La Reina Del Máfia - Livro 1 - Herdeiros

Capítulo V

Chiara Marino:

Levantei da cama ouvindo o despertador tocar nos meus ouvidos, pensei em jogar ele na parede e apenas dormir o resto do dia, mas, eu tinha que ir para o hospital, então me levantei e tomei um banho demorado para tirar aquela maldita leseira do meu corpo e me enrolei no roupão pata sair do banheiro, olhei pela janela vendo que o sol já estava começando a nascer, o que dizia que eu estava bem atrasada. Peguei um calça xadrez e um croped preto, os meus coturnos e um óculos e catei a minha mochila no meio do caminho e saí descendo as escadas correndo, duas horas, duas horas até Manhattan, eu não sei o motivo de termos de morar tão longe da cidade, isso é extremamente irritante, por mais que eu adorasse dirigir, aquilo era uma perca de tempo sem tamanho.

— Você pode me explicar o que é isso? – Perguntou ela jogando um envelope na minha direção e fazendo com que um sorriso fosse aberto no meu rosto, parece que a minha convocação finalmente tinha sido entregue, eu estava dentro da polícia de homicídios de Nova York. — O que diabos está se passando pela sua cabeça Chiara? Irá largar o melhor lugar para se fazer uma residência para ir para um local como este?

— Mamãe no Presbyterian e na Polícia eu irei fazer o meu trabalho, cortar. – Respondi sorrindo e pegando uma maça. — Só que na Polícia é mais divertido, já que eu estou cansada de fazer autopsias em corpos que não tem nada, isso é tão irritante eu quero algo mais emocionante, acho que ninguém interferiu na sua escolha, então pare de se meter nas minhas.

— Você tinha as melhores residências do mundo para escolher e se meteu no porão. – Rosnou ela fazendo com que eu revirasse os olhos, ela iria voltar para aquele papo chato, parecia que ela realmente nunca iria me deixar em paz, estava sempre arrumando um jeito para discutirmos. — Você poderia estar salvando vidas e não presa naquele maldito porão, você passou com honras em todas as especialidades.

— Mas, eu não gosto de salvar vidas cara mamma, eu gosto de tirá-las e cortar me deixa muito feliz e eu gosto do porão, pelo menos não tem ninguém enchendo o meu saco lá ou querendo puxar o meu saco para conseguir alguma coisa. – Falei colocando a mão na mesa e sorri para ela. — Sabe, eu nem ao menos iria fazer medicina, eu fiz apenas porque foi um pedido de papà, ele queria que você se orgulhasse da sua filhinha que seguiu a sua profissão, por mim eu teria feito qualquer coisa mais interessante. Então pare de encher o meu saco, pois, para eu mandar tudo para a puta que pariu é um estalar de dedos, estou de saída, já estou atrasada e não quero ninguém enchendo o meu saco.

Mordi a maçã e saí andando a passos largos enquanto ouvia ela rosnar algo que eu nem prestei atenção. O porão estava silencioso, pelo que eu me lembrava tinham pelo menos duas autopsias marcada para aquele dia, então eu iria ter o que fazer e isso era muito interessante, já que tinha dias que nós ficávamos sem fazer nada apenas olhando para as paredes e afiando os materiais. Coloquei o avental por cima do meu uniforme e liguei o som no metálica enquanto colocava as EPI* e comecei a fazer a autópsia, como eu estava nos últimos meses da minha residência, então eu já fazia aquilo sozinha não precisava da supervisão de ninguém, cantarolei enquanto investigava a morte daquele pobre filho da puta que tinha caído nas minhas mãos, não tinha nada de estranho, apenas uma embolia pulmonar e isso era a causa da sua morte, então não tinha sido um erro médico como a família estava alegando, já que ele tinha feito uma cirurgia cardiopulmonar, isso era bem suscetível de acontecer nesse tipo de cirurgia e levar ao óbito, principalmente nas primeiras horas depois do procedimento.

— Nada de errado com o senhor Foster, ele morreu realmente por conta de uma embolia, os médicos não poderiam ter feito nada. – Avisei quando coloquei a minha prancheta na mesa da minha supervisora, afinal, eu ainda não poderia assinar uma autópsia, pelo menos não nos próximos dois meses. — A família não tem nenhum motivo para tentar processar o hospital, não tem um caso para isso.