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J e n n i e

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J e n n i e

Me amaldiçoei e repreendi quinhentas vezes por ter tido vontade de retribuir o Taehyung.
Ah, cafajeste sedutor e persuasivo.
Até agora minhas pernas estão fracas, eu quis tanto enfiar meus dedos entre os fios acastanhados do seu cabelo e beijá-lo até não sentir mais meus lábios.

Isso é uma grande merda. Porque só de olhar para a cara dele, eu sinto vontade de o enforcar. Mas ele não pode nem se aproximar um pouco que eu quero me jogar nele?

Que porra de raciocínio é esse?

Agradeci por ele não estar mais na lavanderia quando eu voltei lá, temia que dessa vez eu não conseguisse me segurar.

ㅡ Vadia burra! Eu não gosto de tomate no meu sanduíche. ㅡUm velho nojento que sempre frequenta a lanchonete exasperou, nitidamente irado. Eu me controlei para não revirar os olhos.

ㅡ Então você tem que avisar, nem eu e nem a cozinheira temos bola de cristal. ㅡRespondi simples. Ele levantou da mesa e agarrou meu antebraço, eu ofeguei surpresa.
Ele é gordo e baixinho, mal passa de mim.
Segurei a bandeja de aço com firmeza e taquei na sua cabeça, o que fez ele me soltar. Corri para o outro lado da lanchonete.

ㅡ Onde está a droga do gerente? ㅡEle gritou irritado.
...

ㅡ Você está demitida. ㅡMeu queixo caiu.

ㅡ Isso é sério? Preciso ser humilhada para permanecer aqui? Aquele filho da puta gritou comigo. Além de ter me segurado com tanta força ao ponto de deixar marca. ㅡEstendi meu braço e mostrei o hematoma levemente arroxeada no meu antebraço. Eu pretendia sair dessa espelunca, mas apenas quando eu tivesse um outro lugar em mente para trabalhar.

ㅡ Não interessa, Jennie. É ele que paga o seu salário, e o meu. Então se você não sabe se controlar, fique a vontade para se retirar. ㅡEle apontou para a porta de saída. Ri sem humor e levantei, tirando o avental e jogando com tudo no seu rosto.

ㅡ Que se foda, seu merda! Esse lugar nojento nem paga a quantia justa de dinheiro. Se é aquele tipo de babaca que paga o seu salário, sinto muito. Você até parece uma pistoleira. ㅡSeu queixo caiu e o vislumbre de ódio que vi em seu rosto foi o suficiente para que eu saísse sorrindo. Isso foi libertador.

Mas quando cheguei na calçada, eu quis cair em um choro desesperado. O que diabos eu vou fazer?
...

ㅡ Acha que consegue fazer isso? ㅡA senhora perguntou preocupada.
Olhei para a bicicleta e dei de ombros.

ㅡ Por que não? Eu sei andar nisso, e é só fazer algumas entregas. Você disse que é temporário, não é? Só até o seu entregador melhorar e eu serei uma garçonete. ㅡEla sorriu, concordando.

ㅡ Isso mesmo, meu amor. Você não sabe como estará me ajudando se fizer as entregas dessa semana. ㅡEu acabei vindo parar em outra lanchonete, mas diferente da Juliu's, esse lugar é bem apresentável. A dona é uma senhorinha gentil e atrapalhada. Se chama Margarida.
Ela disse que posso fazer entregas, e em menos de duas semanas estarei atendendo como garçonete. O salário é melhor que na espelunca do Julius.

ㅡ A senhora também vai estar me ajudando muito. ㅡMurmurei.
Margarida sorriu e me entregou uma bolsa térmica.

ㅡ Olha, aqui já estão os pedidos das suas primeiras entregas. Nesse papelzinho estão os endereços que você precisa ir. ㅡPeguei as coisas que ela estava me estendendo. ㅡ Qualquer dúvida, pode ligar para a Suzan. ㅡAssenti e montei na bicicleta.
Faz tempo que não ando em uma dessas. Mas não é um bicho de sete cabeças.
...

Já havia feito cinco entregas e estava morrendo. Estou muito sedentária.
A última era em uma oficina não muito longe da minha casa. Conhecia o dono de lá.

Deixei a bicicleta no chão e observei o portão aberto.
Há diversas ferramentas jogadas pelo lugar. Motos e carros, o chão é escuro de sujeira e a única pessoa presente no lugar está com metade do corpo embaixo de um carro.

ㅡ Ah, com licença. ㅡLimpei minha garganta e chamei a atenção do cara.
Quando ele apareceu para mim, eu tive que revirar os olhos. Não é possível. Isso não é possível mesmo.

ㅡ Ora, ora! ㅡTaehyung murmurou divertido, como sempre com um dos seus sorrisinhos ladinos.
Peguei a caixa com o seu pedido e quis jogar na sua cara e sair pedalando dali sem nem pegar o dinheiro. Mas não é assim que as coisas funcionam.

ㅡ Doze dólares. ㅡFalei simples, estendendo a caixa na sua direção, ele pegou lentamente. É um idiota que adora provocar.

ㅡ Quer dizer que trabalha na lanchonete da Dona Margarida agora? Isso é bem interessante... ㅡTaehyung pegou sua carteira e procurou o dinheiro sem pressa.

ㅡ Por que? Já não basta me perseguir fora do trabalho, agora vai me secar enquanto trabalho também? ㅡRetruquei.

ㅡ Não é uma má idéia. ㅡO encarei entediada. Taehyung me puxou pelo pulso e me deixou tão perto que podia sentir sua respiração contra minha testa. De repente respirar se tornou uma tarefa difícil, mas não desviei meu olhar do dele.

ㅡ Quer outro chute no seu amiguinho fiel? ㅡProvoquei, o seu sorriso é ainda mais lindo de perto. Umedeci meus lábios secos.

ㅡ Não, gatinha. Eu gosto muito dele. ㅡTaehyung pegou minha mão, colocou o dinheiro nela e depois se afastou. ㅡ Posso esperar mais um pouco. Não sou um cara impaciente. ㅡErgui minhas sobrancelhas em sarcasmo.

ㅡ Que bom. Mas se certifique de sentar, você vai cansar se esperar em pé. ㅡIgnorei sua risadinha convencida e fui até a bicicleta, subindo na mesma e saindo o mais rápido possível dali.
Posso sentir meu coração batendo forte.

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Playing With Fire - Taennie Onde histórias criam vida. Descubra agora