EM HIATUS INDETERMINADO
╭─░🌕㊘𝖲𝗂𝗇𝗈𝗉𝗌𝖾𓊝୭̥
‣ "Sempre que eu olho pra você meu coração dói". Você começou, mesmo não sabendo como começar.
"Hum?". Essa foi a resposta dele, mas você não se deixaria abalar pelo rosto confuso que ele deveria es...
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Em um beco um pouco longe da área dos vampiros, você segurava no braço dele enquanto andavam, tentando acertar os tijolos da calçada com sua visão semi-embaçada. Não poderiam fazer isso onde os outros sentiriam o cheiro, e também não deveria ser tão longe da rua principal, você teria que chamar um taxi ou não voltaria para o hotel.
"Só um minuto, docinho". Disse ele enquanto se aproximava de uma caixa de madeira, limpando a superfície e pegando um lenço de dentro do paletó.
"Prontinho, eu disse que não demoraria." Você sentiu seu corpo ser erguido por mãos grandes e fortes que te seguravam pela cintura. Depois sentiu o tecido macio do lenço debaixo de você, estava sentada sobre a caixa. "Assim é mais confortável". Você sentiu o sussurrar dele próximo aos seus lábios, te fazendo passar a língua por entre eles.
"Você tem certeza? Eu posso". Ele não teve tempo de terminar a frase, você tinha a visão levemente melhor agora, o suficiente para que pudesse desabotoar a gola do vestido, puxar o tecido até os ombros e lançar um olhar na direção dele.
"Vamos lá, não me faça esperar". Você disse, estava mais desesperada com sua mão direita que podia ser vista, mas não tocada, do que com o vampiro sugando seu sangue. "Eu tenho um cheiro bom?". O incentivou.
As mãos ásperas do homem agarrando seu braço, sua pele exposta do ombro. "Como vinho, um doce e caro vinho". O homem disse. Era um elogio bom o suficiente para você. Ele trilhou um caminho de beijos molhados por sua clavícula e então, ele atacou.
Você odiava objetos pontiagudos, facas, agulhas, presas. Mas se arrependeu de não ter experimentado aquela sensação antes, se arrependeu mais ainda por ter desejado não sentir toda a dor. Apenas vinte por cento dela, uma medida de proteção já que não sabia como se machucaria. Sem a dor ali para te manter acordada, existia apenas o deleite do veneno vampírico.
Seus pelos permaneciam arrepiados com os leves choques que atravessavam por você. Sua mão direita já tinha voltado, já era o suficiente. Mas ele continuava bebendo, te tomando como se seu sangue fosse mel nos lábios dele, o néctar dos deuses. Tudo bem, isso não te mataria, poderia entregar até a última gota se isso significasse ter aquela sensação por mais tempo.
Estava nas nuvens, como se nada mais fosse importante, sem passado, sem Vanitas, sem preocupações, apenas os sons obscenos que saíam de seus lábios há muito tempo, cada vez menos audíveis. Era o paraíso, nem sequer se lembrava do próprio nome. Mas alguém lembraria?
"Solte ela!". Passos rápidos vindos do íntimo do beco, uma voz familiar, uma luz azul fazendo o peso sobre seu corpo ser arremessado.
Aaron deveria estar jogado em algum canto do beco, inconsciente. Mas não era algo importante, por qual motivo seria? Seus olhos apenas conseguiam fazer uma curva para trás, com a boca entreaberta e o corpo derretendo. O céu era um lugar muito melhor para se estar.
Duas mãos com luvas seguraram seu rosto, mas não conseguia ver quem era. "Ei, Ei, Remy! Fiquei acordada." Ele dizia alguma coisa? O som estava tão distante quando você desmaiou.
────────────────── ⋰⋱⋰Notas🦋⫻ Eu disse pra mim mesma que apenas postaria na segunda, quarta e sexta, mas olhe para isso agora. Mais um capítulo. Não consigo me importar menos com uma rotina. Eu amo estar aqui, revisando, enfeitando e publicando isso.
Enfim, obrigada por ler até aqui, fico feliz que as visualizações estejam subindo, não me faz sentir abandonada. Se achou algum erro me avise, por favor. Obrigada.