capitulo 17

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Mingjue estava furioso, aquele bastardo conseguiu o acertar duas vezes. O alfa estava com uma marca roxa nos olhos, os lábios com um ferimento no canto, mas pelo menos dessa vez ele conseguiu revidar acertando alguns socos em Cheng que ficou com o nariz deslocado e algumas escoriações. Mas o ódio do mais velho parecia brasa em seu sangue.
Mingjue então entrou na sala privada parecendo uma besta, mas acabou por encontrar Wuxian soluçando, os olhos estavam vermelhos e o ômega tremia. Um sorriso maquiavélico atravessou o rosto do alfa que não demorou a rosnar.

- Ora por que a putinha está chorando? - Ele estava muito satisfeito, com o susto que Wuxian levou e ver a dor transparecer nos olhos do moreno.

- Nada. - O ômega respondeu limpando bruscamente o rosto e se levantando. - Vou descansar.

- Isso mesmo. - Mingjue sorriu. - Mas não se esqueça da sua obrigação de amanhã.

A gargalhada tomou conta da sala privada, quando Wuxian saiu batendo a porta. Mingjue sorria ele faria aquele maldito alfa pagar e só ficaria satisfeito quando ambos os Jiang estivessem destruídos, ele só não conseguia intender o porque ele não conseguiu encontrar a irmã desses dois, mas mesmo assim ele iria se vingar.
A manhã seguinte seria cheia e com mais surpresas que Mingjue esperava.

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Wuxian saiu da boate pela manhã, sua mente revivia os acontecimentos da noite anterior tão caoticamente, tentando encaixar as peças sem obter nenhum sucesso, que o ômega nem percebeu que estava sendo seguido. Caminhando lentamente na manhã fria, ele seguiu o caminho tão conhecido por seu subconsciente de forma automático, quase mecânica.
A conversa que teria com Wangji assim que chegasse, era quase apavorante. O brilho do futuro juntos havia sido cortado por um beta mesquinho, mas ele protegeria a todos que amava e cortaria os laços, queria todos longe das garras de Xue Yang. Mesmo que seu alfa soubesse, e que não parecesse ser um problema, ele não tinha para onde fugir. Xue Yang deixou bem claro que nunca o daria a liberdade, só lhe restava deixar que amava livre, mas como faria isso? Inicialmente queria usar a desculpa de ser um ômega de boate para se separar, mas isso não parecia ser um problema. Não podia dizer que não o amava, não depois da cena ridícula de ciúmes que fizera ontem. Que problemão que se meteu.

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Wangji sabia que o amado já estaria a caminho e muito preocupado, Qing havia levado Yuan cedo com ela e Xichen e Cheng estavam trancados no quarto, já que os barulhos nada castos pararam um pouco antes do amanhecer. A mansão estava apenas os poucos funcionários, então o alfa fui espera a chegada de seu ômega nos portões. Sabia que ele estaria muito preocupado com sua reação de antes, e com certeza de algum modo estaria aliviado.
Não demorou muito para vê-lo de longe, também percebeu que ele estava simplesmente no automático, sabia que aquela cabecinha estava cheia, o que lhe rendeu alguma preocupação. Mas essa preocupação foi substituída por outra, quando ele viu que o moreno não estava agasalhado, a manhã estava fria e estava ventando muito, logo foi de encontro a ele. Retirou seu próprio casaco e colocou sobre seus ombros assim que o encontrou.

- Está frio meu amor. - Sorriu com o sobressalto do ômega. - Está muito pensativo, vamos entrar tudo bem? - Deixando um beijo em sua testa o alfa conduziu ambos para dentro. Wuxian não conseguiu reagir e se deixou ser guiado.

Do outro lado da rua Mingjue sorria e olhando as fotografias da cena romântica, enfim teria sua vingança, acabaria com esses malditos e Xue Yang adoraria essas imagens, talvez chantageariam os Lan, afinal o escândalo estaria feito quando o nome dos íntegros irmãos se associasse com uma puta de boate. Ah eles ganhariam muito dinheiro.

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Wangji levou Wuxian para o jardim, onde um café da manhã já os esperava com as comidas preferidas do moreno, Wuxian por sua vez não conseguiu controlar a lagrima que correu de seus olhos, como ele faria isso? Como quebraria o coração de um homem tão perfeito e de quebra o seu junto?!

- Por que está chorando meu amor? Você está tão calado... O que passa em sua cabecinha? Hm? - O alfa perguntou secando suas lagrimas e o abraçando com força.

- Lan Zhan...  - Wuxian choramingou. - Você não está facilitando as coisas. - Reclamou, ganhando uma bufada alegre e um beijo na ponta do nariz. Tomando coragem enfim perguntou.  - C-como você descobriu? Você não me odeia? - O medo era evidente em sua voz. Wangji apenas sorriu, ajeitou uma mecha de cabelo atrás da orelha de seu amado e o fez se sentar.

- Não meu amor, eu não odeio você, eu te amo. - A voz de Wangji estava serena. - Seu irmão e os outros me contaram, queremos tirar você de lá, te deixar livre.

- N-não tem como...

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Mingjue estava a 30 minutos aguardando do outro lado da rua, quando Wuxian saiu correndo, não muito atrás Cheng saiu atrás do irmão.

- Wuxian... - O alfa mais novo berrava sem obter sucesso.

Não demorou para Xichen sair também agarrando o braço de Cheng, que tinha um curativo na maçã do rosto devida a briga com Mingjue, esse que estava do outro lado fotografando tudo com um sorriso maldoso.
Cheng foi levado de volta para dentro, claramente contra a vontade.
Mingjue chegou a boate, indo direto ver Xue Yang.

- O que você conseguiu? - O beta pergunta sem rodeios.

- Ah... algo muito interessante... - Após narrar o que viu, o sorriso de Mingjue se espelhou em Xue.

- Hum... muito bom. - A cabeça do beta já trabalhava em mil e uma possibilidades. - Vamos nos preparar para a noite.

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Wangji chegou na boate, junto de Cheng e Xichen, no mesmo instante Mingjue ficou em alerta e mandou avisar Xue Yang.
Os três se dirigiram ao bar do local, pedindo cada um, a sua bebida, mas não demorou para uma voz desagradável ser ouvida.

- Ora, a que devo a honra...

vida dupla [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora