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Segunda Semana de Março, Rio de Janeiro.
J U L I A
Ok, talvez eu tenha bebido um pouco mais que havia planejado para essa noite e com o álcool no meu sistema já estou começando a ficar enjoada demais, mas nada muito sério. E mesmo com todo esse álcool no meu sistema, ainda posso continuar pleníssima na boate.
— Meus amores. — Abraço a Leti e a Gio ao mesmo tempo. — Amo vocês, sabia?
Talvez eu fique um pouco mais sentimental que o normal quando estou no auge do álcool? Sim, mas nada de muito grude ou exagerado. Mas quem não é?
— Que fofinha. — Leti aperta a minha bochecha como se eu fosse uma criança de três anos de idade. — Mas já tá na hora de irmos para casa.
É sempre assim, elas sempre cortam o meu show, se for para sair no fim de semana, é para ficar até o meu corpo pedir ajuda e não estou assim no momento. Se bem que agora é quarta-feira.
— Agora? Mas ainda nem é quatro da manhã — reclamo, olhando no meu celular.
— Eu já nem sinto mais as minhas pernas, estou mortinha da silva e louca pela minha cama. — Giovanna me olha e ri do nada.
— Ok, tudo bem, vou falar com os meninos e aí nós vamos embora — declaro.
Seguro na mão da Leti e a ela fez igual com a Gio, eu assumo a liderança para passarmos sem nos perder pelo mar das pessoas embriagadas que ainda estão dançando e bebendo pela pista. Subimos a escada para a área VIP e o Luan é o primeiro a nos ver, pego a minha bolsa e bebo metade da água de uma garrafinha que abri.
— Já estão indo? — Luan pergunta, olhando para a Letícia.
— Já sim, vai querer carona? — Ela rapidamente volta sua atenção para o irmão depois de dar uma checada no Rafael.
— Vou, já que a minha carona sumiu né. — Rafael pega a bolsa da Gio e entrega para ela. Olho para ele que ainda está bebendo alguma coisa em um copo escuro, apenas prestando atenção na nossa conversa.
— O que tem eu? — Miguel surge do nada e me olha, eu balanço os meus ombros em resposta. É nítido que ele tinha ficado com alguém, a prova está em sua boca inchada com algumas manchas de batom vermelho.
— Você que foi caçar e esqueceu-se de voltar, amigão. — Ouço Luan debochar e vejo Miguel fazer careta.
— Ficou com saudades do teu macho né, pode falar pretinho — brinca, e se apoia em mim.
— Desencosta, por favor — peço, e ele me encara. — Teu braço é pesado demais, garoto.
— Você que é fraquinha demais. — Miguel belisca o meu nariz e eu aperto o braço dele. — Jujubinha.
Faço careta e ele ri junto com os outros.
Idiotas!
— Se me chamar assim outra vez, juro que te jogo do prédio — ameaço, enquanto descemos a escada.
— Você me deu um apelido, estou fazendo o mesmo que você. Jujubinha. — Ele balança os dedos um pouco.
— Você é muito ridículo — debocho de sua cara, e ele se segura em mim enquanto passamos juntos pelas pessoas.
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CINCO DA MANHÃ | COMPLETO NA AMAZON
RomanceS I N O P S E Se apaixonar nunca fez parte dos planos de Miguel Monteiro. Dono dos olhos verdes brilhantes e catatônicos, corpo coberto de tatuagens e um sorriso de tirar o fôlego, Miguel é tudo que alguém pode querer; ele é desejo, fogo, amor, louc...