O QUE DEIXEI PARA TRÁS| Rebecca Costa estava no último ano do ensino médio quando descobriu sua gravidez precoce. Abandonada pelos pais e sozinha no mundo ela teve que se virar só.
Trabalhava como auxiliar de cozinha em um restaurante chique da cap...
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O quarto que estava era de outro mundo e Rebecca estava chocada, a cama Quenn size estava forrada com lençóis brancos com alguns detalhes em um bordado cor ouro. As cortinas desciam até o chão e logo ela percebeu que sua janela dava a vista para o enorme jardim aos fundos da propriedade assim como a piscina. Gabriel parecia estar vivendo em um mundo completamente diferente do dela, a casa de Rebecca era bem arrumada antes de Felipe adoecer ela tinha acabado de trocar as janelas da casa, ela ainda planejava trocar a pintura das paredes e renovar sua tão amada cozinha, contudo como o dinheiro era pouco ela simplesmente fazia uma coisa de cada vez. Ao contrário dele que tinha tudo na hora que queria.
Ela viu uma porta no lado esquerdo do quarto e se dirigiu até ela para saber se era um banheiro, ela leu em algum lugar sobre ricos sempre dormirem em suítes.
Ela abriu o sorriso quando viu o banheiro, ele era todo branco e preto, tinha um enorme espelho e o que mais a chamou atenção foi a enorme banheira que pelo que parecia era de hidromassagem. Ela poderia tomar um banho ali, relaxante e cheio de espuma e se pudesse também pediria um vinho, contudo logo depois ela desanimou. Ela não se achava digna de estar vivendo aquilo se seu filho não estivesse com ela.
Seu filho era a pessoa mais importante da sua vida e começar a desfrutar dessas pequenas coisas sem ele, parecia uma grande traição. Por isso optou por tomar uma ducha mesmo e depois tentar achar uma roupa seca dentro da mochila molhada.
Assim que abriu sua mochila vermelha e viu que todas as suas roupas estavam molhadas, tentou achar algo um pouco seco, porém foi impossível a chuva havia molhado tudo.
Ela tinha uma toalha enrolada em seu corpo e virou os olhos indignada.
— Mais que merda! — Resmungou em um murmúrio.
Ela olhou ao redor do quarto e notou uma pequena escrivaninha e o ar-condicionado perto da cama. Então sua mente logo se iluminou em uma ideia. Pegou seu vestido verde florido que tinha um paninho mais fácil de secar e uma calcinha e estendeu sobre a escrivaninha e logo depois ligou o ar-condicionado no quente para secar a peça de roupa. Como ela não tinha nada para vestir, apenas se deitou na cama com a toalha enrolada no corpo.
Pegou o celular da tomada e logo ligou para o filho, mesmo que fosse quase duas horas da manhã, Ela sabia que Filipe deveria estar acordado preocupado com ela. E ela havia prometido ligar.
Ela tinha dado um celular ao filho para se comunicar, já que ela não poderia estar com ele vinte e quatro horas por dia. Essa era a melhor forma de estar falando com ele.
Depois de dois toques a imagem de seu filho apareceu na tela do seu A20s.
— Mamãe! Você demorou para ligar. — Felipe estava com uma feição menos doente, tinha um sorriso nos lábios e ela podia ver a janela em seu sorriso, o dente de leite dele havia caído a alguns dias e até as enfermeiras do hospital estavam rindo dele. O achando fofo.
