●●Capítulo 18●●

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Capítulo 18

● Lábios





Quando saíram do avião Rebecca sentiu o sol tocar sua pele. Foram só minutos de medo dentro do avião e a única coisa que a manteve segura de certa forma foi a mão de Gabriel segurando a sua.

Eles ficaram na classe executiva do avião, ela pode ver ao lado dela várias pessoas bem vestidas e com toda a certeza com naipe de madames.

— Você quer que eu carregue ele? — Gabriel perguntou assim que viu Becca se esforçar para carregar o garoto, que passou a maior parte do tempo acordado, contudo assim que o avião chegou desmaiou em seus braços.

Becca ainda não acreditava no que estava acontecendo, ainda era surreal saber que Gabriel estava mesmo ali com eles e a ajudado naquele momento em que ela nem acreditava que tinha solução. Uma parte dela estava com medo, mas o medo passava assim que olhava para os olhos de Felipe.

Independente de qualquer coisa que pudesse acontecer dali para frente, ela só seguraria a barra por seu Felipe. O garotinho era o centro do seu mundo e tudo que ela fazia era exclusivamente para ele. Becca sorriu para Gabriel sem mostrar os dentes.

— Oh, eu agradeceria muito… — Gabriel logo se aproximou um pouco dela e passou o filho para seu colo. Felipe resmungou um pouco, mas continuou a dormir e logo se agarrou ao pai enfiando a cabecinha no pescoço do mesmo se aconchegando ali.

— Ele é pesado. — Gabriel fala rindo.

— Sim, ele gosta de comer acho que você percebeu isso. — Rebecca arrumou a bolsa preta nos ombros e arrumou a jaqueta jeans que usava e arrumou os cabelos cacheados que estava todo amassado.  — Ontem a noite ele pediu para fazer strogonoff de frango, ele ama isso.

— Sério? Pelo visto temos mais coisas em comum do que podemos imaginar. 

— Sim, até o olhar debochado… — eles passam pelo portão de desembarque e sorri lembrando de como uma vez o menino brigou com um colega na sala de aula. — Só por isso ele pegou três dias de suspensão, deixei ele de castigo por um mês…

— Então ele é metido a valentão. — Gabriel perguntou rindo.

— Não, os meninos estavam fazendo bullying com ele… — Rebecca suspirou. — O chamando de sem pai ou algo do tipo… ele ficou bravo e bateu no menino.

Gabriel fechou os olhos e tentou imaginar a dor que o menino sentia ao saber que não tinha uma personagem masculina em sua vida. Ela viu o olhar perdido de Rebecca e ele soube que ela também se sentia bastante culpada por isso. Porém ele havia aprendido que tudo tinha seu tempo, seu filho nunca mais passaria por aquilo.

Decidiu mudar de assunto.

— Vou levá-los até meu Flet lá podemos conversar melhor sobre como faremos de agora em diante… — Gabriel liderou o caminho quando viu Fabinho parado ao lado do seu porsche do lado de fora do aeroporto. Ele agradeceu a Deus por naquele momento não existir fãs Ali, tinha até medo de alguém tirar foto do seu filho e ele não poder fazer nada.

Ele era discreto com suas coisas e não queria que Felipe fosse exposto.

— Ei cara… — Fabinho cumprimentou Gabriel e olhou para o menininho dormindo no colo do jogador. — Então esse é o famoso Felipe?

— Grandão, né? — Gabriel exibe um sorriso orgulhoso e Rebecca vira os olhos.

— Já é um rapaz… — Gabriel passa por Fabinho e abre a porta do carro com uma dificuldade Rebecca logo se ajeitou a ajudar o pai do seu filho, no instante em que Fabinho viu o rosto do menino ele riu. — Ih alá mane, o moleque é sua cara, tem até sua sobrancelha de taturana…

— Não fale isso do meu filho idiota! — Rebecca resmungou olhando feio para o homem.

— Ou seja, ele é bonitão. — Gabriel se gaba entrando no carro com Felipe nos braços.

— Ou feio, coitado do moleque que nasceu com sua cara. — Rebecca segura o riso e entra no carro também. — sem ofensas Rebecca.

— Já me ofendeu mesmo. — Ela virá os olhos.

— Não chama meu filho disso seu otário. — Gabriel fala.

— Sabe o que eu ouvi falar uma vez? — Fabinho os olha pelo retrovisor do carro. — Quando a criança sai a cara do pai e porque durante a gravidez a mãe passou toda com raiva do pai do bebê, se for isso devo te informar uma coisa papai do ano.

Fabinho não segurou a língua e Rebecca concordou olhando para o atacante.

— Ele tem razão.

Ela murmurou olhando para a janela do carro ignorando a presença dele.

Gabriel encolheu os ombros e decidiu não tocar mais naquele assunto, ele sabia que ela ficou com bastante raiva dele e ele não a culpava por isso.

[…]

— meu Deus Gabriel esse lugar é muito grande. — Becca exclamou olhando chocada para o apartamento.

— Eu não acho, eu só venho aqui de vez em quando. — Gabriel murmurou.

Depois de colocar Felipe na cama. Ele começou a mostrar todo o apartamento para a mulher que olhava tudo chocada.

— Eu acho que quem vai gostar é o Felipe… — Rebecca se aproximou da varanda onde tinha uma vista para o mar e  admirou como tudo era lindo ali. — Vai poder aprontar sem eu ver.

— Tem uma sala de jogos perto da cozinha, quando ele acordar você pode levar ele para lá. — O jogador se aproximou da mulher e a admirou por alguns segundos. — Qualquer coisa você pode falar comigo.

— Tudo bem, e como será o tratamento de Felipe? Temos que levá-lo logo ao médico. 

— Já marquei uma consulta e amanhã após o treino eu venho aqui… — Rebecca engole seco quando subitamente Gabriel se aproxima de si. — Só queria dizer que eu me arrependo de não ter ido atrás de você pretinha…

Ela engole seco e tenta desviar o olhar dele, mas Gabriel é mais rápido e agarra seu queixo o fazendo olhar diretamente em seus olhos.

— Gabriel… — Ela suspirou, ela sentiu seus olhos marejados. — Está tudo bem, Felipe melhorando e o que importa para mim, você não precisa…

Ele olhou para a boca dela e se lembrou da primeira vez em que se beijaram. Se ele fechasse os olhos naquele momento ele se lembraria até do sabor que eles tinham. O jogador sentiu sua boca salivar com a expectativa de provar os lábios mais saborosos que ele já provou em sua vida. Seus olhos seguiram quando a língua rosada dela molhou seus lábios os deixando molhados.

Seu coração disparou e ele sentiu seu pau ganhar vida dentro das calças jeans. E ele agradeceu a Deus por ela ser de um tecido grosso e folgado.
 
Sua vontade era de jogá-la contra a parede e tomar seus lábios, enfiar as mãos entre os cabelos cacheados dele e logo após isso enfiar…

Então ele fechou os olhos e se afastou dela. Ele teve medo de fazer alguma burrada e estragar o pouco de confiança que ela deu a ele. Ela seria dele, mas no momento certo. Ela viria implorando por ele, e ele estaria satisfeito em fazê-la dele outra vez.

— O que merda está acontecendo aqui? — Rebecca e Gabriel se assustaram quando notaram a mulher loira parada a alguns metros deles. Rebecca se encolheu com o olhar dela e tentou sair do lugar, mas Gabriel a segurou.

— Você fica Pretinha.

— Mas… — Ela tenta falar.

—  Estou esperando Gabriel, o'que diabos está acontecendo? Vocês já viram os sites de fofocas? Tem imagens de vocês juntos por todos os lugares… eu não acredito que dessa vez você foi tão cara de pau.  — Os olhos da mulher loira se enchem de lágrimas.

— Rafaella, para de drama não é nada disso que você está pensando porra.

— Ah não? Então me diga quem é a vadia da vez? 


Avisos.

Me desculpem pelo atraso essa pobre autora que tem três milhões de fics para atualizar.

O QUE DEIXEI PARA TRÁS ● GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora