Quando o sol não joga cordas dos rochedos, as horas inclementes retornam ventres emparedados.
Enquanto as cercanias do sagrado envelhecer não receber as respostas do fígado devorado, o braço dos lábios tocará espelhos, colecionará sapatinhos de bebê.
Se os balanços de gelo nas tardes de sábado terminam em vales, onde o destino se esvai no engolir enterros, o engolir enterros desfaz nós de gravata, em cadeiras elétricas, esvazia suores de pele sobre pele.
Estes mesmos suores mostram o caldeirão do tédio na mácula dos ponteiros, fazem murchar as correntes e o murchar das correntes traz a hora do deus do cadarço, semeando reflexos senis sobre tíbias amordaçadas.
Quando o sol já não se encastela em telhados-folha-de-zinco, os vergados no golfo dos náufragos da sapiência trocam as rugas andarilhas pela fuselagem das vaidades, esticam parafusos atrás de orelhas, tornam-se reféns do cancro da estética.
Mesmo assim, a velhez desnuda clavicórdios em nome do tempo e abafa os laivos no cone giratório em púberes-múltiplos-fios-de-prata, sob o viço vergado sobre escrotos.
Quem não varreu folhas de outono, só conhecerá o carrasco amorfo nas amarras do desabrocho, nas cordoadas grisalhas, nas espadas do limbo.
Quem não sabe das manhãs sussurrando beija-flores só conhecerá ograsnado desse calendário feito só de ontens.
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Expedição Repúdio
Mystery / ThrillerAs histórias aqui narradas podem chocar. A repulsa e a repugnância deram as mãos por entre estas histórias, onde o medo, a frieza e o desamor destilaram todas as suas essências. Porém, se você insistir e tiver um pouco de estômago, pode se divertir...