EM HIATUS INDETERMINADO
╭─░🌕㊘𝖲𝗂𝗇𝗈𝗉𝗌𝖾𓊝୭̥
‣ "Sempre que eu olho pra você meu coração dói". Você começou, mesmo não sabendo como começar.
"Hum?". Essa foi a resposta dele, mas você não se deixaria abalar pelo rosto confuso que ele deveria es...
Virtude essencial, essência ou natureza real de algo.
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As coisas estavam acontecendo novamente, como no dia em que resolveu mudar, resolveu.... Acabar com tudo e ver o que te esperava no final do corredor. Se levantou da cama, caindo em seguida, aparentemente mesmo com a impossibilidade dos fatos, ainda teria que sentir as coisas daquela realidade. Engatinhou até sua escrivaninha, próxima a janela, o rastro de sangue denunciaria sua trajetória, mas estava tudo bem. Não teria que usar aquilo novamente.
Na última gaveta, debaixo de um fundo falso feito por você mesma, estava lá. O script. Você riu, da forma como os ferimentos permitiram, se dando conta de que tudo aquilo, de fato, era irreal. Sua dor não deveria existir, mas caso sumisse por completo, você também deveria deixar de estar alí. Viva.
Em pouco tempo sua empregada, Isabeu, estaria alí para te vestir roupas adequadas, em contra partida, tinha tempo o suficiente para o que queria fazer. Segurando o papel com ambas as mãos, lendo cada palavra que escreveu ali, vendo parágrafos que nem você se lembrava de ter escrito, coisas que sumiram da folha por ainda não terem sido reveladas, coisas que surgiram conforme vivia em outra realidade.
Nome: Remy Família: Chaput Idade: 18 Anos Nascimento: 28 de Maio Raça: ???? Personalidade: Intensa e determinada, porém, impaciente e reservada. Suposto Tipo: INTJ-T Aparência Principal: Cabelos castanhos curtos, acima do ombro. Olhos alaranjados. Transformações: ????
Poderes, ações, falas, gestos, vestuário, comidas favoritas, animais, locais. Tudo, absolutamente tudo o que pudesse ser necessário. Era como escrever uma história, mas diferente de todas as outras, essa era real. Vanitas era real, Noé era real, Dominique, Jeanne, Ruthven.
'Prometa!'. Um frio percorreu sua espinha, apenas a lembrança daquele momento, daquela dor, das presas em seu pescoço, eram o suficiente para te fazer estremecer e ainda assim, estava sorrindo. Sorrindo de felicidade, pois sabia que a dor latente da memória era a confirmação de que foi tudo real, a mordida foi real, Paris foi real.
E você voltaria para lá. Após memorizar tudo o que precisava para saber onde parou, colocou o amontoado de papeis debaixo da cama, sob um baú escondido. Passos foram ouvidos pelos corredores enquanto você apoiava suas mãos na cama, de joelhos, fingindo orar por seus pecados. Não os que já tivesse cometido, mas o que cometeria, mais uma vez.
Mesmo sabendo que ninguém viria para te salvar, nenhuma alma viva naquela mansão tinha essa permissão, ou a coragem para tal. Se deixou ser vestida, até escolheu o vestido que queria, um branco de seda lisa que fazia uma volta elegante em seu corpo. Lindas joias de ouro com um pingente de gema, vermelha. Um salto médio, delicado, também dourado.
Algumas das mechas azuladas de seu cabelo foram presas em uma trança. Não usaria um coque, sua senhora com certeza se sentiria ameaçada se o fizesse. E também não poseria ter o cabelo completamente solto, seria repreendida mais tarde por se aparecer como uma plebeia ou pior, chamaria atenção indesejada.
Precisou da ajuda de duas empregadas para andar pelo corredor e descer as escadas, no primeiro andar, parando em frente a uma porta alta e incrivelmente desnecessária, essa que foi aberta antes que você estivesse preparada. Sendo empurrada para dentro do cômodo largo e bem iluminado. Olhares te encaravam, um par de cor azul claro, afiados e olhos brilhantes que você se lembrava muito bem.
────────────────── ⋰⋱⋰Notas🦋⫻ Segunda feira, apenas de tudo, me deu uma inspiração para escrever. Como já faz um mês que o mangá de Vanitas parou, logo logo eles devem atualizar, o que é ótimo. Não falta muito mais pra essa parte da Remy acabar.
Obrigada por ler até aqui. Se achou algum erro, me avise por favor.
