do carro dele, tentando juntar os pontinhos lá no céu e formar constelações que não conheciam.
- Aquelas ali, se juntar aquele montinho e juntar as duas embaixo - Disse Fez, apontando para o céu. - fica parecendo uma privada.
- Não, não parece. Parece um cachorro.
- Já é o terceiro cachorro que você vê esta noite, Lexi.
- Mas realmente parece. Olha só, as orelhinhas e as patinhas ali...
- Você tem que parar de fumar maconha.
O celular dele tocou, e Fez atendeu com uma cara preocupada, verbalizando apenas: "Sim", "Uhum", "Ok", e terminando a chamada com "Você sabe o que fazer, me liga se algo acontecer".
- Era o Ashtray. - Ele disse, desta vez pra ela. - Ele disse que parece que tem alguém rondando a casa.
- Você tem que voltar?
- Não, até porque provavelmente sou eu quem esses caras querem. Ash sabe o que faz, ele tem uma arma escondida no sofá. - Disse, casualmente, como se Ash não tivesse 12 anos. - Isso provavelmente é coisa daquele Cal.
Lexi riu, tragando o baseado em seguida e cuspindo a fumaça no ar.
- Você e sua teoria de que o Cal Jacobs é o diabo.
- Aquele cara é maluco, e está me deixando maluco também. Agora eu carrego uma arma pra onde quer que eu vá, me sinto um bandido.
- Você tem uma arma aqui?
- Seria estranho se eu dissesse que sim?
Ela passou o cigarro para Fez, mas antes o olhou nos olhos e disse:
- Posso ver?
- Você é maluca, Lexi Howard.
- Nunca vi uma arma tipo, na vida real.
- Não vou deixar você brincar com armas, Snoop Dogg.
- Por favor, por favorzinho.
Lexi observou o garoto revirando os olhos e permanecer determinado a negar o seu pedido, mas permaneceu encarando-o com cara de cachorro que caiu da mudança até que ouvisse o que queria:
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Extraordinary - Fez&Lexi
Fiksi PenggemarLexi Howard estava acostumada com o mediano. Ela escutava música no volume médio, dormia uma quantidade mediana de horas por noite e amava quando o clima estava quente, mas não quente demais. Lexi Howard foi mediana a vida toda. Bonita, mas não b...