TUTORES // HeeHoon

Parquinho E Sorvete🍦

A tarde passou rápido e Heeseung se trocou para ir buscar os seus sobrinhos, não havia descansado como planejou fazer já que passou todo seu tempo limpando a casa e organizando as roupas das crianças. Parou o carro na frente da creche e entrou, começando a sua procura pelos meninos.

— Won — Ele chamou a atenção do menino que estava numa rodinha com três meninas.

— Tchau, meu tio chegou — O garoto se despediu das amiguinhas com um abraço e se aproximou do tio.

— Pelos visto se divertiu hoje.

— Sim, foi muito legal — Ele sorriu — O Nini tá brincando com os bebês — Jungwon segurou a mão de Heeseung e o puxa para dentro de uma das salas, onde Riki estava brincando com massa de modelar junto com um menininho e uma garotinha fofa que usava um laço vermelho na cabeça.

— Vamos, Nini? — Heeseung chamou a atenção do pequeno, esse que se levantou e correu para abraçar o mais velho e fazendo o Lee sorrir — Se divertiu?

Niki balançou a cabeça positivamente e ergueu os bracinhos pedindo colo, Heeseung segurou o pequeno e levou os dois para o carro, os colocando na cadeirinha e avisando que agora teriam que ir para a escola buscar Sunoo. O garoto mais velho estava sentado em um dos bancos coloridos do pátio e ao seu lado estava um homem alto que devia ser professor ou algum funcionário.

— Você é o tio do Sun? — O homem perguntou para Heeseung.

— Sou, desculpa demora, eu passei na creche para buscar os dois mais novos — Ele contou e Sun-Woo se levantou e começou a andar para fora da escola sem esperar pelo tio.

— Eu sou Jake, psicólogo infantil — O cara se apresentou com um sorriso.

— Lee Heeseung, obrigado por ter ficado com ele nesse tempo, vou precisar começar a me organizar melhor.

— Ele conversou comigo, imagino que deve estar sendo difícil para todos na sua casa, uma morte mexe muito com o nosso emocional e principalmente quando envolve crianças nisso — Jake contou enquanto caminhava até o portão ao lado do Lee — Se não for um incômodo, eu quero ajudar o Sun a passar por isso, ele é o mais velho de três irmãos e mesmo que tenha só sete anos sente que a responsabilidade de cuidar dos outros dois é dele e não sua ou do seu namorado. Sun-Woo foi o que passou mais tempo com a mãe e por isso tem muitas lembranças e entende que ela não vai voltar, por isso ele se fechou e talvez demore muito para que veja você como alguém confiável, mas creio eu que você esteja no caminho certo.

— O que posso fazer para ele confiar em mim? Eu quero muito que o Sun possa ver a minha casa como seu lar e se sinta a vontade.

— Continue cuidando dos três como está fazendo, parece que não mas Sun fica feliz em ver você cuidando dos irmãos dele. Ah, e não esqueça de não deixá-lo de lado por ser quieto, sempre o chame para fazer alguma atividade, algumas apenas entre ele e você e seria melhor ainda se seu namorado fizesse parte, ele também precisa ser visto como uma pessoa de confiança.

— Acho que Sun-Woo não gosta dele, já disse que meu namorado estava cansado dele.

— Eu entendo que vocês dois devem estar cansados com a nova rotina e estão se adaptando ainda, Sun-Woo também está e para ele o processo vai ser muito mais demorado, por isso ele deve ver o cansaço físico de vocês e entender que seja por causa deles, com o tempo ele vai entender.

— Obrigado, Jake.

— Não foi nada, estarei aguardando o Sun amanhã.

Heeseung se despediu do psicólogo e voltou para o carro, ouvindo os pequenos contando como foi o dia deles enquanto Sun-Woo brincava com o chaveiro da sua bolsa.

— Como vocês foram bons meninos, vão receber um presentinho — Heeseung contou parando o carro em um parque onde ia com frequência com Sunghoon — Vamos no parquinho e eu vou comprar picolé.

— Oba, picolé — Jungwon disse batendo palma animado.

Os meninos deixaram suas bolsas no carro e caminharam pelo parque até chegarem no parquinho, os três foram brincar e Heeseung foi comprar os picolés no carrinho ali perto enquanto mantinha os olhos nos sobrinhos. Jungwon escolheu um de morango e Niki um de flocos, já os outros dois escolheram de baunilha.

Heeseung se sentou em um banco e ficou assistindo os três brincando, foi a primeira vez que viu Sunoo sorrindo e agindo como um criança de sete anos deveria agir e não carregando um peso que não o pertencia, talvez a conversa que teve com Jake antes de Heeseung chegar tenha sido um alívio para o coração pesado e cheio do pequeno, ele precisava conversar, e para o Lee não tinha problema se ele quisesse se abrir para o psicológo e não para ele, contanto que Sun ficasse bem, já estava ótimo.

— Alô? — Heeseung pegou o telefone ao ver o nome do seu namorado na tela.

— Onde estão?

— No parque, quis fazer um agrado para os meninos já que foi o primeiro dia deles na creche e na escola, estão brincando e tomando sorvete.

— Por que não me avisou antes?

— Desculpa, eu pensei nisso de última hora, se quiser pode vim aqui.

— Não, eu vou ficar em casa mesmo, se divirta aí com os seus sobrinhos — E então Sunghoon desligou.

Heeseung guardou o telefone e suspirou se sentindo triste, o seu relacionamento com Sunghoon nunca havia caído na rotina como acontecia com muitos casais que moravam juntos, todas as noites eles faziam coisinhas diferentes, estavam sempre trocando beijinhos e carinhos e nunca deixaram de mimar um ao outro. Existia uma pontinha de esperança no seu peito que dizia que isso era temporário e logo estariam como antes, era só questão de tempo não é? Heeseung e Sunghoon se amam e nada podia separá-los, certo?

— Tio Hee, tudo bem? — Sun-Woo perguntou se aproximando do seu tio, Heeseung o olhou surpreso mas logo abriu um sorriso e pegou um paninho para limpar a boca do Sun que estava sujo de sorvete.

— Tudo sim, precisa de alguma coisa, querido?

— Brinca com a gente? — Os olhinhos do Sun-Woo brilharam e não tinha como Heeseung negar esse pedido, por isso se levantou e deixou todos os seus problemas de lado para focar nos seus pequenos.

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