●● Capítulo 5 ●●

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O QUE DEIXEI PARA TRÁS.

Capítulo 5

● De quem é a culpa?

O medo era seu pior inimigo naquele momento, Rebecca já tinha vivido vários tipos de medo com seus vinte e quatro anos

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O medo era seu pior inimigo naquele momento, Rebecca já tinha vivido vários tipos de medo com seus vinte e quatro anos. O medo do seu próprio pai, o medo da sua mãe descobrir que estava grávida, o medo de não conseguir conseguir um emprego para poder sustentar seu filho aí bebê e agora medo de perder o filho.

A Dr. Thalita lhe disse com todas as letras que se não encontrasse um medula óssea compatível com Felipe, ele provavelmente não conseguiria vencer o câncer. Era só ela de família que ainda estava  viva, e não era compatível com o próprio filho que ela colocou no mundo. Sua última opção foi ir até Gabriel.

Algo em seu coração sabia que ele era o único que podia ajudar, talvez porque em sua adolescência ele passará ser o porto seguro dela, a confiança que Rebecca mantinha em Gabriel era surreal até para os parâmetros traumáticos que ela tinha na época onde seu próprio pai estava obcecado em matar sua mãe.  Mas no primeiro instante em que seus lábios se tocaram pela primeira vez tudo mudou.

Aquele homem em sua frente havia quebrado toda sua armadura com apenas um toque de lábios.

Rebecca apertou os punhos em um gesto irritado. Gabriel olhava para ela cínico como se ela não fosse uma ninguém, uma barata que ele pudesse matar em segundos. Ela sabia que  não o conhecia mais, ele não era o mesmo garoto que conheceu anos atrás.

Não era o homem que ela amou.

— Então é isso? Você vai rir de mim e achar que o que falo é mentira? — O tom cortante de Rebecca fez Gabriel se calar.

— O que quer que eu diga Rebecca? Que depois de anos separados eu acredite fielmente que esse garoto é meu filho? — Ele responde.

Rebecca balança a cabeça indignada.

— Eu cruzei o Brasil, com apenas o dinheiro da passagem no bolso, fiquei um dia inteiro na porta da sua casa sendo humilhada e tratada como lixo por todos aqui! — Rebecca aponta o dedo anelar para ele em uma ameaça. — Você acha mesmo que eu perderia meu tempo me esforçando assim para não ter certeza que o meu filho também é seu? Você me conhece muito bem para saber Gabriel!

O jogador engole seco, e fecha os olhos dando um leve sorriso. Ele conhecia Rebecca, mas era a Rebecca de dezesseis anos. Essa mulher com o olhar abatido de tristeza e com marcas na alma ele não sabia quem era, ela poderia ser capaz de tudo.

— Oh claro, é porque só agora você decidiu me contar?  — Ele fala com raiva. — E dinheiro que você quer, é isso?

— Eu não quero a porra do seu dinheiro! — Ela grita. — Eu vim aqui pedir sua ajuda por que meu filho está morrendo, porra!

O QUE DEIXEI PARA TRÁS ● GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora