O QUE DEIXEI PARA TRÁS| Rebecca Costa estava no último ano do ensino médio quando descobriu sua gravidez precoce. Abandonada pelos pais e sozinha no mundo ela teve que se virar só.
Trabalhava como auxiliar de cozinha em um restaurante chique da cap...
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— O exame de DNA será feito ainda hoje se quiserem. — Doutora Thalita falou assinando alguns papéis sobre a mesa.
Rebecca e Gabriel estavam calados olhando para a médica, depois da conversa estranha dos dois no jardim que não resolveu nada eles decidiram ir até a médica e ver o que ela podia fazer para ajudar sobre o exame de DNA que a acessória do Gabigol pediu. Não que Rebecca tivesse se preocupado com isso a tinha certeza absoluta que o Felipe era filho dele.
O problema era a demora que isso iria dar até finalmente poder fazer o exame que diria ser Gabriel e compatível ou não com o filho, no fundo Becca tinha medo dele recusar salvar seu garotinho. Ela não poderia perder seu filho, ele era a única coisa que ela tinha.
A única coisa que sobrou para ela.
— Doutora, você me explica o que Felipe tem? Eu estou aqui falando sobre DNA e tudo mais e quanto vocês querem salvá-lo, mas eu não sei o que ele tem? E grave assim? — Gabriel perguntou analisando Rebecca e a médica que suspirou tirando os óculos e olhando para os dois.
— Como eu disse, Felipe tem uma LLA, um tipo de câncer do sangue e da medula óssea que afeta os glóbulos brancos. A leucemia linfoblástica aguda é o câncer mais comum na infância. Ocorre quando uma célula de medula óssea desenvolve erros no seu DNA. — Gabriel sente sua garganta secar e o ar parecia ter trabalho para entrar em seus pulmões. — O tratamentos pode incluir quimioterapia ou medicamentos direcionados que eliminam especificamente as células cancerígenas, mas como pode ver a alguns meses os medicamentos não fazem mais efeito, por isso precisamos achar alguém compatível com Felipe para poder disponibilizar a ele uma cirurgia de medula óssea...
Gabriel arregalou os olhos, Rebecca estava ao seu lado calada. Seus olhos se fixaram nela e ele notou uma lágrima descendo por sua bochecha. Ele sentiu o medo dela, sentiu vontade de abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, mas ele sabia que não seria tão fácil assim.
— Por isso que você está aqui, Gabriel.
— Eu? Porque eu? — Ele perguntou suavemente.
— Rebecca não é compatível com Felipe e ela é a única da família viva, a alguns meses eu instruir Rebecca a procurar por você, o que tudo indica é o pai biológico do Felipe... — Thalita pega um papel na mesa e entrega para os dois. — Isso é um guia de como pode funcionar as coisas daqui para frente caso as o resultado do exame saia como o esperado.
Rebecca olhou as cláusulas escritas e algumas leis sobre cirurgia.
— E se ele não for compatível também Doutora? O que faremos? Vamos perder o Felipe é isso? — O desespero na voz dela deixa Thalita um pouco nervosa. — Vamos ter que esperar um doador anônimo que pode nunca vir?