Heather P.O.V
— Como assim ele não quer? — a senhora Masterson diz na tarde seguinte.
— Não quer, simples assim.
— Ele tem noção do quanto isso é importante?
— Sim, tem, mas os motivos pelos quais dispensa são considerados maiores.
— Quais seriam?
— Não sei se posso dizer. — confesso receosa. — É muito particular.
— Está certo, acho que tenho uma noção sobre o que se trata. Farei uma ligação que pode resolver isso.
— A senhora pode me deixar fora disso? Johnny já está bastante furioso comigo.
— Claro, querida, não tocarei no seu nome.
Eu deixo a sala da diretora e sigo para a sala de aula, onde passo a maior parte do dia. Não quero correr o risco de dar de cara com Johnny no corredor ou em qualquer lugar.
No fim do último período, eu ando pelo corredor vazio do colégio, está tão vago que chega a assustar. Passo por algumas salas abertas olhando o seu interior. Os experimentos de química ainda estão na sala 58, os cartazes de português pregados nas paredes da 69 e os sapos...aiiii!
Eu tropeço em algo forte que se encontra no chão, caindo do outro lado. Os meus livros voaram para um lado e os óculos para outro.
— Droga! Onde estão os meus óculos? — indago para mim mesma enquanto apalpo o chão.
— Mais para a esquerda. — uma voz grave responde.
Eu obedeço, encontrando os meus óculos em seguida. Eu os ponho e descubro quem é o dono da voz. Johnny está sentado no chão abraçando as próprias pernas.
— O que faz aqui?
— Não é da sua conta! — responde o mais Johnny possível.
Um pensamento surge em minha mente e começo a sorrir, depois a rir sem parar, o que o deixa intrigado.
— Do que está rindo?
— É só que...você não quer saber de mim e eu passei o dia inteiro te evitando...e agora eu tropeço em você e cá estamos juntos de novo.
— É o nosso carma.
Eu procuro os meus livros no corredor com os olhos, encontrando-os perto da porta do banheiro masculino. Foi uma queda e tanto.
— Minha mãe ligou para a escola hoje, querendo falar comigo... — Johnny começa sem aviso. — Ela disse para eu não desperdiçar o meu futuro pensando nela.
— E o que você disse?
— Não sei o que fazer. — confessa tristemente.
— Lembro quando a minha melhor amiga me disse que teria de ficar longe... — digo gentilmente. — Ficamos muito tristes porque ficaríamos separadas, mas ela me disse algo que nunca esquecerei: Não somos árvores para criarmos raízes em algum lugar, Hatcher, a mudança nos molda. E eu percebi que a vida continua, os amigos partem, coisas mudam e a vida não para para ninguém.
Ele fica em silêncio por muito tempo, mas parece refletir sobre o que eu disse. Um progresso.
— Eu tenho que voltar para casa. — eu informo.
Me levanto, pego os meus livros, limpo a calça e digo com um sorriso fraco:
— Nos vemos por aí.
📝
Voltem com mais dois capítulos, meus amores!! Espero que aproveitem a leitura, curtam e me digam o que estão achando da história! 😍✨📖
VOCÊ ESTÁ LENDO
No One Like You - Johnny Lawrence 80s [√]
FanfictionJohnny Lawrence é o garoto mais popular do Colégio de West Valley e o bi-campeão regional de caratê. Ele tem tudo o que quer, as garotas, os amigos, o dinheiro, a fama. Para Johnny, não curtir a sua adolescência não é uma opção. Heather Summers é a...