CRÔNICAS DE ORION: Jogos De Outro Mundo

DEZESSETE

Precisamos conversar...
- eu consigo me encontrar com a minha irmã que morreu quando eu tinha uns cinco anos em um campo florido dentro de sonhos
As duas me olham estranho,  Hanna se aproxima de mim colocando a mão em meu ombro
- Tyler...
- o que?
- 859746...
- PRA QUE ESSE NÚMERO?
- é o número de uma clínica pra você ligar depois fala Hanna 
- O que é ligar ? Pergunta Mira intrigada

Demorou um tempo para as duas me levarem a sério. O que aconteceu um pouco depois. Explico para elas sobre minha irmã e sobre sua visão que a deixou com medo
- algo maligno é? Fala mira
- eu acredito no que minha irmã diz - comento
- uma aura maligna como a da feiticeira? E a possibilidade de ser a própria em carne e osso e está nessa cidade - comenta hanna
Mira senta na cama
- faz sentido
- como assim? pergunto
- você nos contou que viu uma adolescente pálida com cabelos negros e seu corpo estava coberto por uma escuridão. Acho que o mistério acabou, pelo visto foi a própria feiticeira que invocou o Tyler para esse mundo
Comenta mira
- isso bate com a descrição que May havia nos dado quando Tyler conseguiu derrota-la
" uma adolescente palida com cabelos negros e um vestido preto me ajudou"
-comenta Hanna
- o assassino disse que não poderia falar nada sobre a pessoa que havia o invocado. Mas May também foi invocada e podia falar o que não faz sentido...
- talvez a maldição dela não tenha sido lançado em todos- comento
- ou talvez ele tenha mentido para nós
- mas se ela está viva, como surgiu a história de que o herói da espada havia a matado? Pergunto
- não sei Tyler quando você a ver lembra de perguntar comenta Hanna
- talvez nem demore muito... afinal como disse o assassino " ela está obcecada por você "
Deve ser por isso que provavelmente esteja nessa cidade. As horas se passam bem devagar e Mira decide ficar acordada a noite para impedir qualquer invasão ou ataque surpresa. Mesmo Hanna sendo contra pois a menina já havia passado a noite acordada. No fim das contas nós três dormimos. Mesmo preocupado, naquele momento não havia nada a se fazer.

Ao amanhecer do dia, a paz e a harmonia da cidade dos cristais fora interrompida com gritos e pânico. Fui verificar o que houve junto com Hanna e Mira, corremos até o centro da cidade onde estava um amontoado de pessoas em volta de algo que deveria ser uma fonte que tinha um imenso cristal azul que todos os dias brilhava sobre a luz do sol. Atravessamos a multidão de pessoas e nos surpreendemos com a cena. O sangue manchava as pedras em volta e bem ao meio havia quatro corpos de homens
As pessoas ao lado comentavam quem eram aquelas pessoas ( políticos ) quatro pessoas e apenas uma vaga para ser o líder da cidade. Poderia ser mais um caso de trapaça onde um dos candidatos sabota o outro para ganhar vantagem... mas dessa vez existia quatro corpos em nossa frente o que significa que não existe outra pessoa para se candidatar. ( o que houve aqui ? )
Gritos ao fundo
Corremos rápido para um prédio que fica há alguns metros. Um homem acabará de se jogar do alto. Começo a tremer - o que tá acontecendo?
Hanna não consegue tirar os olhos do que restou do homem
Outros gritos
Uma padaria que fica perto acabou de explodir destruído tudo é ferindo poucas pessoas
Hanna me segura pelo braço e Corremos de volta para o hotel.
- parece que sua irmã realmente estava certa
Entramos no quarto quando Hanna ativa seu grimorio fazendo um círculo mágico aparecer no centro do quarto
- a magia desse círculo é invisível a qualquer ser, ela vai sair e cobrir toda cidade procurado sinal de magia profana ou uma mana maligna. 
Por algum motivo estou nervoso, ao pensar na possibilidade de encontrá-la pessoalmente me fazia tremer afinal ela é o ser mais maligno que andou nesse mundo mas eu preciso de respostas. Afinal preciso saber o motivo.
- detectei algo fala Hanna
Me aproximo rápido
- o que?
- uma mana maligna. Seus olhos se arregalam e seu corpo treme por um segundo
- Hanna o que houve? Fala mira
- é algo tão maligno que faz as histórias parecerem contos de fadas. Comenta ela

Saímos do hotel o mais rápido possível em direção ao lugar onde Hanna localizava com seu Grimorio, ela preferiu não usar o teletransporte para que eu me  preparasse mentalmente para o que estava por vir.
A corrida durou dois minutos até chegarmos as docas onde ficam os barcos. Era um lugar feito de pedras com uma escada logo ao lado, tudo nessa cidade era bonito, só havia uma pessoa naquele lugar mas para a surpresa de todos não era a feiticeira, era um jovem de cabelos brancos, seu olhar era fixo nas águas transparente daquele oceano
- a mana vem dele comenta Hanna
Me aproximo daquele estranho de vagar talvez com a esperança dele me notar antes de chegar até ele.
Ele se vira e me encara, seu rosto não demonstrava nenhuma emoção além de um olhar cansado e fixo que parecia olhar diretamente para a minha alma
- posso ajudar rapaz?
Sua voz era serena e agradável, mas por alguma razão tremo um pouco
- não obrigado só estou caminhando - minto
- Tyler não é?
Naquele momento travo ( como ele sabe meu nome ?)
Me viro de vagar e presencio um rosto assustador que não possuía expressão nenhuma 
- como sabe meu nome ? Pergunto
- minha habilidade permite que eu entre na cabeça das pessoas e veja suas lembranças
Uma pressão vinha sobre meus ombros, a conversa era estranha mas eu não conseguia fazer nada frente aquele jovem que eu nem sabia o nome, porém algo me incomodava ( entrar na cabeça?)
Ele olha de volta para o mar
- me fale jovem aventureiro, o que significa está vivo? na sua visão
Fico um tempo sem falar mas logo respondo
- acho que nossa existência, o que sentimos, momentos com pessoas que amamos esse tipo de coisa
Ele me encara de volta
- então porque a vida humana é tão frágil?
O terror que sinto naquela frase não tem comparação com nada que já tenha visto.
- seja lá o que estiver planejando. Não deixaremos sair impune
- me desculpe parecer frio mas  infelizmente não sinto nada. Por isso essa ameaça não parece ter valor para mim.
- o que você quer? Pergunto extremamente incomodado
- quero provar de algo que preencha um vazio dentro da minha alma mesmo que seja cruel aos seus olhos.
- como pode existir alguém assim ?
- esse é o caso jovem Tyler... eu não existo. Tudo que quero  provar que existo e preencher esse vazio poderia ser a primeira humana a se fazer.
- você tem alguma coisa a ver com as mortes no centro?  pergunto
O homem mantém o olhar sem reação
- é apenas a minha reação em cadeia afetando aquelas pobres pessoas
- como assim ?
- minha aura entra em contato com uma pessoa aleatória... essa pessoa é sobrecarregada e acaba morrendo no processo
- eu não tô entendendo. Por favor me explica direito
- como todo prazer garoto. Minha aura carrega a maldade e a culpa. No momento em que ela entra em contato com alguma pessoa que tem algo em seu passado. Esse sentimento é sobrecarregado e a pessoa simplesmente quer se livrar da culpa.
Caminho para trás um pouco
- jovem Tyler. Vidas humanas é igual uma folha de papel. Basta apenas uma fagulha que elas queimam por inteiro.
Ele sorrir pela primeira vez
- Por alguma razão você é o primeiro que tem coragem de ficar ao meu lado por muito tempo e por isso lhe darei um presente
Caminho para trás mais uma vez
- Eu não quero nada de você!
- não é nada em especial. Mais quem sabe você não seja capaz de preencher meu vazio tentando impedir o que está por vir.
Ele coloca seu dedo em minha testa o que me deixou em um estado de transe.
Naquele momento vi a cidade queimar. As pessoas não conseguiram fugir e um oceano que já foi transparente estava contaminado com  sangue
Na visão eu caminhava e via o mar de corpos queimando, reconheço dois em potencial: Hanna e mira
- consegue impedir Tyler? falava o homem de vagar com a voz serena
Recobro a cocienciencia
- mesmo que tente isso. Saiba que não deixarei ninguém morrer
-que interessante... quem sabe você consiga , me diga Tyler qual dos dois vai ser o mais rápido? Aquele que vai acender a fagulha nessa cidade ou aquele que vai tentar salvá-los?
- você é louco!
A expressão do homem se mantém a mesma
- ah sim, que falta de educação a minha... meu nome é kendra