XLIII - Mudando de Vibe

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Mariana narrando:

Sou despertada pela dor intensa na minha cabeça.
Me dou conta de que trabalho e levanto minha cabeça bruscamente para checar o horário.
São 6h40! Pulo da cama mesmo tonta, corro para o banheiro e me molho com água gelada.

Eu teria que está lá 7h da manhã, e eu estou super atrasada!
Após um banho rápido, me enxaguo e saio apressada do banheiro.
Confesso até ter escorregado por causa dos meus pés molhados e pela tontura que ainda me rondava.

Me visto com a blusa branca social e a saia preta que usei no primeiro dia. Dou graças aos céus por não estarem amassada e calço uma sapatilha preta.
Coloco dentro da minha bolsa um pente e um creme de porte pequeno.
Saio sem maquiagem e com os cabelos presos.

Pego o primeiro ônibus que aparece e me sento.
Não vou chegar mais cedo lá, então é só colocar nas mãos de Deus.
Estou a caminho da oficina de Jake, única coisa que recebi dele até agora foi o endereço. Então é para lá que estou indo.

Chegando no local, desço do ônibus e entro em uma casa com o número que foi passado para mim.
A garagem estava aberta, então entro tranquilamente por lá.

Os meninos estavam montando mesinhas de centro, umas maiores que as outras, os restantes estavam testando roupas nos manequins e só acertando alguns pontos e as meninas arrumando suas maletas de maquiagens.

- Oi, bom dia. - Falo e eles respondem amigavelmente.

Felipe bate seus olhos em mim e sorrir, educadamente eu sorrio de volta.
Me acomodo e penso em tudo que aconteceu ontem.
Dessa vez decido nem lamentar, já foi.

As lembranças de Jake me envergonham mais, só que eu prefiro fingir que não aconteceu isso, de novo. Só que pior dessa vez...

A oficina de Jake parecia com uma casa até por dentro, tinha um quarto com duas camas beliches de solteiro em um guarda roupa, tinha cozinha, churrasqueira e dois banheiros. O restante era tudo madeira, manequins e mercadorias ainda embaladas.

Jake sai de um dos cômodos que eu não consegui bisbilhotar, sua oficina era enorme e ainda tinham mais dois andares para cima. Havia uma escada para baixo, então aparentemente também tinha um porão.

Assim que o vejo meu corpo congela. Noto que ele ainda usava o colar que presenteei.
Quando Jake fixa seus olhos em mim, desvio meu rosto.

- Chegou atrasada e ainda não fez nada? - Ele reclama se aproximando.

Nossa.
Nem um "bom dia".
O que aconteceu?

- Eu ainda não recebi direcionamento do que fazer hoje. - Respondo sem mostrar incômodo.

- Então comece, por gentileza, a desempacotar esses produtos, apenas as caixas pequenas, você não pode pegar peso. - Ele fala.
- E não se atrase de novo. - Acrescenta.
- Felipe também chegou atrasado. Uma hora atrasado! Se quiserem ficar em casa de ressaca é só me avisar que eu ajudo. - Jake encerra sua ignorância.

Realmente não entendi o porquê disso tudo.
- Mas eu me atrasei dois minutos, corri para cá. - Falo assim que ele vira as costas para sair do cômodo.

Jake para e volta seus olhos a mim.
- Tudo bem, Mariana. Então, por favor desempacote as caixas pequenas que eu pedi, porque há pregos, parafusos que os meninos precisarão para continuar montando as mesinhas de centro. E por gentileza, sem dois minutos demorados. - Fala de maneira rígida.

Sem dizer mais nada, início o que foi pedido.
Após completar tudo isso, um caminhão se aproxima logo na frente da garagem, os rapazes começar a levar coisas pesadas para lá e as meninas dobram profissionalmente as roupas clássicas que acabaram de costurar.

Reinventei VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora