🌌nunca sem você🌌

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Uma leve garoa se iniciou naquela noite.
Orfeu voltou para o seu aposento na vila perto do santuário, e ali, se deitou na cama, olhava pro teto, pensativo.

Ele queria resgatar e ser resgatado, se perguntava em qual momento ele realmente se perdeu e se deixou levar por um amor.

Saiu, andou alguns metros, e parou próximo a uma árvore, ele se encostou e falava para si mesmo:

- você prometeu ser forte, e com apenas um beijo, se desfez um guerreiro... - sua fala era interrompida.

- do quê está falando, meu jovem Orfeu de lira! - uma voz firme era escutada. Ao olhar para o lado, um homem trajando uma armadura de ouro com asas, se aproximava.

 Ao olhar para o lado, um homem trajando uma armadura de ouro com asas, se aproximava

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- você...Aiolos de Sagitário!! Um cavaleiro de ouro, aqui? - perguntava surpreso devido ao bosque não ser muito frequentado pela patente dourada, uma vez que os mesmo eram designados em missões as quais os deixavam até mesmo semanas por fora.

- ha ha, eu mesmo! - ele tocava no ombro de Orfeu - não pude deixar de notar a sua fala enquanto passava por aqui, escute, meu caro, não importa a distância, o amor se faz presente para aqueles que correm e agarram com os dois braços, não importa quantos canivetes caiam em uma chuva de morte, é amando que sempre vive! Pense nisso... - ele se despedia, evitando incomodar a reflexão de Orfeu.
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Ele se dirigiu até o pilar, na noite seguinte. E como dito na carta, ela já não estava lá.
Ele então teve uma lembrança, de quando em um diálogo com ela, um pássaro de cor azul-claro veio até o ombro da mesma, e depois de um temp voou.
Ela sorriu e disse que ele estaria indo em direção ao seus aposentos, pois os vileiros de lá tinham um enorme viveiro de pássaros iguais a este, e eles sempre vinham até ela.

Nesse mesmo dia, ela fez uma pergunta para Orfeu, enquanto ele a ajudava com as bandagens em suas mãos:

- Orfeu, promete não desistir de mim? Promete? Eu quero você ao meu lado para sempre! Encontrei forças em você.

- hum - ele sorria - em você eu tenho respostas para viver além de combates, Eurídice. - dizia, abraçando ela e dando um beijo em sua testa.

Orfeu pensou em seguir o pássaro, através de seu canto, e assim o fez.
Após alguns minutos andando, ele chega próximo a uma pequena casa de madeira, onde uma amazona saia de lá. A mesma dá conta da presença de Orfeu, e vinha falar com o mesmo:

- veja se não é o lendário Orfeu de lira! Eu me chamo Agatha, sou a tutora da Eurídice como amazona, e ela me falou muito bem sobre vocês.

- e como ela está? - perguntava Orfeu, preocupado.

- de cama, o treino se tornou pesado devido a um diagnóstico que descobrimos ao longo dos dias. - responde Agatha.

- do que está falando?

- Eurídice tem um tipo muito avançado de câncer, e apesar de não parecer, está em seu estágio final. Volte Orfeu, não sei se sua presença ajudaria, pois isso fará ambos sofrerem. - as palavras de Agatha apesar de duras, eram reais.

Orfeu se ajoelhou chorando, apertava a terra com as mãos, que molhadas por suas lágrimas, agora ele passou a entender como tudo aquilo poderia acabar, era como se desventuras do tipo passassem a fazer parte dos seus dias.
Mas, lembrando das palavras de Aiolos, Orfeu se levanta, e olha firme para a amazona:

- eu vou acabar com isso, e seremos felizes. - foi a única coisa que disse ao se virar e ir em direção ao santuário.
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Orfeu e Eurídice: canções de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora