CRÔNICAS DE ORION: Jogos De Outro Mundo

DEZESSEIS

       Alguns dias se passaram desde o confronto com May, a cidade estava quase nova em folha Pelo visto magia acelera muita coisa. Hanna ajudava alguma pessoas a ter de volta os bens que elas tinham mais apego emocional, mira ajudava criando pontes temporárias com um gelo que não derretia, eu por um lado era útil ajudando as pessoas que não usavam magia, cavando e carregando pedras. Desde a luta a cidade inteira tem nos tratado como heróis e nos homenagearam com uma celebração que durou dois dias, Hanna parecia feliz por ganhar atenção e Mira se afogava na comida... ( já esperava )
Dia de trabalho cansativo, a noite voltamos para o hotel afinal não havia mais nada que podíamos fazer.
- agora que está tudo resolvido. Podemos voltar a fazer viagens a procura de resposta falou hanna empolgada
Mira pega sua espada
- para onde vamos dessa vez?
- a cidade ao leste daqui. Um paraíso natural cheio de beleza, uma cidade que é cercada por um mar transparente e é erguida por diversos prédios lindos. Existem cristais que fazem as piscinas naturais dentro da cidade uma maravilha. E para nossa alegria e objetivo uma torre que detém os conhecimentos desse mundo.
- então vamos falei
- calma aí. Preciso recarregar minhas forças Afinal usei muita magia hoje portanto vamos pela manhã.

Não demorou muito para eu dormir a noite estava silênciosa. Mais uma vez me encontrava no campo de flores. Riley estava me esperando.
- eu fiquei preocupada quando vi você lutar com aquela menina falou ela sentada em frete a mesma árvores imensa
- mas eu tô bem não tô?
- mas ao mesmo tempo fiquei triste
- pelo que? Pergunto
- você ainda tá vivo fala ela com um rosto de decepção
- AINDA BEM QUE EU TÔ NÉ?
- se morresse poderia ficar aqui comigo pra sempree  ( cara de choro )
- ELA NEM ME ESCUTOU...
- apesar de tudo fico feliz que tenha vencido
- mesmo assim, ainda me sinto incomodado
- incomodado?  Pergunta a menina
- quero saber quem me invocou
- queria poder ajudar com isso mas eu realmente não sei quem ela é 
- não tem problema falo sorrindo. A sim eu vou para a cidade dos cristais
- parece divertido. Fala ela sorrindo
Me deito no chão gramado. Acho que dessa vez não vou encontrar nenhum problema
Importante no momento, lá estava ela majestosa era a cidade mais bonita que tinha visto até o momento, sua ponte tinha várias pedras que brilhavam e o oceano transparente a baixo tinham vários cristais de diversas cores. Andamos até a porta da cidade e nos surpreendemos ao ver várias casas e fontes naturais de águas. O chão do lugar parecia divino mesmo sendo apenas pedras, parecia um lugar perfeito para se viver. Andamos até o primeiro hotel que vimos pois pretendíamos passar alguns dias. Deixei Hanna e Mira resolvendo toda parte financeira e fui dar outra olhada na aparência do lugar. Eu caminhei um pouco e vi que havia um grupo de pessoas discutindo sobre a política da cidade
Um homem que parecia ter no mínimo 40 anos defendia um burguês de 1.30 de altura e o outro defendia um com tamanho normal
Eu não queria me envolver com aquilo afinal já tinha meus problemas e política não era um deles
Ando mais um pouco e vejo algumas crianças que se aproximaram de mim rapidamente. Pareciam reconhecer um forasteiro a Quilômetros.
- ei tio você é um viajante ? Falou um menino com a roupa azul
- na verdade sou um aventureiro respondi sorrindo
Os olhos das crianças brilhavam 
- que tipo de aventuras ? Perguntou uma menina ao lado, eu me sento na borda da fonte de água
- do tipo que enfrenta monstros. Magos malvados e outras coisas mais
- ISSO É INCRÍVEL gritou todas as crianças antes de saírem.
( parece que a vida nessa cidade é muito boa, que tipo de monstro faria mal para essas pessoas? )

- ei senhor?
Me víro. Era uma criança com cabelo rosa.
- olá falo sorrindo
- me chamo Mia por acaso o senhor é o aventureiro Ryler?
- Na verdade é Tyler mas sim sou eu
Ela sorri
- Ahh ouvi falar muito de você. Você salvou a cidade central de um monstro não foi ?
- não foi bem um monstro mas sim eu salvei hehe
- fico aliviada em saber
- aliviada ?
Ela correu sumindo na multidão.
- que esquisito.
Mira aparece do meu lado segurando um prato de comida
- por acaso tu só come mulher?
Ela dá de ombros
- preciso manter a energia... faço isso comendo
- pra mim parece desculpa
- chega de papo. Tá na hora do seu treinamento.
Não notamos na hora mas na varanda de um prédio perto de onde estávamos estava um jovem com cabelos negros com uma vestimenta que lembra um pouco um terno escuro. Ao seu lado estava mia a criança de cabelo rosa

- foi muito bem Mia. Agora podemos nos concentrar na preparação para o festival da morte.
Havia um cartaz atrás do homem
" festival das luzes que acontece uma vez por ano está chegando "
- consigo sentir o medo e o desespero das pessoas que vão estar nessa cidade quando tudo estiver pronto. Um sorriso maligno era visto de seu rosto
"- parece meio precipitado Namy "
Uma voz surgia e das sombras um jovem de cabelos brancos aparecia
- Kendra... falou Namy tremendo um pouco
- Porque tanta pressa ?
Mia se esconde atrás do jovem que se afasta um pouco
- me diga Namy... o que você acha que vai acontecer com essa cidade no festival?
- acho que algo avassalador isso se nossos planos derem certo
Kendra não soltou nenhuma reação com seu rosto. Ele se aproxima da varanda.
- poderei pelo menos sentir alguma emoção? . Sabe eu não possuo nenhum sentimento e a sensação de vazio dentro do meu peito poderia ser preenchida com a morte das milhares de pessoas que vivem nessa cidade... mais é apenas uma suposição... nada concreto ou provado
- o que quer dizer? Pergunta Namy
- quando o a hora chegar esse lugar e todas essas pessoas vão morrer. E elas queimarão  só espero ficar no topo para ver essa cidade  ser completamente afundada e seus habitantes mortos. - Falou Kendra calmamente sem nenhuma emoção na voz. Seus olhos eram pesados parecendo que estava com sono
- no fim vencemos! Falou o jovem,
Kendra sorri pela primeira vez. Uma escuridão envolve seu corpo. - não falhe comigo, não quebre as expectativas Namy- Namy- Namy-Namy  Seus olhos brilhavam vermelhos durando poucos segundos antes de se transformar em uma sombra e desaparecer por completo.
Mia sai de trás do jovem.
- p-porque temos que confiar nele ?
-porque ele é um monstro que não tem objetivos nem mesmo sentimentos. Tudo que ele quer é acabar com esse vazio em seu peito.
- pra isso ele quer matar essa cidade inteira? 
- creio que não seja isso... afinal não dá para interpretá-lo
Mia se agarra com o jovem
- tenho medo dele Irmão
- eu também Mia. responde o jovem
- mas nosso objetivo está logo em frente, vingança contra a lendária espadachim de nossa falecida aldeia... Mira.

Alguma horas depois naquele mesmo dia. O treinamento foi rigoroso mas consegui suportar
Fomos para o hotel  ( dessa vez um de verdade ) para a triste de Hansa que já estava sentindo falta
Camas com colchões fofos e travesseiros que afundam a cabeça de tão macio. O chão era repleto de pedras lisas e havia uma porta de vidro  ( nem sabia que essas coisas existiam nesse mundo )
Naquele momento escuro uma voz familiar falou em minha cabeça 
- Irmão...
Era Riley e parecia desesperada
- o que foi Riley?
Hanna e mira olhavam para mim
- tem algo de errado nessa cidade. Eu consigo sentir a presença maligna
- do que você tá falando?
- um monstro sedento por sangue... seja lá o que vocês forem enfrentaram até hoje  é pior do que tudo que já enfrentaram. Eu sinto uma aura assassina, o perigo é real
- Riley agora você me deixou com medo
- Quem está falando com você Tyler fala Hanna
- depois explico respondi
- Riley. Será que isso também tem a ver com a feiticeira ?
- não faço idéia. Mais caso tenha pode ser a própria feiticeira em carne e osso
Perco o equilíbrio um pouco. Faz sentido afinal acredito que tenha sido ela que me trouxe de volta à vida, as descrições batem com o que  Sora viu na noite que o salão dos espelhos foi destruído. Só queria entender isso
Será a própria feiticeira ? Mas como pode ser se ela foi morta ? E se foi ela porque me invocaria ?
Escuto a voz de Riley mais uma vez
- por favor por favor irmão toma cuidado.
Me víro para Mira e Hanna.
- precisamos conversar.