capítulo 15. Loira do tchan

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Entrei no carro e já senti o perfume dele, o típico perfume do cafajeste.

"E aí Fernandão?" Ele me deu um abraço.

"Tu não vai parar com esse apelido não?"

"Claro que não, o único apelido exclusivo meu." Ele riu.

"Você se acha né?"

"Eu não me acho, eu sou gatinha!"

"É, mas fazer acontecer que é bom..." Já joguei logo, porque quem perde tempo é relógio.

Nessa hora ele parou no sinal, tirou o cinto de segurança e me tascou um beijo!!! É isso que estava faltando Brasil! Finalmente esse menino acordou!

"Agora sim eu sei que você é!" Disse depois que terminamos o beijo pelo sinal ter aberto.

"Achei que você fosse uma menininha indefesa, por isso não tinha te beijado antes." Tive que rir né.

"Menino de indefesa eu não tenho nada. Se você queria ter ficado comigo, podia ter ficado antes. Não precisava seguir a linha amizadezinha."

"A intenção foi te pegar desde o Twitter, mas queria ver como que era o terreno antes."

"Entendi, e o que achou do terreno?"

"Um ótimo terreno, diga-se de passagem"

Chegamos no McDonald's e estacionamos o carro, assim que saímos do carro ele me beijou de novo. Porque a gente pode até ser só amigos, mas que eu vou tirar uma casquinha eu vou.

Escolhemos nossos lanches e nos sentamos de frente para o outro.

"E aí como que tá a faculdade?"

"Mesma correria doida, eu tô trabalhando igual uma cachorra, mas vai dá bom."

"Tu trabalha também além da facul?"

"Claro, infelizmente não nasci herdeira de uma bufunfa" tive que rir né, todo mundo acha que eu nado em dinheiro igual o Alan, mas muito pelo contrário, meus pais mesmo tento a empresa não são ricos. Aliás moramos em um lugar bem caro e não tem como ostentar pagando uma fortuna de condomínio.

"Pô, eu jurava que tu só fazia faculdade e tal. Maior cara de mimada!!" Ele riu. Aí ai eu mereço né.

"Quem me derá, eu sou secretaria lá na empresa dos meus pais e da minha madrinha.

"Caraca, eu nunca ia acreditar." Ele disse rindo.

Nós continuamos conversando coisas aleatórias e comemos nosso lanche. Por volta de 1h da manhã ele me levou em casa e eu fui logo tratar de dormir porque amanhã o dia seria longo.

...

6h da manhã eu já estava de pé, linda e plena para enfrentar o metrô e mais um ônibus até chegar na faculdade. Já disse que a vida do pobre não é fácil? E para piorar ainda estava chovendo. Peguei uma carona com meu pai até o metrô e fui em direção a faculdade.

Mais um dia cheio de artigos para ler. Aula de direito civil. Plena segunda feira e eu já saí com trabalho para a semana toda. Não sou de ficar de muita conversa na durante as aulas não, até porque o pessoal é bem metido a rico aqui e tenho zero paciência.

Cheguei na empresa quase duas da tarde, o trânsito estava uma loucura e sair no centro para ir para a Barra, em um dia de chuva. Nem sei como consegui chegar ainda com luz do dia. Minha marmita já estava me esperando, até fria mas comi assim mesmo pra adiantar logo. Depois do almoço comecei a organizar a agenda da galera e entrar em contato com os fornecedores, segunda era dia de visita em obras então eu ficava praticamente sozinha no escritório. Já coloquei logo meu pagodinho pra tocar e depois de resolver tudo fui adiantar uns trabalhos da faculdade.

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