vida dupla [Em Revisão]

capitulo 3

Ninguém naquela boate trabalhava lá porque gostava. Todos ali “deviam” de alguma forma para Xue Yang. A cada dia, a dívida só aumentava, além de não receberem nada para se expor ali, ainda eram cobrados pelos gastos com a alimentação e a moradia. O que apenas fazia a dívida aumentar e assim não conseguirem sair daquele lugar.
Eram vigiados e tratados como se estivessem em exposição. Pelo menos uma coisa tinha de bom, Xue não permitia que seus clientes tocassem em seus ômegas e betas.
Apesar disso tudo, Wei Wuxian fez amigos MianMian e Meng Yao. Eles eram ômegas também e estavam lá a muito mais tempo.
Os amigos o apoiaram, quando disse a eles sobre um trabalho durante o dia, prometeram que o acobertariam quando precisasse. Já que não eram proibidos de sair, mas eram altamente vigiados.

- Eu procurei em algumas agências Yao-ge, uma gostou do meu currículo, vou fazer uma entrevista hoje.

- Sim, sim pelos deuses que bom A-Ying, não perca essa oportunidade.

Meng Yao respirou aliviado, ele realmente desejava que o amigo saísse dessa vida. Ele não confiava em muitas pessoas, mas acabou criando um carinho muito forte pelo mais novo. Ele sabia a dor de ser vendido pela própria família.

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O ômega nunca esperou entrar em uma mansão tão grande como essa, eles deviam ser muito ricos.
Reunindo sua coragem ele aperta a campainha, ele daria tudo de si para conseguir esse trabalho. Eles pagavam muito bem e ele faria de tudo para livrar a si mesmo e ao irmão das mãos de Xue Yang.
Assim que a porta foi aberta, ele botou seu melhor sorriso no rosto.

- Olá!! Sou Wei Wuxian estou aqui pela vaga de educador.

- Sim, por favor me siga até a biblioteca. - Falou a educada governanta da mansão.

Wuxian apenas assentiu e a seguiu.
Estava tão maravilhado com essa mansão, tudo tão claro, amplo e limpo. Quando finalmente chegou na biblioteca, não conseguiu se conter e deixou escapar um “UAU”. Ela era gigantesca, com várias coletâneas novas e antigas.
Queria muito dar uma olhada nesses livros, mas não faria, o dono da casa poderia não gostar e ele precisava muito do emprego. Então aguardou sentado pacientemente, batendo os dedos em suas coxas, até um alfa de presença esmagadora, entrar com um pequeno e tímido alfinha, que era muito fofo.

- Olá. - Fez uma reverência extremamente formal, ele tinha que passar uma boa impressão. - Sou Wei Wuxian. - Após receber uma análise completa do olhar dourado do alfa, esse se apresenta e também ao filhote.

- Olá, Lan Wangji esse é meu filhote Lan Sizhui. - O ômega deu um aceno de entendimento, deixando o alfa continuar. - O seu currículo é muito bom. - Fez uma pausa. - Como de todos que vieram antes. Mas é Sizhui quem decide.

- E claro, nada mais justo. - Ele realmente achou muito importante essa decisão e deu um lindo sorriso espontâneo, com a atitude do alfa mais velho para com o pequenino.

- Papai... - Sizhui, que até agora estava apenas observando o ômega, resolveu dar sua decisão. - Eu gostei dele, ele tem um sorriso bonito.

Wuxian, dessa vez deu um sorriso mais contido, com as bochechas meio rosadas.

- Ora, obrigado pequeno, você também tem um sorriso lindo. - Sizhui enterrou o rosto no pescoço do pai e apenas murmurou um obrigado, seguido de uma gargalhada do ômega.

Wangji só observava aos dois e estava feliz com a decisão do filho, achou o ômega muito fofo.

- Bem, eu enviarei tudo o que você precisa pelo celular. - Disse o alfa. - Você começa amanhã as 8 horas.

- Então eu já vou, até amanhã Sizhui. - Acenou em concordância. Ele estava hesitante, mas queria perguntar algo antes de ir embora. - Senhor Lan? Sei que pode parecer estranho, mas nós já nos vimos antes? Eu tenho a impressão que te conheço.

Wangji o olhou bem, ele tinha essa impressão também, mas negou apenas com um aceno.
Ele mais nada questionou, apenas saiu da mansão, contente que conseguiu a vaga. O ômega andou tranquilamente até que veio em sua mente, os olhos dourados. Os mesmos da sua apresentação da noite anterior.

- Ele é o alfa de ontem... o que eu faço agora?? - Murmurou para si mesmo com os olhos arregalados, se amaldiçoando pela memoria ruim.