Cap 17

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Essa música>>>>>>>>>

Pov. Bárbara - 18 de Dezembro

Como Voltan disse, chegamos na manhã seguinte.
Assim que saímos do avião e seguimos para fora do aeroporto um homem nos esperava em um carro prateado.
Voltan disse que era o motorista de sua mãe.

Assim que entramos no carro, Carolina segurou minha mão e sorriu pra mim repousando sua cabeça sobre meu ombro.

Mais trinta minutos de viagem se passaram e nem notei que acabei pegando no sono junto de Carolina, apenas acordamos quando o carro parou.
Olhei pela janela, e haviamos chegado. Ao ver do lado de fora a casa era grande, tinha um jardim coberto por neve. Mas era muito linda.

Entrelacei uma de minhas mãos com a de Voltan assim que a porta do carro foi aberta e a outra segurei minha mala. Caminhamos em direção a casa e sorri de nervosismo para Voltan que retribuiu de forma confortante.
Senti minhas mãos mais frias que o normal quando Carol tocou a campanhia. Alguns minutos se passaram e um homem alto, cabelos grisalhos, barba e olhos verdes atendeu a porta e assim que seus olhos pairaram em Carolina ele a abraçou e naquele momento, tive a certeza de que era o pai de Voltan.

Ele foi gentiu e caloroso, assim que estendi minha mão para cumprimentá-lo ele ignorou totalmente e me abraçou. Fiquei um pouco sem jeito mas assim que ele se afastou suas mãos seguraram meus ombros e um sorriso gigante se formou em seus lábios.

- É um prazer enorme conhecê-la, Bárbara Passos - Sorri para ele também. Seu sorriso era contagiante.
- Igualmente Senhor Marzin - Ele deu passagem para que entrássemos e eu apenas acompanhei Carolina.
- Me chame apenas de Fernando - Assim que a porta foi fechada ele passou em nossa frente - Venham, sua mãe está na cozinha. - Carol sorriu pra mim segurando minha mão. Assim que o olhei para trás, vi o pai de Carolina dizer algo para uma das mulheres que de imediato capturaram nossas malas e levaram para algum lugar, o que seria o quarto, talvez?

- Filha - Aquela com toda certeza seria a mãe de Carolina. Cabelos loiros, pele branca olhos verdes e o sorriso de Voltan

Assim que vi aquele charme e sotaque irlandês, eu sabia que a amaria.

Seus olhos cor esmeralda pararam sobre mim e lá estava quele sorriso de prontidão e um abraço quente e aconchegante me recebeu.

Todo o medo que eu sentia já tinha se esvaziado, me sentia leve. Sabia que amaria todos desde aquele dia.
Como Voltan disse, eles eram legais, se mostraram atenciosos e gentis comigo. Fazendo todo aquele medo e questionamentos irem embora.

Era quase noite e Carolina e eu já estavamos cansadas.
Depois de uma longa conversa que tivemos com seus pais subimos para o antigo quarto de Carolina que sua mãe tinha preparado especialmente, como ela disse.

Carolina se jogou na cama e meus olhos vagaram por todo cômodo e sorri ao ver as fotos na parede.

- é você? - Segurei uma das foto olhando para Voltan que tirou a cabeça do travesseiro apenas para me olhar.

- Sim, sou eu - Meus dedos vagaram pelas fotografias.

- Você era uma criança muito fofa - Carolina enfiou o rosto no travesseiro novamente e percebi que ela estava com vergonha.

A próxima coisa que se ouviu foi minha gargalhada ecoar pelo quarto. Carolina franziu a testa me encarando.

- Não acredito - Carolina levantou da cama tentando tomar a foto de minhas mãos - Bárbara me entrega a foto - Carol resmungou ainda tentando pegá-la

- O que você estava fazendo aqui Carolina? Comendo lama? - Voltan finalmente conseguiu puxar a foto de minhas mãos e fez careta.

- Eu achei que era de comer, ok? - Gargalhei mais uma vez sentindo um tapa em meu braço - Para Bábara - Respirei fundo quando vi que Voltan já estava ficando irritada

- Desculpe, desculpe - Sentei ao seu lado pegando a foto novamente - Mas eu amei essa foto. Posso ficar? - Voltan negou pegando-a mais uma vez.

- Não - Carolina abriu uma das gavetas colocando a foto e deitou ao meu lado - Você é uma idiota - Sorri beijando seus lábios e depois sua bochecha - onde mordi - o que me fez levar outro tapa.

- Eu sei. E você é uma chata por não querer me dar essa obra prima - Carolina negou me chamando de mentirosa e apenas neguei não dando atenção

Tentei convencê-la de todas as maneiras para me entregar aquela foto para que eu levasse e guardasse de lembrança, mas ela não quis.

Mais tarde tomamos banho e deitamos abraçadas.
Minhas mãos rodeavam a cintura de Carol enquanto ela tinha as mãos acariciando meu cabelo.
Suspirei relaxando meu corpo mais ainda sobre o dela.

- Seus pais são maravilhosos - Falei colocando uma das minhas mãos por dentro da camisa de Voltan.
Aquela tinha se tornado minha nova coisa favorita, colocar minhas mãos dentro de sua camiseta e acariciar sua barriga. Era macia e quentinha, uma sensação muito boa - Obrigada, por tudo Carol - Vi seus olhos verdes voltarem sua atenção para mim e sorri

- Eu não fiz nada Bárbara - E então eu apenas sorri mais ainda.

Ela tem feito muito por mim, mas do que poderia imaginar. E ela era apenas uma boba por não acreditar, mas era minha boba.
Era a minha pessoa favorita.

- Talvez você pense isso. Mas eu sinto você em meu corpo, em minha mente, em minhas veias, em minha pele, em meus ossos em meu coração... Carolina, eu sou uma filha da puta sortuda! Só um tolo não amaria você e eu... - Voltan não deixou que eu terminasse, sua mão cobriu minha boca me fazendo rir.

- Para, por favor - As bochechas de Carol mudaram de cor drasticamente para avermelhadas.

- E por que eu deveria parar? - Falei assim que retirei a mão de Voltan da minha boca e me aproximei de seu rosto

- Porque quando começa, você não para até me deixar vermelha - Segurei seu rosto entre minhas mãos

- E você já não está vermelha? - Sussurrei proxima de seus lábios fazendo Carolina desviar o olhar

- Não estou - Carolina se afastou deitando na cama de bruços para que eu não tivesse visão de seu rosto.

Deitei por cima de seu corpo usando minhas mãos como apoio

- Pode apostar que sim. - Me aproximei de sua orelha - Consigo enxengar apenas o ruborizar em suas orelhas - Sussurrei beijando seu ombro desnudo

- Para Bárbara, é sério, idiota - Virei seu corpo de frente pro meu beijando seus lábios mais uma vez

- Parei. Mas é a segunda vez que me chama de idiota só hoje - Voltan riu me fazendo admirar seu sorriso por alguns segundos até ele sair aos pouquinhos de seu rosto.

- Para de me olhar assim - Carolina sussurrou desviando o olhar mais uma vez.

- Assim como? - Voltan não respondeu - Olha pra mim - Pedi quase em um sussurro e de maneira suave fazendo ela me encarar - Você é a garota mais linda que eu já vi! E por favor, apenas acredite quando eu digo. Eu amo você Carolina - Voltan segurou meu rosto aproximando do seu, fazendo nossas testas se juntarem uma na outra.

- E eu amo você, Bárbara Passos - Meus lábios se curvaram em um sorriso assim como meu coração bateu mais rápido, eu nunca me acostumaria, eu tinha certeza disso.

Tinha a certeza que queria ficar com ela por muito tempo.
Se o para sempre existir, é com ela que eu quero ter o meu para sempre.
E pela primeira vez, em toda a minha vida, eu estava pensando em algo, estava pensando que é com essa mulher que eu quero uma família.
E ela seria única.

Mesmo que eu precise deixá-la ir um dia. Eu nunca esquecerei da maneira como me amou, de como meu coração bateu forte de como as borboletas ficaram barulhentas.
Do quão bem ela fez para minha alma.
De como ela me amou e como eu soube amá-la sem medo.
Ela é a minha garota e eu quero que se torne minha noiva, minha esposa e minha mulher em um futuro não tão distante, se for possível. Mas se não, eu esperaria até esse dia chegar, nem que isso exigisse meu esforço completo.

Finalmente eu tinha certeza de algo, e essa era a minha certeza! Ela era a minha certeza, a minha única certeza

E eu não estava mais com medo, eu não tinha medo de dizer...

September - Babitan Onde histórias criam vida. Descubra agora