Durante a mudança de Taehyung para o novo orfanato em que Jungkook se hospedava, os meninos se conhecem e descobrem que têm tudo em comum, formando assim uma complexa e linda amizade.
Em Jazz, Band-is, Balas e Nós - Atria e Alien mostram que o amor...
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Alien:
Conseguimos!
Eu e o Atria estamos do lado de fora do orfanato, certo que são seis e meia da manhã, mas esse foi o único horário que poderíamos sair sem levar uma punição. Todos ainda estavam dormindo e foi fácil como manteiga derretida despistar o segurança.
O clima não está dos melhores para sair, com muita chuva e frio, mas eu estava com Jungkook então não importa. Eu estava vestido no meu moletom roxo — eu tenho vários, ta? — e por cima, uma capa de chuva também roxa, queria gritar por ter calçado meu all star roxo mestiça, meu Deus quanta lama vou pisar!
Atria não era diferente, no lugar da cor roxa, ele estava usando azul.
Ele fica tão lindo de azul! Muito fofinho!
Fiquei um pouco preocupado porque o rostinho de Jungkook estava muito rosado e mesmo que estivesse protegido do frio e da chuva, seu nariz escorria. Mas isso não parecia importar para ele e sim o mundo aqui fora. Nós nos afastamos um pouco do orfanato, ficamos juntos na esquina. Seus olhos grandes admiraram os carros nas ruas, as poucas pessoas caminhando, algumas para o trabalho ou para escolas. O cheiro de café e gasolina, circulou a gente e então ele sorriu grande, depois torceu os lábios para baixo e…. Chorou?
Arregalei meus olhos, queria abraçar ele pra confortar, mas Jungkook demonstrava não gostar dos toques, só quando ele mesmo iniciava. As mãozinhas cobertas pelas luvas de crochê esconderam o seu rostinho pequeno, o seu pescoço fino vermelho pelo choro.
Ele estava com medo?
Eu o fiz mal!
Mas então, o Atria me abraçou, por vontade própria e aí eu retribui o abraço. Ele parecia um bolinho de baunilha macio dentro de um pacotinho, o barulhinho da sua capa de chuva o deixava ainda mais fofo.
— Não sei dizer, alien. Mas é algo bom que sinto e eu gosto, gosto muito.
Sorri. Ele estava feliz!
Queria chorar, mas chorar de tanta fofura, antes ele parecia um bolinho, mas agora parece um coelhinho todo miudinho e quentinho. Os cabelos bagunçados dele faziam cócegas no meu queixo, ele ficava tão bonitinho com ele bagunçado, me deixava bobinho que só.
Ele se afastou, recuperado da sensação nova, e arrumou sua mochila nas costas com algumas coisas que a gente precisaria no caminho para a loja de discos, queria apresentar várias músicas novas para ele. Comecei a caminhar na frente e Jungkook veio logo atrás, pisando nos meus rastros, adorável! A chuva estava fina, sem forças, pedi em gestos silenciosos para que ele colocasse a touca do moletom e da capa, protegendo sua cabeça do sereno, senti medo de que ele ficasse doente.