Capítulo 3. BEACH ON

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Meus dias estavam ficando chatos já, sabe aquela parte das férias que você já fez de tudo e não tem mais nada? Pois é, estou vivendo ela. Meu primo Alan cismou em me levar com ele para Angra, ele mora lá por causa da faculdade que minha tia paga pra ele. Aquela peste mora na casa de praia da família, uma puta casa, diga-se de passagem, SOZINHO. É um sonho mesmo.

Ele está me perturbando desde a semana passada e eu fazendo meu famoso cú doce, porque ele tem que implorar pela minha presença mesmo. Mas eu resolvi aceitar antes dele me dispensar, marcamos de ele vir me buscar hoje de noite que é a hora que ele vai sair da casa da minha tia, que também é minha madrinha.

Eu e ele fomos criados juntos até os sete anos, depois minha tia Rô se mudou para Angra, quando ela voltou ele continuou por lá. E foi basicamente assim que nós nos distanciamos um pouco, mas nunca deixamos de nos falar mesmo ele sendo uma peste chechelenta que não toma banho.

Ele quer me levar pra lá não só pela companhia, mas também quer me apresentar um amigo dele. Provavelmente viu nossos Stories e falou algo com ele. Um porre, Alan vive querendo me apresentar esses amigos chechelentos dele, são todos uns babacões. Já perdi as contas de quantas vezes fomos viajar juntos e ele me apresentou uns caras escrotos que além de feios, ainda são chechelentos iguais a ele, nem pra ter uns amigos bonitos. Mas nada que um toco não resolva, e a viagem segue pleníssima sem eles. Porque já não basta aturar o Alan por uma vida inteira (até na maternidade eu tenho foto com ele) imagine aturar os amigos dele, só gente ridícula. Não mereço.

Por incrível que pareça meu pai super concordou com a ideia de eu ir passar o resto das férias lá, coitado, acha que o Alan é uma boa influência. Só se for uma boa influencia a não seguir. Ele confia no Alan, porque desde pequeno meu pai o ensinou a tomar conta de mim e não deixar os caras chegarem em mim e ele acha que o Alan segue isso. Coitado. Iludido.

Arrumei minha mochilinha quase me arrependendo de ter aceitado, imaginando que eu seria a escrava da casa. Mas já disse minha mãe, vai ser escrava do Alan, mas vai estar na praia e ainda vai poder rebolar a raba e comer churrasquinho de graça.

Já eram dez da noite quando o cachorro do Alan apareceu no Corolla 2017 branco que ele ganhou de aniversario no ano passado, era o sonho dele ter um carro zero que viesse pra ele assim que saísse da cegonha, nada que minha tia não pudesse resolver né. Eles são ricos pra cacete e eu coitada, mal tenho a grana pra um rolê qualquer. Injustiçada.

Nós chegamos lá era quase três da manhã, nós paramos pra lanchar e comprar algumas coisas pra comer no café da manhã, uma coisa que tínhamos muito em comum é não gostar de miséria, ainda mais quando o assunto é comida. Desde pequenos nós juntávamos nosso dinheiro pra comprar lanche ou comprar besteiras. Já chegamos indo dormir porque pelo que eu entendi no sábado iria ter uma resenha aqui com os amigos dele. Me preparando para trabalhar igual uma cachorra.

[...]

Acordei eram 10h, eu estava podre de sono, mas o Alan já tinha ligado o som alto e seria impossível voltar a dormir. Perturbação já essa hora da manhã, puta merda.

Me arrumei e fomos comer no quiosque que ficava em frente de casa, porque segundo aquela lebara nós tínhamos que aproveitar cada minuto. Aproveitei e tirei umas fotinhas, porque essa peste sabe tirar umas fotos lindas pra cacete e postei com o celular dele que já ficava logado na minha conta do instagram, agora então que estou sem telefone...

Instagram:
@itsmafeer: "O começo/fim das férias 🍃🌊" #errejota #AngraBeach

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