Capitulo 32

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Mia narrando

Os primeiros dias sem ele foi difícil pois agora era real aquilo, eu não queria mais por mais que a minha vontade fosse outra eu não podia ficar no meio da família dele. Estava no final do ano, graças a Deus faltava pouco para terminar a escola quero muito entrar na faculdade e logo, o aniversário da Nanda também estava chegando e sabia que vinha festinha por aí. Meu pai me deixou na escola já que era caminho para o escritório dele de advocacia. Entrei e fui direto pra sala, eu já era uma pessoa amarga depois de tudo que vinha acontecendo eu só piorei e aquilo me fazia um mal mas foda-se, Nanda estava perto de mim na aula mas eu não estava pra papo ela até tentava puxar mas sabia o jeito que eu estava, ajudei ela a pesquisar umas coisas para a festa e depois da aula íamos andar para comprar algumas coisas. Deu a hora do intervalo e saímos para comprar um lanche, Nanda jogava vôlei com as meninas e me sentei na arquibancada para assistir, quando o sinal bateu eu desci e fui caminhando até que escuto de longe aquela voz de piranha.

Pamela: além de pobre é ninfeta, aí tem que buscar homem casado né -riu junto com as amigas dela.

Essa foi a deixa que ela me deu, poderia ter dormido sem essa mas não. Parei e olhei pra trás ela ria igual uma palhaça junto com as amigas delas e respirei fundo, ouvi Nanda falando de longe "não, nao, nao" peguei Pamela pelo pescoço e subi ela encostando na grade da quadra, a mesma me olhava assustada e tentava se soltar, fui enforcando ela cada vez mais e não conseguia soltar até um cara muito gato e bem forte me tirar de lá.

XXX: calma! -sussurrou em meu ouvido.

Mia: calma? -olhei séria pra ele e ri com raiva,

Cristina: Mia na minha sala.

Revirei os olhos e fui atrás dela, entrei na sala e Pamela não estava novidade né.

Cristina: pode sentar.

Mia: to bem aqui -continuei olhando pra ela.

Cristina: o que aconteceu ali? O que te deixou tão agressiva? O pescoço da Pamela está roxo Mia.

Mia: jura? Que pena -falei irritada e ela me olhou séria- não admito que falem coisas de mim que não são verdade e se ela continuar a falar de mim alto pra mim e todo mundo que estar perto ouvir eu faço pior não só com ela, com aquelas fantoches que dizem ser amigas dela também.

Cristina: preciso ligar para o seu pai.

Mia: a vontade! - Sai de lá e fui para o banheiro, lavei meu rosto e sequei o mesmo, Nanda entrou no banheiro toda preocupada.

Nanda: tá tudo bem!?

Mia: sai de mim, não deveria mas sai. Não quero continuar aqui Nanda, não quero ver ninguém daqui, nem ninguém próximo ao Henrique isso é culpa dele.
Nanda: calma. E quem é aquele gato que te pegou daquele jeito?

Mia: não, só tu cara -rimos.

Sai de lá e fui pra sala com a Nanda, já estava quase na hora de ir embora e quando o sinal tocou respirei aliviada, sai da sala e vi Pamela de longe o pescoço dela estava realmente roxo e a mesma me olhou com medo, ótimo assim não iria mais me tirar do sério. Quando ia sair dou de cara com o carro do meu pai, ele não saiu de lá apenas abaixou o vidro e sorrio quando eu olhei, engoli a seco e fui.

Nanda: eu te ligo.

Mia: jae. - Entrei no carro e soltei a mochila no chão em meus pés, coloquei o sinto e encostei a cabeça no banco.

Maurício: boa tarde né -ele riu e deu partida.

Mia: pra tu estar aqui não é uma boa tarde, né? -olhei pra ele e sorri forçado.

Maurício: o que aconteceu lá? Quando a Cristina me ligou não acreditei.

Mia: quem fala o que quer ouve e toma o que não quer né? Então foi isso que aconteceu. Eu não vim morar no Rio em um bairro tão bom em uma escola que diz ser a melhor pra me chamarem de pobre.

CORAÇÃO DE AÇO: LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora