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— Esse pão ta mofado há uns 3 dias. — eu falo ao JJ.

— Relaxa, vou tirar as partes ruins. — ele diz — Além disso, o mofo faz bem, é uma parada natural. — completa e eu reviro os olhos.

— JJ! — Kie chama.

— Opa, abre ai, quero ver! — Meu irmão fala ao John B.

O garoto começa a abrir o envelope e JJ cospe o pão mofado na própria mão. Eu avisei.

O garoto tira um mapa do envelope e abre na mesa a nossa frente.

— Puta merda. — John B diz.

— O x marca o lugar. — Pope fala apontando o x no mapa.

— Longitude, latitude. — murmura Jonh B também apontando o mapa — espera, acho que tem mais alguma coisa aqui. — ele diz tirando um gravador do envelope.

— O que é isso? — JJ pergunta.

— Um gravador, idiota. — eu falo.

Jonh B clica em um botão no objeto e o quer que esteja gravado ali começou a falar.

"Querido Bird."

— Quem é Bird? — JJ pergunta, de novo.

Ja chamei ele de idiota?

— Meu pai me chamava assim. — responde John B.

"Odeio dizer que eu te avisei, mas eu avisei. E você duvidou do seu velho. Eu suspeito que, neste momento você está cheio de culpa, dúvida e raiva de si mesmo pela nossa última briga, mas não se mate ainda, filho. Eu também não esperava encontrar o Merchant. Você estava certo em brigar comigo. Eu não fui exatamente o melhor pai do mundo. O que posso dizer, garoto? Senti o cheiro do ouro. E espero que a gente esteja ouvindo isso na nossa nova casa na Costa Rica, vivendo de rendimentos passivos e investindo em imóveis. Se não for o caso, e você tiver encontrado isso em uma situação meio ruim, é para isso que serve o mapa. Lá está ele, o Merchant naufragado. Se alguma coisa acontecer comigo, termine o que comecei. Pegue o ouro, garoto. Eu te amo Bird, apesar de nem sempre ter demonstrado. Vejo você do outro lado."

A gravação acabou. John B solta o gravador na mesa, se levanta e vai até a porta chorar.

— Puta merda, ele conseguiu! Ele achou o Merchant! — JJ fala.

Péssima hora, JJ, péssima hora.

— Será que pode parar? — Kiara fala colocando os braços atrás da cabeça.

— Foi mal. — O loiro fala baixo.

A garota vai até John B e o abraça.

[...]

— Quanto era mesmo? — eu pergunto.

— 400 milhões. — John responde.

— E como vamos dividir? — JJ pergunta. — Antes de falarem para dividirmos por igual, devo lembrar que sou o unico que pode defender a gente daqueles traficantes. E proteção custa caro. — Ele completa levantando a arma.

Ele pegou minha arma de novo. Idiota.

— A arma é minha, então eu também quero uma porcentagem à mais. — eu falo.

— Você sabe usar uma arma, JJ? Onde aprendeu? — Pope questiona

— Aprendi no youtube. — Meu irmão responde. — Mereço 5% a mais. — ele diz.

— Pra mim também! Porque, como eu ja falei, a arma é minha JJ, eu achei primeiro. — eu falo e o garoto me mostra a língua. Uau, super maduro, maninho.

Caos - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora