Orfeu e Eurídice: canções de amor

🌌nova primavera🌌

Em sua casa, ele olhava para a urna da armadura de lira, ele ia até a mesma, e ao tocar, a urna se abre, e Orfeu veste a sua armadura de prata.
Estava determinado a fazer tudo por Eurídice, afinal de contas, ele sempre foi um homem de palavra.

Ele pegou a lira que acompanha a armadura, e foi até o mesmo pilar que sempre ficara, o mesmo que foi palco para o crescimento de tudo que passou a sentir por ela e ele por ela, o lugar onde ela aprendeu que ter alguém ao seu lado, era mais que uma aditivo em seu coração, era saber que o inverno vem para todos, mas a primavera nos prova que podemos suportar.

Orfeu havia se esquecido de que ter alguém ao seu lado, era muito mais que dias de sorrisos, era também travar guerras juntos, serem companheiros de combate.

Com tais memórias, ele realizava melodias em sua lira, a qual proporcionava um efeito de paz em toda e qualquer forma de vida naquele lugar, as flores pareciam estar cada vez mais vivas, mais perfumadas, e o som da voz de Eurídice ecoava na alma de Orfeu, e esse som poderia ser convertido em tudo que seu coração dizia por ela, ele clamava por mais uma chance de vida, para que toda a força do universo lhe ajudasse naquele momento.

O céu parecia uma mistura de cores negras com prata e azul em tons leves, e o vento gélido se tornava uma brisa fresca com a noite, e tudo isso era reproduzido em uma canção criada ali mesmo, uma música a qual Orfeu chamava de "Eurídice".

Agatha pode escutar a melodia a quilômetros de distância, tal som também adentrava a alma dos cavaleiros de ouro e de todos no santuário, desde o grande mestre até os moradores próximos do lugar.
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Os olhos dela se abriram, e ao olhar para as cicatrizes em suas mãos e corpo, notou que não havia mais nada, que havia se curado.
Em seu coração, nada de dor, apenas uma forte sensação de alívio e saudade ao mesmo tempo.

Agatha entrou e foi examinar Eurídice, e impressionada, confessa que o estágio do mal em Eurídice foi reduzido a zero, ela praticamente estava curada.

Impressionada, ele colocava as mãos no rosto, ainda sentada em sua cama, chorava, quando uma voz familiar se fazia presente:

- Eurídice! - ele apenas ia de encontro a mesma, a abraçando forte e chorando junto com a mesma.

- me desculpe! Eu achei que me deixaria, eu não queria lhe fazer sofrer, Orfeu eu... - ele a interrompe

- meu amor, eu iria até o outro mundo por você, essa música é a minha alma com a sua, e quero que saiba que estarei por você, você é o significado de minha verdadeira luta aqui...

Orfeu usou sua energia ao limite, praticamente superando os cavaleiros de ouro em literalmente um milagre, afinal de contas, esse é o cosmo, e ele se fortalece no coração dos nobres guerreiros que buscam pela esperança.

Agatha havia questionado eles a respeito de tudo que ocorrera, e Eurídice foi sincera em contar que não desejava mais ser um guerreiro, pois tentaria viver de outra forma para ajudar, mesmo indiretamente.

Ela dizia sobre querer uma vida com Orfeu, e que isso tiraria da mesma o posto de amazona, pois não poderia ter uma vida conjugal sendo um soldado de Atena.

Orfeu se via neutro nessa questão, pois não queria que Eurídice tomasse decisões por ele ao invés de seguir suas vontades, mesmo se amando.
Mas chegaram a um acordo, e Eurídice iria ajudar com os peregrinos e crianças de Rondorio, enquanto Orfeu seguiria tocando sua lira para o mestre e realizando as missões de cavaleiro.

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Um por do sol, um vento fresco e folhas voando.
Ele olhava para o horizonte, e a luz do sol adormecendo, era como se encerrasse uma história, como se quisesse dar início a um novo ciclo, algo que poderia mudar a vida deles para sempre.
Ao seu lado, a sua amada apreciando a canção de sua lira.

Não era preciso dizer muito para ver como o laço entre eles se firmou em um único coração, ele podia sentir as mãos dela acariciar seu rosto, e seus lábios de encontro um ao outro, podiam dizer com toda força "eu quero você, para sempre".

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