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08 de dezembro de 2019
21:55 p.m
Sn pov:.

O jantar acaba e ajudo Sadie a retirar a mesa.

— Sadie... Eu preciso da sua opinião... — A chamo e a mesma se vira para mim.

— Pode pedir!

— Bem... Como você ouviu no jantar eu ainda não escolhi a fraternidade que eu quero frequentar.

— Sim... Mas por que quer minha opinião?
— Sadie pergunta sem entender.

— Se você estivesse no meu lugar... Com todas as circunstâncias que eu estou... Qual delas você entraria?

— Isso é uma decisão difícil, Sn. Você tem que pensar em tudo... Quando eu e Caleb descobrimos as faculdades que fomos aceitos eu não fui para Calgary apenas por ele...

— Não? — Eu sempre pensei que Sadie e Caleb haviam escolhido a mesma faculdade pelo romance que viviam...

— Eu escolhi a faculdade de Calgary pelo que ela podia me oferecer... Estudo, recursos, alojamento.

Sadie diz listando suas prioridades.

— Então... O que você faria no meu lugar?

— Eu pesquisaria o quanto pudesse e revisaria os prós e contras de cada faculdade. Mas essa é uma decisão sua! Deve partir do seu coração...

— Eu sei, Sadie. Mas está tudo tão estranho... Não sei qual escolher...
— Falo fazendo uma careta de dúvida.

— Você tem que escolher algo que vá se sentir a vontade! — Sadie diz e eu solto um suspiro.

— Mas lembre-se sempre, é a sua felicidade que está em jogo! Depois de tudo que você passou, ser feliz é o mínimo!
— Sadie fala sorrindo e eu retribuo com outro sorriso.

Terminamos de limpar tudo e voltamos para a sala, nos sentando como os outros.

Por mais que estivesse sentada ao lado de todos, minha mente estava distante.

A indecisão de qual faculdade devo escolher se arrasta dentro de mim, deixando um rastro de agonia por onde passa.

— Está tudo bem?
— Ben pergunta.

— Sim... Só... Essa história de faculdade me deixou confusa.
— Falo e ele assente.

— Não se preocupe... Quando chegar o momento certo você vai ter a resposta! — Ele diz com um sorriso meigo, me fazendo sorrir involuntariamente.

— Eu sei, mas essa decisão me corrói por dentro... Só de pensar em escolher uma faculdade distante e acabar me sentindo sozinha de novo...

Falo lembrando dos momentos de solidão em que eu passava no hospital...

Não gosto de resgatar essa memórias, mas as vezes elas vem em minha cabeça como um fantasma me assombrando.

— Você não vai estar sozinha. Eu vou estar aqui com você! — Fala e diminui o espaço entre nós, pegando em minha mão. — Lembra do que eu te falei a alguns dias?

Ben pergunta e eu nego lentamente.

Eu não vou te abandonar! Não importa o que aconteça eu vou estar aqui com você, mesmo eu estando em Calgary e você em Montreal ou Victoria! Eu vou estar do seu lado!
— Ben diz com seu lindo sorriso e eu deito a cabeça em seu ombro.

Logo voltamos a conversar sobre o casamento e assuntos aleatórios.

...

— Acho que já está na hora de nós irmos!
— Minha mãe fala e eu assinto levantando.

— Eu também já vou!

Quando Bem termina de falar essa frase sinto meu peito apertar e um mal pressentimento faz um arrepio subir a espinha.

Me aproximo de Ben, que estava mais distante, e pego em sua mão.

— Aconteceu alguma coisa?
— Ele pergunta brincalhão.

— Não sei dizer... De repente me bateu um frio na espinha... Um mal pressentimento.
— Falo e Ben ri.

— Você acredita em mal pressentimento?

— Quando eu sinto, sim!
— Respondo como se fosse óbvio.

— Esse mal pressentimento tem haver comigo? — Ele me pergunta.

— Aconteceu quando você falou que ia pra casa...
— Digo envergonhada brincando com sua mão.

— Não se preocupe... Não vai acontecer nada!

— Mesmo assim... Não quer ir dormir lá em casa hoje?
— Pergunto manhosa e ele ri.

Querer eu quero, mas acho que seus pais não ia gostar muito da ideia...

— Eles nem iam ligar!
— Tento o convencer.

Ele ri da minha tentativa.

— Que tal amanhã? A gente pode passar o dia juntos e a noite você dorme lá no hotel comigo?
— Ele supõe e eu assinto feliz!

Me despeço de todos e saio para fora do prédio com meus pais e Ben ao meu lado.

— Vamos deixar vocês se despedirem e te esperamos no carro, Sn!
— Minha mãe fala.

— Vamos? — Meu pai pergunta olhando para minha mãe, que revira os olhos o puxando para perto do carro.

— Seus pais são de mais!
— Ben fala pousando sua mão em minha cintura.

— Por esse motivo eles não se incomodariam com você lá hoje há noite!
— Falo e ele ri.

— Amanhã, S/a. Amanhã...

Sinto outro arrepio na espinha e o mal pressentimento volta em mim.

Fasso uma careta e ele aproxima nossos lábios, mas sem realmente nos encontrarmos.

Promete?

— Prometo!

Ben sela nosso lábios com um beijo doce e sucinto.

— Até amanhã...

Digo e ele né dá um último selinho antes de sair em direção ao seu carro.
Vejo ele acenar de longe e o meu peito volta a apertar de forma incessante.
Um medo indecente cresce dentro de mim...

Dou um suspiro tentando me acalmar e volto em direção ao carro de meus pais.

Tenho medo... Medo de algo que nem sei o que é...

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Beijinhos 💋
Sah.

Amor de inverno- Louis Partridge Onde histórias criam vida. Descubra agora