Nineteenth (19)

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𝔼u estava com uma nota péssima em álgebra, por esse motivo tive que ficar uns minutos a mais no colégio, fazendo aula de reforço com um dos meus colegas de classe, porque as provas estavam chegando e eu não queria reprovar, ou perderia a vida.

Por esse motivo, estava eu, saindo do colégio quando ninguém mais estava além de alguns professores, cansada, e morrendo de calor e não podendo tirar a jaqueta jeans por culpa da vadia da Marília.

Por culpa da bonita todo mundo ficou rindo de mim por minha blusa ter ficado transporte na frente de todos que estavam no refeitório, o fato dela ter me feito gozar três vezes direto, me chupando sem parar, não significa que eu esteja legal com ela, estou com ranço dela, mesmo parecendo, eu não cai no golpe dela.

Eu só queria minha cama e tomar um longo banho, e esquecer o dia de hoje... Ou lembrar... Minha mente estava confusa.

Quando eu cheguei ao estacionamento da escola, foi impossível não tropeçar nos meus próprios pés, mas por sorte eu consegui recuperar o equilíbrio antes de cair de cara no chão, mas não consegui fechar a boca.

E por que? Simples, tinha alguém debruçada sobre um carro, e não era qualquer pessoa... Eu conhecia aquela bunda, era a Marília! Toda empinada ali, com um shorts jeans minúsculo, eu fechei os olhos e respirei fundo três vezes, tentando me concentrar em algo banal.

— O que está fazendo aqui ainda, Mendonça? — Marília deu um pulo assustada e se virou, suspirando aliviada quando me viu. — Tentando descobrir porque o seu carro não voa, igual a sua vassoura? — Debochei para provocar.

— Você é lastimável, Isa — revirou os olhos. — Algo aconteceu com ele — apontou para o carro vermelho que estava todo arreganhado. — Para piorar estou sem meu celular e sem dinheiro — bufou — Você sabe mexer? — Perguntou com esperança.

— Não em carros, a última vez que meu tio tentou me ensinar, eu praticamente fiz algo explodir — ri com a cara de chocada dela. — Vem, eu dou uma carona pra você, mesmo estando tentada a deixar você ir andando para casa — suspirei.

— Não, não mesmo, você nem tem um capacete para mim!

— O reserva que a Mai usa às vezes, provavelmente está no meu armário — Marília abriu a boca e negou com a cabeça.

— Você explodiu alguma coisa, não deve saber andar naquela coisa estranha direito — revirei os olhos e dei de ombros, você tenta ajudar os outros e recebe isso.

— Certo Mendonça, vá andando então — me virei e caminhei até a minha moto.

— ESPERA Isa! — me virei, já perto da Potiguar, quando ouvi o escândalo, encontrei a Marília respirando fundo quando me alcançou. — Certo, aceito sua carona, é melhor que andar três quilômetros — revirei os olhos e joguei a chave do meu armário para ela que pegou no ar, ótimos reflexos, e me olhou confusa levantando a mesma.

— Vai buscar o capacete no meu armário, estou com preguiça — Marília bufou mas fez o que eu falei.

Eu esperei pacientemente pelos minutos até Marília voltar segurando o capacete preto, fechar o carro dela e pegar sua mochila, até que voltasse para minha moto.

— Finalmente, podemos ir, madame?! — Falei com ironia, Marília sorriu, um sorriso lindo a propósito, não que eu estivesse reparando, e concordou com a cabeça, eu tentei esconder a risada e coloquei o meu capacete que estava na minha mão, esperando pacientemente ela se arrumar para poder ligar a moto, coisa que não aconteceu. — Está esperando que eu morra de velhice?!

— Sobe normal nisso?

— Não, sobe invertido! É claro! Rápido Mendonça! — Marília, com dificuldade, conseguiu subir na moto enquanto eu colocava minha mochila pra frente, eu liguei a moto e nada dela se arrumar, então para provocar ela, acelerei e parei a moto, a fazendo dar um solavanco e quase cair, me segurando pelo braço apavorada.

— Pereira! Eu quero descer, sua ridícula...

— Segura direito, Marília! Parece criança — falei rindo, Marília estava puta, mas mesmo assim o fez, segurou na minha cintura com força, tremendo igual vara verde no vento, com medo de cair.

— Por favor, não me mata Isa — falou apavorada quando eu liguei a moto novamente.

— Está comigo, está com Deus, Mendonça!

*

— Eu definitivamente nunca mais ando de moto... Estou com o coração acelerado! — Foi a primeira coisa que Marília falou quando desceu da moto, respirando fundo.

— Para de ser dramática — ri negando com a cabeça, e tirando o capacete.

— Quer entrar? — Perguntou apontando para a casa dela.

— Não, quero ir para casa, tomar um banho — falei com os olhos semicerrados. — Já que você me molhou inteira, na escola.

— Me desculpa, eu fui uma imbecil — suspirou e olhou para os lados, para logo se aproximar de mim, brincando com os botões da minha jaqueta. — Entra, vai... Quero me desculpar com você...

— Eu não sei... — Sussurrei olhando para seus lábios, tentada a aceitar.

— Vai Isa, não custa nada, é rapidinho... — Mordeu os lábios me olhando em expectativa.

Eu suspirei, mas me levantei, gerando um sorriso largo em Marília.

— Trás sua moto pra garagem — falou sem desmanchar o sorriso, eu neguei com a cabeça e entreguei minha mochila para ela, colocando a Potiguar na garagem. — Prontinho, agora vem — me chamou com o dedo, e eu não demorei a alcançar ela, que estava no terceiro degrau que dava para a porta de entrada, Marília abriu a porta, e me puxou pela mão para seguir ela, a casa dela, era bem moderna, e chique, gritava Marília Mendonça, e era bem iluminava

— E seus pais? — Perguntei olhando ao redor.

— Eu moro sozinha, Isa — olhei surpresa para ela. — Meus pais nunca estavam em casa, viviam viajando a trabalho, e como presente de dezoito anos eu pedi uma casa, já que moro sozinha praticamente desde os quinze anos, e eles sempre deram tudo que eu queria — deu de ombros. — Quer tomar um banho?

— Não, não vou ficar muito tempo — murmurei, nem notando que Marília tinha me rodeado.

— Por que? — Sussurrou no meu ouvido, enquanto abraçava minha cintura.

— Eu... Porque... Eu estou cansada e...

— Fica Isa... Já estou com saudades de você — mordeu o lóbulo da minha orelha, eu ri e mordi meus lábios. — Bem que você poderia ficar aqui comigo hoje... Para eu poder abusar do seu corpinho — riu, para em seguida lamber toda a extensão lateral do meu pescoço.

— Quer que eu durma contigo, Mendonça? — Murmurei para provocar ela, mas estava concentrada em seus toques e faria qualquer coisa nessa situação.

— Quero — me surpreendi com a sua resposta, até arregalando os olhos. — Não íamos precisar fazer nada com presa...

— Não sei...

— Vamos Isa... Pensa a gente tendo todo o dia para matar a saudade... Para eu me desculpar por ser uma babaca... Fazendo o que você quiser... — Sussurrou tudo no meu ouvido. — Imagina, tudo que poderíamos fazer...

— Meu Deus...

A Vadia Da Minha Crush | MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora