catorze.

840 67 39
                                    

Maraisa POV

Acordei na manhã seguinte, com a claridade que entrava pela janela da sala, e estranhamente confortável. Senti o corpo de Marília embaixo do meu, e os seus braços a envolverem-me num abraço quente.

Ela dormia, o seu semblante era sereno e tranquilo. Admirei-a a dormir. Ela era encantadora. Beijei os seus lábios levemente, para não a acordar.

Marília: se é para acordar assim, durmo no sofá todas as noites - abriu os olhos e um sorriso

Maraisa: não te queria acordar

Marília: não acordaste - sorriu

Maraisa: ótimo - falei séria - agora dá-me um beijo a sério

Trocamos um beijo, intenso, tudo com Marília era intenso demais.

Maraisa: vamos, antes que as crianças acordem - falei levantando-me do sofá

Marília: os deveres de mãe chamam - brincou

Entrei com Marília no meu quarto, dei-lhe toalhas e deixei-a tomar banho à vontade, e arrumei a sala. Quando ela terminou, entrei na casa de banho e tomei um bom banho. Quando sai da casa de banho, já vestida, e Marília estava sentada na poltrona do meu quarto.

Marília: fiquei à tua espera - sorriu - não queria andar pela casa

Maraisa: anda, vamos acordar as crianças

Quando saímos do quarto, Marília foi até à cozinha começar a preparar o pequeno almoço, enquanto eu fui acordar as crianças. Segui com os 3 em direção à cozinha.

Maria: mamã? Dormiste cá? - a expressão da menina era confusa

Marília: ontem já era tarde - falou sem olhar para a menina - e a vossa mãe deixou-me dormir no sofá

As crianças pareceram aceitar a resposta. Passamos uma parte da manhã juntos e o telemóvel de Marília vibrou com uma mensagem.

Marília: eu e o Léo temos de ir - sussurrou - o Murilo vai buscá-lo daqui a pouco

Maria: não podem ficar?

Marília: o Léo vai para casa do pai, meu amor - sorriu

Maria: e tu?

Marília: eu?

Maria: sim, podes ficar cá, não pode mãe? - virou para mim quando fez a última parte da pergunta

Marília: querida, nós não vivemos juntos - sorriu - eu tenho a minha casa

Maria: mas vais ficar sozinha - disse triste

Maraisa: vamos fazer assim, a mãe vai levar o Léo, e depois nós conversamos, ok?

A custo a menina aceitou. Eu também queria muito que Marília ficasse connosco, mas sabia que isso poderia fazer com que nos habituássemos rápido demais, e ainda estávamos a ver como a nossa situação avançava.

Marília e Léo saíram, depois de algum tempo. Fiquei com as crianças em casa e decidimos almoçar fora. Apesar do tempo de inverno, não estava a chover.

Já no restaurante, recebi uma chamada de Luísa.

Chamada on

Maraisa: olá Lu

Luísa: olha só, quem está animada - brincou e entendi a malícia na sua voz - onde andas?

Maraisa: estou com os meninos a almoçar perto do rio - ignorei a primeira parte

Luísa: pensei em lancharmos ao final do dia, aqui em casa

Maraisa: sim, tudo bem, nós aparecemos

Intenção 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora